quinta-feira, 27 de novembro de 2014
O PRENÚNCIO DO TEMPO DO FIM
Lição 09
Texto Áureo Dn. 8.19 – Leitura Bíblica 8.1-11
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
www.subsidioebd.blogspot.com
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
O capítulo 8 de Daniel tem relação direta com os capítulos 2 e 7, mas diferentemente daqueles capítulos, estudaremos, nesta lição, que o profeta foi transportado em espírito até Susã, e também através do tempo. O caráter da revelação de Deus, consoante ao que estudaremos nesta lição, vai além da dimensão espaço-tempo. Na aula de hoje atentaremos inicialmente para as visões de Deus a Daniel, com ênfase no carneiro, o bode e o pequeno chifre. Mostraremos, ao final, que essas visões são prenuncio do tempo do fim, que alimentam a esperança da igreja.
1. A VISÃO DO CARNEIRO
A visão dada por Deus a Daniel aconteceu na história, no terceiro ano do rei Belsazar; em Susã, que era capital do reino da província de Elão, junto ao rio Ulai. A maioria dos estudiosos defende que essa não foi uma viagem literal, mas um translado espiritual, o profeta teria sido conduzido em espírito àquele lugar. Susã era uma cidade importante, mesmo depois da queda da Babilônia, isso porque os reis medo-persas habitavam naquela localidade três meses por ano. As visões dadas ao profeta apontam para o tempo do fim (Dn. 8.17), ao tempo que fora determinado por Deus para o desfecho de todas as coisas (Dn. 8.19), em dias distantes daqueles vivenciados por Daniel (Dn. 8.26). Nessa visão é revelado a Daniel o surgimento de um rei que é o protótipo de Anticristo, alguém que prefigura aquele que no futuro assim se manifestará. Inicialmente é preciso destacar que esse pequeno chifre do capítulo 8 é diferente daquele do capítulo 7. O anticristo do capítulo 7 é escatológico, ele emergirá do império romano, enquanto que o anticristo do capítulo 8 sucederá os quatro reis da queda do império grego. Diante da grandeza da revelação Daniel cai por terra, perdendo os sentidos, com o rosto por terra. Nessa visão Daniel trata a respeito de um carneiro, que aparece de três maneiras diferentes, com dois chifres (Dn. 8.3,20), descrevendo o império medo-persa, que sucederia para conquistar a Babilônia. O chifre mais alto descreve o poder dos persas, consolidado através de Ciro, o persa, que tomou o lugar de Dario, o medo. Esse carneiro descrito por Daniel é irresistível (Dn. 8.3,4), e que se engrandeceu (Dn. 8.4). Isso porque nenhuma força daquele tempo seria capaz de se opor ao governo medo-persa.
2. A VISÃO DO BODE
O bode da visão de Daniel revela um dos maiores governos da época antiga, trata-se de Alexandre o Grande, também denominado de Magno. Ele conquistou todo o mundo conhecido rapidamente (Dn. 8.5,21). Essa visão explicita o que historicamente é constatado em relação à história dos gregos. Alexandre expandiu o reino grego em pouco mais de dez anos, para isso destruiu o governo medo-persa. Em 334 a. C., Alexandre atravessou o estreito de Dardanelos e derrotou os sátrapas. Não muito tempo depois, em 333 a. C., derrotou Dario III na batalha de Issos. Em 331, venceu as forças medo-persas na batalha de Baugamela. Esse seria um líder poderoso, atestado na revelação de Daniel (Dn. 8.5). Por isso é descrito como “o chifre notável”, considerando sua disposição para a guerra. O profeta antecipa as vitórias de Alexandre sobre o império medo-persa (Dn. 8.6,7). Mas esse reino, como todos os outros que já passaram, também terá o seu fim. Daniel aponta para sua ruina (Dn. 8.8), destacando que esse governo findará em decadência. Alexandre morreu repentinamente em 323 a. C, justamente no momento que pretendia reconstruir a cidade da Babilônia. Em consequência da sua morte, o império grego foi dividido em quatro partes, para quatro reis, sendo eles Casandro (Macedônia e Grécia no ocidente), Lísimaco (Trácia e Bitínia no norte), Ptolomeu (Palestina, Arábia e o Egito, no sul), e Selêuco (Síria e Babilônia no oriente).
3. O PEQUENO CHIFRE
Em seguida Daniel reporta um pequeno chifre, conforme já destacamos anteriormente, diferente daquele do capítulo 7. Esse é apenas um protótipo daquele, prefigura sua atuação que será mais intensa no futuro. O pequeno chifre do capítulo 8 é descrito a partir da sua procedência (Dn. 8.8-22). Ele se origina do bode, que é o império grego, advindo, portanto, do império de Alexandre. Para nós, os conhecedores da história, esse pequeno chifre é conhecido, ainda que não o fosse para Daniel. Ele é um precursor do anticristo que se revelará no tempo do fim. Não podemos deixar de destacar que muitos anticristos já existiram, e muitos outros existem ou existirão (I Jo. 2.18). O pequeno chifre do capítulo 8 é reconhecido historicamente como Antíoco IV, chamado de Antíoco Epifânio, que reinou na Síria, entre 175 a a63 a. C. Como a maioria dos impérios humanos, se destaca pelo sentimento megalomaníaco (Dn. 8.11,25). Antíoco achou pouco ser um grande rei, quis fazer-se deus, por isso mandou fabricar moedas que tinha sua efígie. Além disso, destacou-se por ser um rei tirano (Dn. 8.9,10), um grande perseguidor do povo de Deus. Ele teve a audácia de profanar o templo do Deus de Israel, primeiramente se opondo a todos aqueles que considerassem o livro da Lei. Em 169 a. C., saqueou o templo e proibiu os sacrifício. O templo de Jerusalém foi denominado de Templo de Júpiter Olímpico. Ele colocou sua imagem no lugar santíssimo e determinou que um porco fosse sacrificado naquele lugar. Como se isso não bastasse, obrigou os judeus a comerem a carne do porco, dentro daquele recinto.
CONCLUSÃO
A apostasia de Antíoco Epifánio aponta para o fim, o tempo no qual o anticristo imperará na terra (II Ts. 2.3,4). A igreja do Senhor Jesus não passará por esse momento sombrio, pois estará nos ares, celebrando as bodas com o Noivo. A grande esperança da igreja é o dia no qual a trombeta soará, os mortos ressuscitarão primeiro, e os que estiverem vivos serão transladados (I Ts. 5.13-18). Essas palavras servem de conforto para a igreja, e para todos aqueles que amam a vinda do Senhor (II Tm. 4.8).
BIBLIOGRAFIA
LOPES, H. D. Daniel. São Paulo: Hagnos, 2005.
WEIRSBE, W. W. Be resolute: Daniel. David Cook: Ontario, 2008.
Texto Áureo Dn. 8.19 – Leitura Bíblica 8.1-11
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
www.subsidioebd.blogspot.com
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
O capítulo 8 de Daniel tem relação direta com os capítulos 2 e 7, mas diferentemente daqueles capítulos, estudaremos, nesta lição, que o profeta foi transportado em espírito até Susã, e também através do tempo. O caráter da revelação de Deus, consoante ao que estudaremos nesta lição, vai além da dimensão espaço-tempo. Na aula de hoje atentaremos inicialmente para as visões de Deus a Daniel, com ênfase no carneiro, o bode e o pequeno chifre. Mostraremos, ao final, que essas visões são prenuncio do tempo do fim, que alimentam a esperança da igreja.
1. A VISÃO DO CARNEIRO
A visão dada por Deus a Daniel aconteceu na história, no terceiro ano do rei Belsazar; em Susã, que era capital do reino da província de Elão, junto ao rio Ulai. A maioria dos estudiosos defende que essa não foi uma viagem literal, mas um translado espiritual, o profeta teria sido conduzido em espírito àquele lugar. Susã era uma cidade importante, mesmo depois da queda da Babilônia, isso porque os reis medo-persas habitavam naquela localidade três meses por ano. As visões dadas ao profeta apontam para o tempo do fim (Dn. 8.17), ao tempo que fora determinado por Deus para o desfecho de todas as coisas (Dn. 8.19), em dias distantes daqueles vivenciados por Daniel (Dn. 8.26). Nessa visão é revelado a Daniel o surgimento de um rei que é o protótipo de Anticristo, alguém que prefigura aquele que no futuro assim se manifestará. Inicialmente é preciso destacar que esse pequeno chifre do capítulo 8 é diferente daquele do capítulo 7. O anticristo do capítulo 7 é escatológico, ele emergirá do império romano, enquanto que o anticristo do capítulo 8 sucederá os quatro reis da queda do império grego. Diante da grandeza da revelação Daniel cai por terra, perdendo os sentidos, com o rosto por terra. Nessa visão Daniel trata a respeito de um carneiro, que aparece de três maneiras diferentes, com dois chifres (Dn. 8.3,20), descrevendo o império medo-persa, que sucederia para conquistar a Babilônia. O chifre mais alto descreve o poder dos persas, consolidado através de Ciro, o persa, que tomou o lugar de Dario, o medo. Esse carneiro descrito por Daniel é irresistível (Dn. 8.3,4), e que se engrandeceu (Dn. 8.4). Isso porque nenhuma força daquele tempo seria capaz de se opor ao governo medo-persa.
2. A VISÃO DO BODE
O bode da visão de Daniel revela um dos maiores governos da época antiga, trata-se de Alexandre o Grande, também denominado de Magno. Ele conquistou todo o mundo conhecido rapidamente (Dn. 8.5,21). Essa visão explicita o que historicamente é constatado em relação à história dos gregos. Alexandre expandiu o reino grego em pouco mais de dez anos, para isso destruiu o governo medo-persa. Em 334 a. C., Alexandre atravessou o estreito de Dardanelos e derrotou os sátrapas. Não muito tempo depois, em 333 a. C., derrotou Dario III na batalha de Issos. Em 331, venceu as forças medo-persas na batalha de Baugamela. Esse seria um líder poderoso, atestado na revelação de Daniel (Dn. 8.5). Por isso é descrito como “o chifre notável”, considerando sua disposição para a guerra. O profeta antecipa as vitórias de Alexandre sobre o império medo-persa (Dn. 8.6,7). Mas esse reino, como todos os outros que já passaram, também terá o seu fim. Daniel aponta para sua ruina (Dn. 8.8), destacando que esse governo findará em decadência. Alexandre morreu repentinamente em 323 a. C, justamente no momento que pretendia reconstruir a cidade da Babilônia. Em consequência da sua morte, o império grego foi dividido em quatro partes, para quatro reis, sendo eles Casandro (Macedônia e Grécia no ocidente), Lísimaco (Trácia e Bitínia no norte), Ptolomeu (Palestina, Arábia e o Egito, no sul), e Selêuco (Síria e Babilônia no oriente).
3. O PEQUENO CHIFRE
Em seguida Daniel reporta um pequeno chifre, conforme já destacamos anteriormente, diferente daquele do capítulo 7. Esse é apenas um protótipo daquele, prefigura sua atuação que será mais intensa no futuro. O pequeno chifre do capítulo 8 é descrito a partir da sua procedência (Dn. 8.8-22). Ele se origina do bode, que é o império grego, advindo, portanto, do império de Alexandre. Para nós, os conhecedores da história, esse pequeno chifre é conhecido, ainda que não o fosse para Daniel. Ele é um precursor do anticristo que se revelará no tempo do fim. Não podemos deixar de destacar que muitos anticristos já existiram, e muitos outros existem ou existirão (I Jo. 2.18). O pequeno chifre do capítulo 8 é reconhecido historicamente como Antíoco IV, chamado de Antíoco Epifânio, que reinou na Síria, entre 175 a a63 a. C. Como a maioria dos impérios humanos, se destaca pelo sentimento megalomaníaco (Dn. 8.11,25). Antíoco achou pouco ser um grande rei, quis fazer-se deus, por isso mandou fabricar moedas que tinha sua efígie. Além disso, destacou-se por ser um rei tirano (Dn. 8.9,10), um grande perseguidor do povo de Deus. Ele teve a audácia de profanar o templo do Deus de Israel, primeiramente se opondo a todos aqueles que considerassem o livro da Lei. Em 169 a. C., saqueou o templo e proibiu os sacrifício. O templo de Jerusalém foi denominado de Templo de Júpiter Olímpico. Ele colocou sua imagem no lugar santíssimo e determinou que um porco fosse sacrificado naquele lugar. Como se isso não bastasse, obrigou os judeus a comerem a carne do porco, dentro daquele recinto.
CONCLUSÃO
A apostasia de Antíoco Epifánio aponta para o fim, o tempo no qual o anticristo imperará na terra (II Ts. 2.3,4). A igreja do Senhor Jesus não passará por esse momento sombrio, pois estará nos ares, celebrando as bodas com o Noivo. A grande esperança da igreja é o dia no qual a trombeta soará, os mortos ressuscitarão primeiro, e os que estiverem vivos serão transladados (I Ts. 5.13-18). Essas palavras servem de conforto para a igreja, e para todos aqueles que amam a vinda do Senhor (II Tm. 4.8).
BIBLIOGRAFIA
LOPES, H. D. Daniel. São Paulo: Hagnos, 2005.
WEIRSBE, W. W. Be resolute: Daniel. David Cook: Ontario, 2008.
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias - Ev. José Roberto A. Barbosa
OS IMPÉRIOS MUNDIAIS E O REINO DO MESSIAS
Texto Áureo Dn. 7.27 - Leitura Bíblica Dn. 7.3-14
INTRODUÇÃO
O capítulo 7 de DANIEL inicia a segunda parte do livro, com ênfase nos detalhes proféticos. Essa característica faz com que alguns estudiosos identifiquem esse como o Apocalipse do Antigo Testamento. Esse capítulo pode ser dividido em duas partes: os versículos de 1 a 14 que tratam a respeito do sonho de Daniel, e do 15 ao 28, a interpretação do sonho. No início da aula nos voltaremos para a análise dos impérios mundiais, com destaque para a figura do anticristo, e ao final, estudaremos sobre o reino do Messias.
1. OS IMPÉRIOS MUNDIAIS
Os reinos do mundo não são independentes, os impérios mundiais estão debaixo da soberania de Deus (Dn. 7.2,3).
Os quatro ventos, ao longo da Bíblia, retratam a totalidade da terra, o alcance mundial. Principalmente nos dias atuais, marcados pela globalização, os quatro cantos da terra se tornaram um. Os reinos se levantam e demonstram sua potência aos todos os lugares.
A mídia se encarrega de fazer a divulgação dos feitos dos impérios, a propaganda é utilizada como arma para a dominação.
O mar é símbolo dos povos, que se encontra em convulsão, diante dos impasses dos governos humanos.
Deus permite que os governos humanos prevaleçam, mas não apoia suas decisões, principalmente àquelas que prejudicam seus servos. Impérios se levantam e caem, nenhum deles permanece para sempre, essa inconstância é uma demonstração de fragilidade.
Os impérios mundiais são demonstrados através de quatro animais, que se encontram em paralelo com o capítulo 2 do livro de Daniel. Neste capítulo nos deparamos com os impérios e seu esplendor, enquanto que no capítulo 7 o enfoque está em aspecto interno, como feras.
Esses governos não são ovelhas, mas animais selvagens, que não agem em prol do bem das pessoas, funcionam como governos que devoram as pessoas. Os animais apresentados nessa visão de Daniel sobem do mar, de maneira sucessiva e simultânea. Eles têm características recorrentes: surgem de baixo, são animais ferozes, serão destruídos no futuro, seu tempo é determinado por Deus (Dn. 7.12).
Os quatro animais são: o leão (império babilônico), o urso (império medo-persa), o leopardo (império grego-macedônio) e o ANIMAL de dez chifres (império romano).
2. OS IMPERIOS MUNDIAIS E A REVELAÇÃO DO ANTICRISTO
O leão é o rei dos animais, sua força é notória, é um símbolo da grandeza do império babilônico (Dn. 4.32).
O leopardo alado revela a velocidade e agilidade do império de Alexandre Magno, que em 334, após um período de 10 anos, tornou-se soberano entre as nações. Ele foi educado por Aristóteles, por isso difundiu a cultura grega, principalmente o idioma entre os povos conquistados.
Mas morreu subitamente em 324 a. C., na Babilônia, seu reino foi dividido em quatro cabeças. A glória do império grego-macedônio passou, outra prova dos limites dos reinos humanos.
Deus está no comando, os reinos do mundo tem liberdade, mas seus dias estão contados. Em Dn. 7.7, nos deparamos com um ANIMAL terrível, extremamente forte, símbolo do império romano. A principal característica desse animal é a sua força, e o seu poder, com capacidade destruidora.
Esse animal possuía grandes dentes de ferro, e com eles devorava e estraçalhava a todos. Ele revela ser insensível com suas vítimas, as consome sem qualquer pena (Dn. 7.23). Tal animal estranho tem dez chifres, sendo identificados como dez reis (Dn. 7.24).
É uma descrição nítida do império romano, que em 241 derrotaram os cartagineses e ocuparam a ilha da Sicília. Em 218 a. C., as legiões romanas entraram na Espanha, em 202 a. C., conquistaram Cartago. Em 146 a. C., tomaram Corinto, e em 63 a. C.,
Pompeu ocupou a Palestina. Ao longo de dois séculos, o império romano experimentou glória, fama e poder. Mas em 476, os bárbaros venceram o império romano, até que em 1453 d. C., os turcos ocuparam a cidade de Constantinopla, findando o império romano no Ocidente. Em seguida Daniel revela a figura do anticristo (Dn. 7.8), tratando-o como uma pessoa, o “pequeno chifre”, seu número é o 666 (Ap. 13.18).
João o denomina de O mentiroso (I Jo. 2.22), o anticristo (I Jo. 2.18), a besta (Ap. 13.1).
Para Paulo, ele é o homem da iniquidade (II Ts. 2.3), o iníquo (II Ts. 2.8), o filho da perdição (II Ts. 2.3).
Para Jesus, o anticristo é o abominável da desolação (Mt. 24.15-28).
3. O REINO DO MESSIAS
A origem do anticristo é satânica, pois ele receberá autoridade do próprio Satanás. Esse pequeno chifre tem uma relação com o ANIMAL terrível, na verdade surge dele.
Ele será pequeno apenas no início (Dn. 7.8), depois irá crescendo paulatinamente (Dn. 7.20). Isso porque o anticristo terá a pretensão de ser Deus (II Ts. 2.3,4). Ele agirá com ódio a Deus, sua boca falará grandes coisas (Dn. 7.8,20), proferirá palavras contra o Altíssimo (Dn. 7.25), tratará de mudar os tempos e a leis (Dn. 7.25).
O anticristo será um perseguidor, pois fará guerra contra os santos de Deus, e prevalecerá contra eles (Dn. 7.21), magoará os santos do Altíssimo (Dn. 7.25), e esses serão entregues nas mãos dele (Dn. 7.25).
Mas o governo do anticristo também terá seu fim, seu domínio é limitado (Dn. 7.25). O domínio será tirado dos quatro reis e também do anticristo (Dn. 726). Ele será destruído pelo fogo (Dn. 7.11), na verdade, será lançado no lago do fog (Ap. 19.20).
Isso acontecerá por ocasião da vinda de Cristo, como Rei dos reis e Senhor dos senhores, ao final dos sete anos de tribulação (II Ts. 2.8). Finalmente o Reino de Cristo será consumado em plenitude (Dn. 7.13,14).
Cristo já reina, mas esse reino é limitado, acontece apenas entre aqueles que creem.
Mas no futuro, quando Ele retornar com poder e grande glória, Seu reino será universal (Dn. 7.14). Todas as nações, povos e línguas O reconhecerão e O servirão (Dn. 7.14).
Diante dEle todo joelho se dobrará, toda língua confessará que JESUS é o Senhor (Fp. 2.9-11) para sempre (Dn. 7.14). O governo de Cristo será partilhado com os santos (Dn. 7.18,22,27).
CONCLUSÃO
DANIEL ficou impactado com os acontecimentos que viriam a acontecer (Dn. 7.14,15).
Nós, os cristãos, temos motivos celebrar, ao reconhecer que os ditames do mundo estão nas mãos de Deus.
O rosto de DANIEL empalideceu (Dn. 7.28), nós também podemos nos espantar, mas com confiança, disposto a enfrentar os poderes do mal, cientes que, ao Seu tempo, o Senhor julgará todos os reinos da terra. Os inimigos que oprimem o povo de Deus serão julgados, e o reino do Messias durará para sempre.
Texto Áureo Dn. 7.27 - Leitura Bíblica Dn. 7.3-14
INTRODUÇÃO
O capítulo 7 de DANIEL inicia a segunda parte do livro, com ênfase nos detalhes proféticos. Essa característica faz com que alguns estudiosos identifiquem esse como o Apocalipse do Antigo Testamento. Esse capítulo pode ser dividido em duas partes: os versículos de 1 a 14 que tratam a respeito do sonho de Daniel, e do 15 ao 28, a interpretação do sonho. No início da aula nos voltaremos para a análise dos impérios mundiais, com destaque para a figura do anticristo, e ao final, estudaremos sobre o reino do Messias.
1. OS IMPÉRIOS MUNDIAIS
Os reinos do mundo não são independentes, os impérios mundiais estão debaixo da soberania de Deus (Dn. 7.2,3).
Os quatro ventos, ao longo da Bíblia, retratam a totalidade da terra, o alcance mundial. Principalmente nos dias atuais, marcados pela globalização, os quatro cantos da terra se tornaram um. Os reinos se levantam e demonstram sua potência aos todos os lugares.
A mídia se encarrega de fazer a divulgação dos feitos dos impérios, a propaganda é utilizada como arma para a dominação.
O mar é símbolo dos povos, que se encontra em convulsão, diante dos impasses dos governos humanos.
Deus permite que os governos humanos prevaleçam, mas não apoia suas decisões, principalmente àquelas que prejudicam seus servos. Impérios se levantam e caem, nenhum deles permanece para sempre, essa inconstância é uma demonstração de fragilidade.
Os impérios mundiais são demonstrados através de quatro animais, que se encontram em paralelo com o capítulo 2 do livro de Daniel. Neste capítulo nos deparamos com os impérios e seu esplendor, enquanto que no capítulo 7 o enfoque está em aspecto interno, como feras.
Esses governos não são ovelhas, mas animais selvagens, que não agem em prol do bem das pessoas, funcionam como governos que devoram as pessoas. Os animais apresentados nessa visão de Daniel sobem do mar, de maneira sucessiva e simultânea. Eles têm características recorrentes: surgem de baixo, são animais ferozes, serão destruídos no futuro, seu tempo é determinado por Deus (Dn. 7.12).
Os quatro animais são: o leão (império babilônico), o urso (império medo-persa), o leopardo (império grego-macedônio) e o ANIMAL de dez chifres (império romano).
2. OS IMPERIOS MUNDIAIS E A REVELAÇÃO DO ANTICRISTO
O leão é o rei dos animais, sua força é notória, é um símbolo da grandeza do império babilônico (Dn. 4.32).
O leopardo alado revela a velocidade e agilidade do império de Alexandre Magno, que em 334, após um período de 10 anos, tornou-se soberano entre as nações. Ele foi educado por Aristóteles, por isso difundiu a cultura grega, principalmente o idioma entre os povos conquistados.
Mas morreu subitamente em 324 a. C., na Babilônia, seu reino foi dividido em quatro cabeças. A glória do império grego-macedônio passou, outra prova dos limites dos reinos humanos.
Deus está no comando, os reinos do mundo tem liberdade, mas seus dias estão contados. Em Dn. 7.7, nos deparamos com um ANIMAL terrível, extremamente forte, símbolo do império romano. A principal característica desse animal é a sua força, e o seu poder, com capacidade destruidora.
Esse animal possuía grandes dentes de ferro, e com eles devorava e estraçalhava a todos. Ele revela ser insensível com suas vítimas, as consome sem qualquer pena (Dn. 7.23). Tal animal estranho tem dez chifres, sendo identificados como dez reis (Dn. 7.24).
É uma descrição nítida do império romano, que em 241 derrotaram os cartagineses e ocuparam a ilha da Sicília. Em 218 a. C., as legiões romanas entraram na Espanha, em 202 a. C., conquistaram Cartago. Em 146 a. C., tomaram Corinto, e em 63 a. C.,
Pompeu ocupou a Palestina. Ao longo de dois séculos, o império romano experimentou glória, fama e poder. Mas em 476, os bárbaros venceram o império romano, até que em 1453 d. C., os turcos ocuparam a cidade de Constantinopla, findando o império romano no Ocidente. Em seguida Daniel revela a figura do anticristo (Dn. 7.8), tratando-o como uma pessoa, o “pequeno chifre”, seu número é o 666 (Ap. 13.18).
João o denomina de O mentiroso (I Jo. 2.22), o anticristo (I Jo. 2.18), a besta (Ap. 13.1).
Para Paulo, ele é o homem da iniquidade (II Ts. 2.3), o iníquo (II Ts. 2.8), o filho da perdição (II Ts. 2.3).
Para Jesus, o anticristo é o abominável da desolação (Mt. 24.15-28).
3. O REINO DO MESSIAS
A origem do anticristo é satânica, pois ele receberá autoridade do próprio Satanás. Esse pequeno chifre tem uma relação com o ANIMAL terrível, na verdade surge dele.
Ele será pequeno apenas no início (Dn. 7.8), depois irá crescendo paulatinamente (Dn. 7.20). Isso porque o anticristo terá a pretensão de ser Deus (II Ts. 2.3,4). Ele agirá com ódio a Deus, sua boca falará grandes coisas (Dn. 7.8,20), proferirá palavras contra o Altíssimo (Dn. 7.25), tratará de mudar os tempos e a leis (Dn. 7.25).
O anticristo será um perseguidor, pois fará guerra contra os santos de Deus, e prevalecerá contra eles (Dn. 7.21), magoará os santos do Altíssimo (Dn. 7.25), e esses serão entregues nas mãos dele (Dn. 7.25).
Mas o governo do anticristo também terá seu fim, seu domínio é limitado (Dn. 7.25). O domínio será tirado dos quatro reis e também do anticristo (Dn. 726). Ele será destruído pelo fogo (Dn. 7.11), na verdade, será lançado no lago do fog (Ap. 19.20).
Isso acontecerá por ocasião da vinda de Cristo, como Rei dos reis e Senhor dos senhores, ao final dos sete anos de tribulação (II Ts. 2.8). Finalmente o Reino de Cristo será consumado em plenitude (Dn. 7.13,14).
Cristo já reina, mas esse reino é limitado, acontece apenas entre aqueles que creem.
Mas no futuro, quando Ele retornar com poder e grande glória, Seu reino será universal (Dn. 7.14). Todas as nações, povos e línguas O reconhecerão e O servirão (Dn. 7.14).
Diante dEle todo joelho se dobrará, toda língua confessará que JESUS é o Senhor (Fp. 2.9-11) para sempre (Dn. 7.14). O governo de Cristo será partilhado com os santos (Dn. 7.18,22,27).
CONCLUSÃO
DANIEL ficou impactado com os acontecimentos que viriam a acontecer (Dn. 7.14,15).
Nós, os cristãos, temos motivos celebrar, ao reconhecer que os ditames do mundo estão nas mãos de Deus.
O rosto de DANIEL empalideceu (Dn. 7.28), nós também podemos nos espantar, mas com confiança, disposto a enfrentar os poderes do mal, cientes que, ao Seu tempo, o Senhor julgará todos os reinos da terra. Os inimigos que oprimem o povo de Deus serão julgados, e o reino do Messias durará para sempre.
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
LIÇÃO 06 - A QUEDA DO IMPÉRIO BABILÔNICO - 4º TRIMESTRE 2014
(Dn 5.1,2,22-30)
INTRODUÇÃO
A história dos grandes impérios mundiais que existiram no passado é marcada por três fases distintas: surgimento, apogeu e queda, ou seja, eles surgiram, tiveram seu período de poder e domínio, mas, depois, caíram.
No capítulo 5 do livro de Daniel encontramos o registro da queda do império babilônico, onde a Bíblia nos mostra, mais uma vez, a intervenção divina na história dos homens, na ocasião em que o rei Belsazar fez um grande banquete e profanou os utensílios do Templo de Jerusalém, que haviam sido levados para a Babilônia, resultando na queda daquele grande império. Veremos nesta lição quem era o rei Belsazar;
seu banquete profano e idólatra; sua sentença escrita na parede; a queda do Império Babilônico; e uma profecia sobre Ciro, o ungido de Deus.
I - QUEM ERA BELSAZAR
“O termo hebraico deriva-se do vocábulo babilônico “Bel-sar-usur” que significa ‘o deus Bel protegeu o rei’, mas não devemos confundi-lo com ‘Beltessazar’, o nome babilônico que foi dado a Daniel (Dn 1.7).
Belsazar era filho de Nabonido, que era genro de Nabucodonosor, e que reinou a Babilônia por 17 anos (de 556 a 539 a.C.). Logo, Belsazar era neto de Nabucodonosor.
Em Dn 5.11,18 Nabucodonosor é chamado de seu pai, mas isso significa apenas que ele pertencia à linhagem de Nabucodonosor, atribuição comum nas antigas genealogias (Mt 1.1).
Seu pai, Nabonido, o colocou como seu co-regente e comandante do exército de Babilônia por volta de 550 a 539 a.C.”
(CHAMPLIN, 2004, p. 487 acréscimo nosso).
Foi por esta razão que ele prometeu colocar Daniel como o terceiro dominador do reino (Dn 5.16), pois o primeiro era Nabonido e ele era o segundo.
II - O BANQUETE DO REI BELSAZAR
O banquete oferecido pelo rei Belsazar e a profanação dos utensílios do Templo de Jerusalém, marcaram o fim do grande império Babilônico, como veremos a seguir:
2.1 O banquete e a licenciosidade de Belsazar (Dn 5.1). Era comum, desde os tempos antigos, os reis realizarem festas para demonstração de domínio e poderio (Et 1.1-4).
Como a Babilônia era uma cidade de opulência e luxúria, no palácio havia festas constantemente. Tratava-se, na verdade, de uma festa cheia de licenciosidade e bebedice.
Isto pode ser provado pela presença de vinho e de mulheres e concubinas na festa (Dn 5.1,2).
Além disso, a festa demonstra a insensatez do rei Belsazar. Enquanto seu pai estava fora de Babilônia, defendendo o reino das forças dos medos e dos persas, que ameaçavam dominar o mundo antigo, ele estava ocupado com festas e orgias, banqueteando-se com seus súditos, sem se preocupar o que poderia acontecer.
2.2 A profanação de Belsazar (Dn 5.2).
Como se não bastasse a luxúria e insensatez do rei Belsazar, ele também tornou-se profano quando mandou buscar os utensílios do Templo de Jerusalém, levados por Nabucodonosor à Babilônia (II Rs 24.13; IICr 36.7; Ed 5.14; 6.5; Dn 1.2),
para embriagar-se com seus convidados, demonstrando total desrespeito com as coisas sagradas.
“Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata, que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem neles o rei, os seus príncipes, as suas mulheres e concubinas”
(Dn 5.2). Levar os utensílios do Templo para Babilônia estava de acordo com os costumes de guerra, até porque eram vasos de ouro e de prata, ou seja, valiosos.
Mas, retirá-los do depósito nacional para uma orgia, era sacrilégio, ou seja, uso indevido de objetos consagrados a Deus.
2.3 A idolatria do rei Belsazar (Dn 5.4). Como se não bastasse a profanação, ou seja, a falta de respeito e reverência pelas coisas consagradas a Deus, o rei Belsazar, juntamente com seus súditos, tornaram a festa pagã e idólatra, dando louvores aos seus deuses: “Beberam o vinho, e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira, e de pedra” (Dn 5.4).
Era uma forma de desafiar o Deus de Israel, tentando demonstrar a superioridade dos seus deuses. Mas,
Deus, que não se deixa escarnecer (Gl 6.7) demonstrou que tem o domínio sobre os filhos dos homens (Dn 5.21). Belsazar ultrapassou a medida da paciência divina e foi sentenciado por isso.
2.4 A sentença de Belsazar (Dn 5.5).
A Bíblia diz que “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31). No ato de sua profanação, Belsazar viu uma mão misteriosa escrevendo uma sentença na parede do palácio real. A alegria provocada pelo vinho, deu lugar ao pavor; e a euforia, ao desespero.
“Mudou-se então o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos batiam um no outro” (Dn 5.6). A sentença continha as seguintes palavras: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM, que eram conhecidas e significam, portanto: “contado”, “pesado” e “dividido”. Mas, isoladas como estavam, ninguém sabia o que elas comunicavam.
Nenhum astrólogo, caldeu ou adivinho pôde interpretá-las. Mas, Daniel, deu a exata interpretação (Dn 5.25-28). Vejamos:
MENE: Essa palavra aramaica poderia ser um verbo com o sentido de “contado”, para indicar que a duração do reinado de Belsazar tinha sido determinada por Deus, e estava prestes a terminar (Jr 50.18). Daniel a interpretou da seguinte maneira: “Contou Deus o teu reino e o acabou” (Dn 5.26);
TEQUEL: Esse vocábulo tem o sentido de “pesado”, significando que Belsazar não estava à altura dos padrões divinos de retidão. Diante da justiça divina esse reino não teve qualquer peso. A interpretação dada por Daniel foi: “Pesado foste na balança e foste achado em falta” (Dn 5.27).
PERES: Na escritura da parede apareceu o plural: PARSIM. Na interpretação, Daniel usou o singular PERES.
São palavras da língua aramaica, e significa: “Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas” (Dn 5.28). Depois que Daniel interpretou a escrita na parede, o rei Belsazar ordenou que o vestissem de púrpura e o elevou ao cargo de terceiro dominador no reino (Dn 5.29). À semelhança de Nabucodonosor, Belsazar honrou a Daniel (Dn 2.48), mas, não honrou o Deus de Daniel (2.46,47).
III - A QUEDA DO IMPÉRIO BABILÔNICO
“O capítulo 5 do livro em apreço deve ser estudado à luz de Isaías 21.1-9, onde temos a profecia da queda de Babilônia, proferida por Isaías cerca de 150 anos antes.
A menção do Elão e da Média (Is 21.2), apontam para a conquista de Babilônia por Ciro. Os capítulos 13 e 14 de Isaías acrescentam mais detalhes proféticos dessa queda de Babilônia.
É assombroso o poder exclusivo do Todo-poderoso de predizer o futuro, como no caso de Ciro, o conquistador de Babilônia, que, através do profeta Isaías,
Deus o chamou pelo nome (Ciro), isto mais de um século e meio antes do seu nascimento (Is 44.28)”. (GILBERTO, 2010, p. 27).
3.1 A união dos medos e dos persas e a invasão da Babilônia. “Enquanto o rei Belsazar estava se banqueteando com seus súditos, os medos e os persas, que haviam se unido, cercaram a cidade de Babilônia.
Havia um sentimento de segurança por parte do rei e dos habitantes da cidade, porque seus muros eram largos e altos, e suas fortificações pareciam intransponíveis.
A Média lutou sob Dario, e a Pérsia sob Ciro, represou e canalizou as águas do rio Eufrates, deixando seco o seu leito. Assim, os medos e os persas tomaram de surpresa a cidade que não sofreu qualquer resistência” (CABRAL, 2014, p. 86 acréscimo nosso).
3.2 A soberania divina. Aquela noite foi a demonstração de que Deus, o Todo poderoso, tem o centro do governo do mundo em suas mãos e que nada escapa ao seu poder.
A queda do império babilônico não ocorreu apenas por causa de uma estratégia de guerra do exércitos inimigos, mas, uma clara demonstração do juízo divino e que o Todo Poderoso tem o domínio sobre tudo e sobre todos (1Cr 29.11,12; Sl 10.16; 24.8; 29.10; 48.2; 115.3; 135.6; Dn 2.7; 4.17,35; 5.22-28; Is 55.11; Ap 19.16).
IV - CIRO, O UNGIDO DE DEUS
“Pelo menos duzentos anos antes de os persas surgirem no cenário mundial, seu famoso rei já estava profetizado na Bíblia (Is 44.28; 45.1-4).
Acerca dessa interessante profecia, observa o Dr. Scofield: ‘Este é o único caso em que a palavra ungido se aplica a um gentio’. O uso da palavra ‘ungido’, em união com a expressão ‘meu pastor’ (Is 44.28), que é também um título messiânico, assinala Ciro como a assombrosa exceção de que um gentio seja tipo de Cristo. Os pontos de comparação são os seguintes: ambos, Cristo e Ciro, são conquistadores dos inimigos de Israel (Is 45.1; Ap 19.49-21); ambos restauram a cidade santa (Is 44.28; Zc 14.11); por meio de ambos o nome do único Deus verdadeiro é glorificado (Is 45.6; 1Co 15.28). Com Ciro inaugurou-se uma nova política em relação aos povos conquistados.
Apesar da crueldade com que lidava com seus inimigos, Ciro tratou seus súditos com consideração, conquistando-os como amigos. Por seu famoso decreto, promulgado no segundo ano de seu governo, permitiu a volta de todos os povos às suas próprias terras. (Ed 1.1-11).
Parece que, de modo especial, o famoso imperador dos persas favoreceu os judeus, concedendo-lhes generosa ajuda.” (ALMEIDA, p. 50).
CONCLUSÃO
Os registros bíblico e histórico acerca da queda da Babilônia demonstram claramente que “… o Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens e a quem quer constitui sobre eles” (Dn 5.21). Por causa da profanação e idolatria do rei Belsazar, a Babilônia caiu, cumprindo-se, então, a profecia do sonho do rei Nabucodonosor, e interpretada pelo profeta Daniel: “E, depois de ti, se levantará outro reino…” (Dn 2.39).
Assim terminou o magnífico império babilônico (a cabeça de ouro da estátua), e teve início o império medo-persa, representado pelos dois braços e peito de prata.
INTRODUÇÃO
A história dos grandes impérios mundiais que existiram no passado é marcada por três fases distintas: surgimento, apogeu e queda, ou seja, eles surgiram, tiveram seu período de poder e domínio, mas, depois, caíram.
No capítulo 5 do livro de Daniel encontramos o registro da queda do império babilônico, onde a Bíblia nos mostra, mais uma vez, a intervenção divina na história dos homens, na ocasião em que o rei Belsazar fez um grande banquete e profanou os utensílios do Templo de Jerusalém, que haviam sido levados para a Babilônia, resultando na queda daquele grande império. Veremos nesta lição quem era o rei Belsazar;
seu banquete profano e idólatra; sua sentença escrita na parede; a queda do Império Babilônico; e uma profecia sobre Ciro, o ungido de Deus.
I - QUEM ERA BELSAZAR
“O termo hebraico deriva-se do vocábulo babilônico “Bel-sar-usur” que significa ‘o deus Bel protegeu o rei’, mas não devemos confundi-lo com ‘Beltessazar’, o nome babilônico que foi dado a Daniel (Dn 1.7).
Belsazar era filho de Nabonido, que era genro de Nabucodonosor, e que reinou a Babilônia por 17 anos (de 556 a 539 a.C.). Logo, Belsazar era neto de Nabucodonosor.
Em Dn 5.11,18 Nabucodonosor é chamado de seu pai, mas isso significa apenas que ele pertencia à linhagem de Nabucodonosor, atribuição comum nas antigas genealogias (Mt 1.1).
Seu pai, Nabonido, o colocou como seu co-regente e comandante do exército de Babilônia por volta de 550 a 539 a.C.”
(CHAMPLIN, 2004, p. 487 acréscimo nosso).
Foi por esta razão que ele prometeu colocar Daniel como o terceiro dominador do reino (Dn 5.16), pois o primeiro era Nabonido e ele era o segundo.
II - O BANQUETE DO REI BELSAZAR
O banquete oferecido pelo rei Belsazar e a profanação dos utensílios do Templo de Jerusalém, marcaram o fim do grande império Babilônico, como veremos a seguir:
2.1 O banquete e a licenciosidade de Belsazar (Dn 5.1). Era comum, desde os tempos antigos, os reis realizarem festas para demonstração de domínio e poderio (Et 1.1-4).
Como a Babilônia era uma cidade de opulência e luxúria, no palácio havia festas constantemente. Tratava-se, na verdade, de uma festa cheia de licenciosidade e bebedice.
Isto pode ser provado pela presença de vinho e de mulheres e concubinas na festa (Dn 5.1,2).
Além disso, a festa demonstra a insensatez do rei Belsazar. Enquanto seu pai estava fora de Babilônia, defendendo o reino das forças dos medos e dos persas, que ameaçavam dominar o mundo antigo, ele estava ocupado com festas e orgias, banqueteando-se com seus súditos, sem se preocupar o que poderia acontecer.
2.2 A profanação de Belsazar (Dn 5.2).
Como se não bastasse a luxúria e insensatez do rei Belsazar, ele também tornou-se profano quando mandou buscar os utensílios do Templo de Jerusalém, levados por Nabucodonosor à Babilônia (II Rs 24.13; IICr 36.7; Ed 5.14; 6.5; Dn 1.2),
para embriagar-se com seus convidados, demonstrando total desrespeito com as coisas sagradas.
“Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata, que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem neles o rei, os seus príncipes, as suas mulheres e concubinas”
(Dn 5.2). Levar os utensílios do Templo para Babilônia estava de acordo com os costumes de guerra, até porque eram vasos de ouro e de prata, ou seja, valiosos.
Mas, retirá-los do depósito nacional para uma orgia, era sacrilégio, ou seja, uso indevido de objetos consagrados a Deus.
2.3 A idolatria do rei Belsazar (Dn 5.4). Como se não bastasse a profanação, ou seja, a falta de respeito e reverência pelas coisas consagradas a Deus, o rei Belsazar, juntamente com seus súditos, tornaram a festa pagã e idólatra, dando louvores aos seus deuses: “Beberam o vinho, e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira, e de pedra” (Dn 5.4).
Era uma forma de desafiar o Deus de Israel, tentando demonstrar a superioridade dos seus deuses. Mas,
Deus, que não se deixa escarnecer (Gl 6.7) demonstrou que tem o domínio sobre os filhos dos homens (Dn 5.21). Belsazar ultrapassou a medida da paciência divina e foi sentenciado por isso.
2.4 A sentença de Belsazar (Dn 5.5).
A Bíblia diz que “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31). No ato de sua profanação, Belsazar viu uma mão misteriosa escrevendo uma sentença na parede do palácio real. A alegria provocada pelo vinho, deu lugar ao pavor; e a euforia, ao desespero.
“Mudou-se então o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos batiam um no outro” (Dn 5.6). A sentença continha as seguintes palavras: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM, que eram conhecidas e significam, portanto: “contado”, “pesado” e “dividido”. Mas, isoladas como estavam, ninguém sabia o que elas comunicavam.
Nenhum astrólogo, caldeu ou adivinho pôde interpretá-las. Mas, Daniel, deu a exata interpretação (Dn 5.25-28). Vejamos:
MENE: Essa palavra aramaica poderia ser um verbo com o sentido de “contado”, para indicar que a duração do reinado de Belsazar tinha sido determinada por Deus, e estava prestes a terminar (Jr 50.18). Daniel a interpretou da seguinte maneira: “Contou Deus o teu reino e o acabou” (Dn 5.26);
TEQUEL: Esse vocábulo tem o sentido de “pesado”, significando que Belsazar não estava à altura dos padrões divinos de retidão. Diante da justiça divina esse reino não teve qualquer peso. A interpretação dada por Daniel foi: “Pesado foste na balança e foste achado em falta” (Dn 5.27).
PERES: Na escritura da parede apareceu o plural: PARSIM. Na interpretação, Daniel usou o singular PERES.
São palavras da língua aramaica, e significa: “Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas” (Dn 5.28). Depois que Daniel interpretou a escrita na parede, o rei Belsazar ordenou que o vestissem de púrpura e o elevou ao cargo de terceiro dominador no reino (Dn 5.29). À semelhança de Nabucodonosor, Belsazar honrou a Daniel (Dn 2.48), mas, não honrou o Deus de Daniel (2.46,47).
III - A QUEDA DO IMPÉRIO BABILÔNICO
“O capítulo 5 do livro em apreço deve ser estudado à luz de Isaías 21.1-9, onde temos a profecia da queda de Babilônia, proferida por Isaías cerca de 150 anos antes.
A menção do Elão e da Média (Is 21.2), apontam para a conquista de Babilônia por Ciro. Os capítulos 13 e 14 de Isaías acrescentam mais detalhes proféticos dessa queda de Babilônia.
É assombroso o poder exclusivo do Todo-poderoso de predizer o futuro, como no caso de Ciro, o conquistador de Babilônia, que, através do profeta Isaías,
Deus o chamou pelo nome (Ciro), isto mais de um século e meio antes do seu nascimento (Is 44.28)”. (GILBERTO, 2010, p. 27).
3.1 A união dos medos e dos persas e a invasão da Babilônia. “Enquanto o rei Belsazar estava se banqueteando com seus súditos, os medos e os persas, que haviam se unido, cercaram a cidade de Babilônia.
Havia um sentimento de segurança por parte do rei e dos habitantes da cidade, porque seus muros eram largos e altos, e suas fortificações pareciam intransponíveis.
A Média lutou sob Dario, e a Pérsia sob Ciro, represou e canalizou as águas do rio Eufrates, deixando seco o seu leito. Assim, os medos e os persas tomaram de surpresa a cidade que não sofreu qualquer resistência” (CABRAL, 2014, p. 86 acréscimo nosso).
3.2 A soberania divina. Aquela noite foi a demonstração de que Deus, o Todo poderoso, tem o centro do governo do mundo em suas mãos e que nada escapa ao seu poder.
A queda do império babilônico não ocorreu apenas por causa de uma estratégia de guerra do exércitos inimigos, mas, uma clara demonstração do juízo divino e que o Todo Poderoso tem o domínio sobre tudo e sobre todos (1Cr 29.11,12; Sl 10.16; 24.8; 29.10; 48.2; 115.3; 135.6; Dn 2.7; 4.17,35; 5.22-28; Is 55.11; Ap 19.16).
IV - CIRO, O UNGIDO DE DEUS
“Pelo menos duzentos anos antes de os persas surgirem no cenário mundial, seu famoso rei já estava profetizado na Bíblia (Is 44.28; 45.1-4).
Acerca dessa interessante profecia, observa o Dr. Scofield: ‘Este é o único caso em que a palavra ungido se aplica a um gentio’. O uso da palavra ‘ungido’, em união com a expressão ‘meu pastor’ (Is 44.28), que é também um título messiânico, assinala Ciro como a assombrosa exceção de que um gentio seja tipo de Cristo. Os pontos de comparação são os seguintes: ambos, Cristo e Ciro, são conquistadores dos inimigos de Israel (Is 45.1; Ap 19.49-21); ambos restauram a cidade santa (Is 44.28; Zc 14.11); por meio de ambos o nome do único Deus verdadeiro é glorificado (Is 45.6; 1Co 15.28). Com Ciro inaugurou-se uma nova política em relação aos povos conquistados.
Apesar da crueldade com que lidava com seus inimigos, Ciro tratou seus súditos com consideração, conquistando-os como amigos. Por seu famoso decreto, promulgado no segundo ano de seu governo, permitiu a volta de todos os povos às suas próprias terras. (Ed 1.1-11).
Parece que, de modo especial, o famoso imperador dos persas favoreceu os judeus, concedendo-lhes generosa ajuda.” (ALMEIDA, p. 50).
CONCLUSÃO
Os registros bíblico e histórico acerca da queda da Babilônia demonstram claramente que “… o Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens e a quem quer constitui sobre eles” (Dn 5.21). Por causa da profanação e idolatria do rei Belsazar, a Babilônia caiu, cumprindo-se, então, a profecia do sonho do rei Nabucodonosor, e interpretada pelo profeta Daniel: “E, depois de ti, se levantará outro reino…” (Dn 2.39).
Assim terminou o magnífico império babilônico (a cabeça de ouro da estátua), e teve início o império medo-persa, representado pelos dois braços e peito de prata.
sábado, 1 de novembro de 2014
LIÇÃO 05 - DEUS ABOMINA A SOBERBA 4º TRIMESTRE 2014
(Dn 4.1018)
INTRODUÇÃO
Nesta quinta lição, veremos no mau exemplo do Rei Nabucodonosor, que a soberba é um grave pecado contra Deus. Estudaremos a definição da palavra soberba, as características deste sentimento e analisaremos as sérias consequências que ela (a soberba) proporciona.
Também pontuaremos alguns exemplos de pessoas que foram soberbas na Bíblia.
I - DEFINIÇÃO DA PALAVRA SOBERBA
A soberba é o encurvamento do homem a si mesmo. Soberbo no grego é “huperephanos“ que significa: “mostrar-se a si mesmo acima dos outros” formada de “huper“ que é “muito acima de” e da expressão “phainomai“ que é “aparecer, ser manifesto”, embora muitas vezes denote “preeminente”, sempre é usado no NT no mau sentido de “arrogante, desonesto, orgulhoso, altivo, soberbo” (Lc 1.51? Rm 1.30? 2Tm 3.2? Tg 4.6? 1Pe 5.5) (VINE, 2002, p. 996 - grifo nosso).
Um outro termo equivalente é “arrogância”. O Aurélio define como: “orgulho que se manifesta por atitudes altivas e desdenhosas” (FERREIRA, 2004, p. 199). O termo deriva-se do hebraico “zadôn“ e significa “altivez”, “orgulho” ou “soberba” (Ml 3.15? 4.1? Sl 119.51,69,78,122? Jr 43.2).
O orgulho é um pecado abominável diante de Deus (Pv 21.4? 6.16).
II - CARACTERÍSTICAS DA GRANDEZA DA BABILÕNIA
O império babilônico recebeu na Bíblia Sagrada o título de “a jóia dos reinos, a glória e orgulho (soberba) dos caldeus…”, e sua capital foi chamada de “cidade dourada” (Is 13.19? 14.4).
Jeremias 51.41, diz de Babilônia: “A glória de toda terra”. A cidade era extravagante? suntuosa além do que se possa imaginar? era sem rival na história do mundo. “A grandeza do reino dos caldeus pode ser medida pelas dimensões e riquezas de Babilônia.
Esta cidade ocupou uma área quadrada de 576 Km com avenidas de 45 metros de largura por 24 km de comprimento, que dividiam luxuosos quarteirões com exuberantes jardins, suntuosas residências, magníficos palácios e gigantescos templos.
Um desses templos, dedicado a Bel, media 5 km de circunferência, e um dos palácios reais ocupava uma área superior a 12 km quadrados. Os historiadores afirmam que os muros de Babilônia eram duplos e alcançavam a altura de 112 metros, com uma largura de 24 metros […] essa grande metrópole inventou um alfabeto, resolveu problemas de aritmética, inventou instrumentos para medição do tempo, descobriu a arte de polir, gravar e perfurar pedras preciosas? alcançou grande progresso nas artes têxteis, estudou com êxito o movimento dos astros, concebeu a ideia da gramática como ciência e elaborou um sistema de leis civis.
Em grande parte, a cultura dos gregos provinha de Babilônia” (ALMEIDA, sd, p. 10 ).
III - CARACTERÍSTICAS DA GRANDEZA DE NABUCODONOSOR
O profeta Jeremias, contemporâneo do período do exílio de Israel e Judá na Babilônia, diz que Deus chamou a Nabucodonosor de “meu servo”, seu significado evidentemente é “meu instrumento” (Jr 25.9? 27.6 e 43.10.). Na verdade, Nabucodonosor foi a vara de Deus de punição ao seu povo por ter abandonado o Senhor e tomado o caminho da idolatria e dos costumes pagãos.
Ao referir-se a Nabucodonosor, um escritor disse que: “o Império era ele e ele era o Império.
Como supremo e absoluto […] ele era o ‘tudo’, a majestade suprema..“. Além disso, desempenhou uma administração que conservou todas as nações em harmonia, bem como sob completa segurança e proteção.
Jamais a história registrou um soberano político no trono do mundo maior do que ele. Ele a todos sobrepujou em glória, grandeza e majestade.
Assim, achou por bem Deus que lhe dera todo o poder e a glória (Dn 2.37-38? Jr 25.9), honrá-lo no símbolo da cabeça de ‘ouro fino’ da estátua de seu impressionante sonho inspirado… É surpreendente notar que a interpretação de Daniel ignorou por completo, não somente os reis que precederam Nabucodonosor no trono de Babilônia como também os que lhe sucederam. Em toda a Terra e em toda a História não houve outro potentado que governasse o mundo tão a contento de Deus” (ALMEIDA, sd, pp. 11,12).
IV - CARACTERÍSTICAS DA SOBERBA DE NABUCODONOSOR
O relato do quarto capítulo de Daniel demonstra o sutil, mas desastroso, efeito da soberba. Um comportamento excessivamente orgulhoso, arrogante e presunçoso caracteriza o sentimento da soberba.
A ideia de poder sobre os outros por si só é uma loucura. “A soberba leva o homem a desprezar os superiores e a desobedecer as leis. Ela nada mais é que o desejo distorcido de grandeza” e completa: “a pessoa que manifesta a soberba atribui apenas a si próprio os bens que possui. Tem ligação direta com a ambição desmedida, a vanglória, a hipocrisia, a ostentação, a presunção, a arrogância, a altivez, a vaidade, e o orgulho excessivo, com conceito elevado ou exagerado de si próprio”.
Nabucodonosor concentrou todas estas características perdendo-se em si mesmo no mundo obscuro do orgulho. “… Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei […] para glória da minha magnificência? (Dn 4.30) (Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. p. 38).
V - EXEMPLOS NEGATIVOS NA BÍBLIA DE SOBERBA
A soberba é o orgulho excessivo que uma pessoa demonstra e não tem nenhum senso de autocrítica.
É como uma doença contagiosa que se aloja no coração do homem e ele perde a capacidade de admitir que para viver no mundo dos homens precisa lembrar que o outro existe. A falta do senso de autocrítica o faz agir irracionalmente (Sl 101.5? 2 Cr 26.16).
A soberba nada mais é do que o egoísmo na sua mais alta plenitude. Uma pessoa soberba é capaz de menosprezar até o poder de DEUS, achando que não precisa Dele.
A Bíblia nos mostra que a soberba torna os olhos altivos, apodrece a alma (Pv 21.4) e cega a vista (1 Tm 3.6? 6.4). Vejamos:
A história de Lúcifer infere-se em dois textos proféticos de Isaías e Ezequiel nos quais, encontramos em linguagem metafórica, a história literal da queda de Lúcifer, perdendo sua posição na presença de Deus. Ele é identificado na Bíblia como Diabo, Satanás (Is 14.1316? Ez 28.14,16).
Essas duas escrituras revelam que Lúcifer perdeu seu status celestial na presença de Deus por causa da sua soberba. Por isso, a soberba é um pecado do espírito humano, que afeta diretamente as relações verticais do homem com Deus.
Rei Saul é outro exemplo negativo do significado da soberba. Saul começou bem o seu reinado, até que se deixou dominar por inveja, ciúmes e, então, começou a agir irracionalmente.
A presunção de se achar superior a tudo, o levou a agir com atitudes arbitrárias dentro do Palácio e nos assuntos do reino. Foram atitudes que feriam princípios morais, políticos e espirituais de Israel. Sua arrogância o fez praticar ações que não competiam à sua alçada e, por isso, foi lhe tirado a graça de Deus na sua vida. Então passou a agir irrefletidamente dominado pela soberba que fez Deus rejeitá-lo, porque sua desobediência era fruto da soberba (1 Sm 9.26? 10.1? 15.2,3,9? 15.23).
O Rei Herodes é outro personagem que se destaca na Bíblia por sua soberba Ele era um homem altivo, presunçoso e teve um fim triste para a sua história.
Em Atos dos Apóstolos está registrado sua arrogância (At 12.1,2? At 12.311? At 12.21,22). Para que todos entendessem que Deus não aceita que se zombe da sua soberania e justiça, enviou o seu anjo que “feriu-o…, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou“ (At 12.23).
Nabucodonosor é o grande exemplo do perigo da arrogância. Por esta causa ele perdeu seu trono e seu reino. A soberba é um dos pecados do espírito humano que afeta diretamente a soberania de Deus. Por causa da sua arrogância contra o cetro do Deus Altíssimo, Nabucodonosor, assim como a árvore do sonho, foi cortado até a raiz (Dn 4.18).
A profecia cumpriu-se integralmente na vida deste rei, e ele, depois de humilhado, perdeu a capacidade moral de pensar e decidir porque seu coração foi mudado, de “coração de homem” (Dn 4.16) para “um coração de animal” (Dn 4.25).
VI - ENSINOS SOBRE SOBERBA E A ARROGÂNCIA
Nos dias de Daniel, Nabucodonosor era o rei do maior império da época de 605 a 562 a.C. Certa ocasião, quando ele passeava no palácio real de Babilônia, disse: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência?“ (Dn 4.30).
Quando ele reconheceu que o poder e a soberania pertence única e exclusivamente a Deus, foi restabelecido o seu reino e sua glória foi acrescentada (Dn 4.35,36).
Vejamos o que a Bíblia nos diz sobre a soberba:
“Vindo a soberba, virá também a afronta…“ (Pv 11.2). A soberba conduz a afronta. A Bíblia está repleta de exemplos: Golias desafiou o exército de Israel (I Sm 17.8-10)? Hamã desejou exterminar Mardoqueu e o povo judeu (Et 3.615) ? o rei Belsazar tomou vinho juntamente com seus oficiais, suas mulheres e concubinas nos utensílios da casa de Deus (Dn 5.23).
“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda“ (Pv 16.18).
O fim do soberbo é sempre trágico. Golias foi morto por Davi, um pastor de ovelhas (I Sm 17.48-54)? Hamã conduziu Mardoqueu pelas ruas da cidade, gritando: “assim se fará ao homem cuja honra o rei se agrada“, e, depois, foi morto na forca que preparou para Mardoqueu (Et 6.11? 7.10)? e o rei Belsazar foi morto na mesma noite que bebeu vinho nos utensílios do templo (Dn 5.30).
“Abominável é para o Senhor todo altivo (soberbo) de coração“ (Pv 16.5).
A palavra abominar derivase Do hebraico: nã‘ats e significa “desprezar“, “rejeitar“, “abominar“. Também tem o sentido de “aborrecer“, “detestar“ e “odiar“.
Deus abomina o orgulho porque conduz o homem a uma falsa sensação de independência, auto suficiência e superioridade aos demais? sentimentos estes, condenados na Palavra de Deus (Pv 6.17? 8.13? Ob 1.3? Lc 14.11? At 17.28? Fp 2.3).
CONCLUSÃO
Vimos que Deus não derrama Seu juízo antes de chamar o homem ao arrependimento. O Senhor deu doze meses para Nabucodonosor se arrepender, porém, ele exalta-se
em vez de dar glória a Deus (Dn 4.29-30).
“Eu edifiquei“? “pela força do meu poder“ “para a glória da minha majestade“.
Quando o homem não escuta a voz da graça, ouve a trombeta do juízo. O orgulho é algo abominável para Deus, pois Ele resiste ao soberbo (Tg 4.6).
INTRODUÇÃO
Nesta quinta lição, veremos no mau exemplo do Rei Nabucodonosor, que a soberba é um grave pecado contra Deus. Estudaremos a definição da palavra soberba, as características deste sentimento e analisaremos as sérias consequências que ela (a soberba) proporciona.
Também pontuaremos alguns exemplos de pessoas que foram soberbas na Bíblia.
I - DEFINIÇÃO DA PALAVRA SOBERBA
A soberba é o encurvamento do homem a si mesmo. Soberbo no grego é “huperephanos“ que significa: “mostrar-se a si mesmo acima dos outros” formada de “huper“ que é “muito acima de” e da expressão “phainomai“ que é “aparecer, ser manifesto”, embora muitas vezes denote “preeminente”, sempre é usado no NT no mau sentido de “arrogante, desonesto, orgulhoso, altivo, soberbo” (Lc 1.51? Rm 1.30? 2Tm 3.2? Tg 4.6? 1Pe 5.5) (VINE, 2002, p. 996 - grifo nosso).
Um outro termo equivalente é “arrogância”. O Aurélio define como: “orgulho que se manifesta por atitudes altivas e desdenhosas” (FERREIRA, 2004, p. 199). O termo deriva-se do hebraico “zadôn“ e significa “altivez”, “orgulho” ou “soberba” (Ml 3.15? 4.1? Sl 119.51,69,78,122? Jr 43.2).
O orgulho é um pecado abominável diante de Deus (Pv 21.4? 6.16).
II - CARACTERÍSTICAS DA GRANDEZA DA BABILÕNIA
O império babilônico recebeu na Bíblia Sagrada o título de “a jóia dos reinos, a glória e orgulho (soberba) dos caldeus…”, e sua capital foi chamada de “cidade dourada” (Is 13.19? 14.4).
Jeremias 51.41, diz de Babilônia: “A glória de toda terra”. A cidade era extravagante? suntuosa além do que se possa imaginar? era sem rival na história do mundo. “A grandeza do reino dos caldeus pode ser medida pelas dimensões e riquezas de Babilônia.
Esta cidade ocupou uma área quadrada de 576 Km com avenidas de 45 metros de largura por 24 km de comprimento, que dividiam luxuosos quarteirões com exuberantes jardins, suntuosas residências, magníficos palácios e gigantescos templos.
Um desses templos, dedicado a Bel, media 5 km de circunferência, e um dos palácios reais ocupava uma área superior a 12 km quadrados. Os historiadores afirmam que os muros de Babilônia eram duplos e alcançavam a altura de 112 metros, com uma largura de 24 metros […] essa grande metrópole inventou um alfabeto, resolveu problemas de aritmética, inventou instrumentos para medição do tempo, descobriu a arte de polir, gravar e perfurar pedras preciosas? alcançou grande progresso nas artes têxteis, estudou com êxito o movimento dos astros, concebeu a ideia da gramática como ciência e elaborou um sistema de leis civis.
Em grande parte, a cultura dos gregos provinha de Babilônia” (ALMEIDA, sd, p. 10 ).
III - CARACTERÍSTICAS DA GRANDEZA DE NABUCODONOSOR
O profeta Jeremias, contemporâneo do período do exílio de Israel e Judá na Babilônia, diz que Deus chamou a Nabucodonosor de “meu servo”, seu significado evidentemente é “meu instrumento” (Jr 25.9? 27.6 e 43.10.). Na verdade, Nabucodonosor foi a vara de Deus de punição ao seu povo por ter abandonado o Senhor e tomado o caminho da idolatria e dos costumes pagãos.
Ao referir-se a Nabucodonosor, um escritor disse que: “o Império era ele e ele era o Império.
Como supremo e absoluto […] ele era o ‘tudo’, a majestade suprema..“. Além disso, desempenhou uma administração que conservou todas as nações em harmonia, bem como sob completa segurança e proteção.
Jamais a história registrou um soberano político no trono do mundo maior do que ele. Ele a todos sobrepujou em glória, grandeza e majestade.
Assim, achou por bem Deus que lhe dera todo o poder e a glória (Dn 2.37-38? Jr 25.9), honrá-lo no símbolo da cabeça de ‘ouro fino’ da estátua de seu impressionante sonho inspirado… É surpreendente notar que a interpretação de Daniel ignorou por completo, não somente os reis que precederam Nabucodonosor no trono de Babilônia como também os que lhe sucederam. Em toda a Terra e em toda a História não houve outro potentado que governasse o mundo tão a contento de Deus” (ALMEIDA, sd, pp. 11,12).
IV - CARACTERÍSTICAS DA SOBERBA DE NABUCODONOSOR
O relato do quarto capítulo de Daniel demonstra o sutil, mas desastroso, efeito da soberba. Um comportamento excessivamente orgulhoso, arrogante e presunçoso caracteriza o sentimento da soberba.
A ideia de poder sobre os outros por si só é uma loucura. “A soberba leva o homem a desprezar os superiores e a desobedecer as leis. Ela nada mais é que o desejo distorcido de grandeza” e completa: “a pessoa que manifesta a soberba atribui apenas a si próprio os bens que possui. Tem ligação direta com a ambição desmedida, a vanglória, a hipocrisia, a ostentação, a presunção, a arrogância, a altivez, a vaidade, e o orgulho excessivo, com conceito elevado ou exagerado de si próprio”.
Nabucodonosor concentrou todas estas características perdendo-se em si mesmo no mundo obscuro do orgulho. “… Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei […] para glória da minha magnificência? (Dn 4.30) (Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. p. 38).
V - EXEMPLOS NEGATIVOS NA BÍBLIA DE SOBERBA
A soberba é o orgulho excessivo que uma pessoa demonstra e não tem nenhum senso de autocrítica.
É como uma doença contagiosa que se aloja no coração do homem e ele perde a capacidade de admitir que para viver no mundo dos homens precisa lembrar que o outro existe. A falta do senso de autocrítica o faz agir irracionalmente (Sl 101.5? 2 Cr 26.16).
A soberba nada mais é do que o egoísmo na sua mais alta plenitude. Uma pessoa soberba é capaz de menosprezar até o poder de DEUS, achando que não precisa Dele.
A Bíblia nos mostra que a soberba torna os olhos altivos, apodrece a alma (Pv 21.4) e cega a vista (1 Tm 3.6? 6.4). Vejamos:
A história de Lúcifer infere-se em dois textos proféticos de Isaías e Ezequiel nos quais, encontramos em linguagem metafórica, a história literal da queda de Lúcifer, perdendo sua posição na presença de Deus. Ele é identificado na Bíblia como Diabo, Satanás (Is 14.1316? Ez 28.14,16).
Essas duas escrituras revelam que Lúcifer perdeu seu status celestial na presença de Deus por causa da sua soberba. Por isso, a soberba é um pecado do espírito humano, que afeta diretamente as relações verticais do homem com Deus.
Rei Saul é outro exemplo negativo do significado da soberba. Saul começou bem o seu reinado, até que se deixou dominar por inveja, ciúmes e, então, começou a agir irracionalmente.
A presunção de se achar superior a tudo, o levou a agir com atitudes arbitrárias dentro do Palácio e nos assuntos do reino. Foram atitudes que feriam princípios morais, políticos e espirituais de Israel. Sua arrogância o fez praticar ações que não competiam à sua alçada e, por isso, foi lhe tirado a graça de Deus na sua vida. Então passou a agir irrefletidamente dominado pela soberba que fez Deus rejeitá-lo, porque sua desobediência era fruto da soberba (1 Sm 9.26? 10.1? 15.2,3,9? 15.23).
O Rei Herodes é outro personagem que se destaca na Bíblia por sua soberba Ele era um homem altivo, presunçoso e teve um fim triste para a sua história.
Em Atos dos Apóstolos está registrado sua arrogância (At 12.1,2? At 12.311? At 12.21,22). Para que todos entendessem que Deus não aceita que se zombe da sua soberania e justiça, enviou o seu anjo que “feriu-o…, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou“ (At 12.23).
Nabucodonosor é o grande exemplo do perigo da arrogância. Por esta causa ele perdeu seu trono e seu reino. A soberba é um dos pecados do espírito humano que afeta diretamente a soberania de Deus. Por causa da sua arrogância contra o cetro do Deus Altíssimo, Nabucodonosor, assim como a árvore do sonho, foi cortado até a raiz (Dn 4.18).
A profecia cumpriu-se integralmente na vida deste rei, e ele, depois de humilhado, perdeu a capacidade moral de pensar e decidir porque seu coração foi mudado, de “coração de homem” (Dn 4.16) para “um coração de animal” (Dn 4.25).
VI - ENSINOS SOBRE SOBERBA E A ARROGÂNCIA
Nos dias de Daniel, Nabucodonosor era o rei do maior império da época de 605 a 562 a.C. Certa ocasião, quando ele passeava no palácio real de Babilônia, disse: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência?“ (Dn 4.30).
Quando ele reconheceu que o poder e a soberania pertence única e exclusivamente a Deus, foi restabelecido o seu reino e sua glória foi acrescentada (Dn 4.35,36).
Vejamos o que a Bíblia nos diz sobre a soberba:
“Vindo a soberba, virá também a afronta…“ (Pv 11.2). A soberba conduz a afronta. A Bíblia está repleta de exemplos: Golias desafiou o exército de Israel (I Sm 17.8-10)? Hamã desejou exterminar Mardoqueu e o povo judeu (Et 3.615) ? o rei Belsazar tomou vinho juntamente com seus oficiais, suas mulheres e concubinas nos utensílios da casa de Deus (Dn 5.23).
“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda“ (Pv 16.18).
O fim do soberbo é sempre trágico. Golias foi morto por Davi, um pastor de ovelhas (I Sm 17.48-54)? Hamã conduziu Mardoqueu pelas ruas da cidade, gritando: “assim se fará ao homem cuja honra o rei se agrada“, e, depois, foi morto na forca que preparou para Mardoqueu (Et 6.11? 7.10)? e o rei Belsazar foi morto na mesma noite que bebeu vinho nos utensílios do templo (Dn 5.30).
“Abominável é para o Senhor todo altivo (soberbo) de coração“ (Pv 16.5).
A palavra abominar derivase Do hebraico: nã‘ats e significa “desprezar“, “rejeitar“, “abominar“. Também tem o sentido de “aborrecer“, “detestar“ e “odiar“.
Deus abomina o orgulho porque conduz o homem a uma falsa sensação de independência, auto suficiência e superioridade aos demais? sentimentos estes, condenados na Palavra de Deus (Pv 6.17? 8.13? Ob 1.3? Lc 14.11? At 17.28? Fp 2.3).
CONCLUSÃO
Vimos que Deus não derrama Seu juízo antes de chamar o homem ao arrependimento. O Senhor deu doze meses para Nabucodonosor se arrepender, porém, ele exalta-se
em vez de dar glória a Deus (Dn 4.29-30).
“Eu edifiquei“? “pela força do meu poder“ “para a glória da minha majestade“.
Quando o homem não escuta a voz da graça, ouve a trombeta do juízo. O orgulho é algo abominável para Deus, pois Ele resiste ao soberbo (Tg 4.6).
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