sábado, 20 de abril de 2013

As Bases do Casamento Cristão - Pedro Holanda




 INTRODUÇÃO
          Casamento é o vínculo estabelecido entre duas pessoas, mediante o reconhecimento governamental, religioso ou social e que pressupõe uma relação interpessoal de intimidade, cuja representação arquetípica (modelo ideal) é a coabitação (habitar em conjunto), embora possa ser visto por muitos como um contrato.
A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
          Deus proveu Adão de uma companheira idônea, instituindo assim o matrimônio, proporcionando-lhe companheirismo e ajuda mútua: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele (semelhante ou adequada a ele)” (Gn 2.18). O homem sente-se pessoa não apenas pelo que ele é, mas também quando vê o seu reflexo no outro que lhe é semelhante. Portanto, a sentença Divina ecoada nos umbrais eternos expressa o amor e o cuidado Celeste para com a vida afetiva do homem. Para Deus, “não é bom que o homem esteja só”. O verbo estar, no presente do subjuntivo (esteja), tradução do Hebraico (häyâ), expressa um estado circunstancial e transitório do ser. A solidão é um agravo à saúde psicofísica da criatura humana. O casamento deve ser monógamo, pois Deus criou uma só mulher para o homem (Gn 2.22); deve ser exclusivista, porque “deixará o varão o seu pai e a sua mãe”; deve ser uma união estreita e indissolúvel: “apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne“ (Gn 2.24). Deus, em sua infinita sabedoria, instituiu o lar para formar um ambiente ideal em que os filhos possam ser criados plenamente em todos os aspectos: física, social e espiritualmente.
OS INDICADORES DA VONTADE DE DEUS
A esposa deve submeter-se ao marido
          O que significa submeter-se? Significa colocar-se sob a autoridade de alguém (não implica na inferioridade do que se sujeita e nem na superioridade do que esta em autoridade; trata-se de funções e não de poder). Sujeitar–se, essa passagem sugere que a submissão é dar-se incondicionalmente para completar o outro, sacrificar-se para fazer com que o relacionamento entre ambos seja saudável. O papel da esposa é apoiar, ajudar e submeter-se ao marido no desempenho dessa missão (guiar a família a Deus é papel do marido). Submeter (gr. hypotasso) é o ato de sujeitar-se, e sujeitar-se é reconhecer que existe alguém que exerce autoridade sobre si. No caso matrimonial o marido é quem recebe da parte de Deus a incumbência de exercer tal autoridade (Gn 3.16, Ef 5.22-24, Cl 3.18, 1Pe 3.1-2). Diante de Deus a dignidade do homem e da mulher é a mesma, porém diante da família quanto às diretrizes do lar, cabe ao marido a responsabilidade de administrá-la. A palavra submissão procede do latim (submissio), que se traduz por missão subordinada. A palavra nada diz respeito ao relativo valor de um indivíduo, mas simplesmente declara que ele (o indivíduo) tem a incumbência de adotar tal atitude. Por isso a esposa ser submissa ao marido em termos bíblicos não constitui inferioridade, mas em honra. Quanto ao marido incrédulo, a esposa terá mais possibilidade de ganhá-lo para Cristo, se lhe for fielmente submissa e revelar uma vida de pureza, reverência e mansidão. Algumas mulheres, ao se converterem a Jesus, pensam que devem tratar com indiferença seus maridos incrédulos. Ou pensam que agora devem ficar todo tempo condenando-os ao inferno. Até se retraem quanto ao amor e carinho para com seu marido incrédulo, achando que agora, são mais “santas” (1Co 7.3-4). Estas esposas estão desobedecendo aos princípios Bíblicos! O marido incrédulo, tratado desta forma por sua mulher que se diz “crente”, irá endurecer-se cada vez mais, contra ela e contra o evangelho. Para ele o evangelho não passará de uma religião que tornou sua esposa insensível e sem afeto.
A esposa deve portar-se de modo decente

          A real beleza feminina não é a do exterior- formas, roupas elegantes, joias e penteados- mas a de um espírito manso e tranquilo. Muitas mulheres cristãs se preocupam excessivamente com seu aspecto exterior, a ponto de suprimir seus valores morais, esquecendo-se da verdadeira beleza que resplandece de dentro para fora. A beleza externa muda e passa com a idade. A beleza interior, porém, nunca desaparece. É esta beleza que exige bem mais cuidado e esmero (Pv 31.30 1Pe 3.3-4). O adjetivo manso descreve uma atitude despretensiosa que se manifesta numa submissão amável.    O adjetivo quieto refere-se à esposa não ser agitada e indelicada. Noutras palavras o que Deus declara é que a verdadeira beleza é questão de caráter e não primeiramente de enfeites. As mulheres cristãs devem ter cuidado com os excessos (1Tm 2.9-10). Pudor (palavra que trata de um sentimento de vergonha gerado pelo que pode ferir a decência), com relação a vestes a palavra pudor subtende vergonha de exibir o corpo de tal forma que venha atrair a atenção ultrapassando os limites da devida moderação. A palavra modéstia (ausência de vaidade) é a manifestação externa de uma pureza interna. Portanto vestir-se de modo imodesto para despertar desejos impuros nos outros é tão errado como o desejo imoral que isso provoca. É vergonhosa a situação de qualquer igreja que desconsidere o padrão Bíblico para o modo modesto de vestir-se, e que adota passivamente os costumes do mundo, a igreja deve comportar-se e vestir-se de modo diferente da sociedade corrupta que repudia e ridiculariza a vontade do Espírito Santo (1Pe 4.4-5). Os adornos berrantes, exagerados e dispendiosos são contrario ao espírito modesto que Deus requer da parte das mulheres cristãs. As esposas cristãs de nossos dias devem ser o oposto do mundo materialista, pelas modas dominantes, pelos direitos humanos, pela obsessão sexual e pelo desprezo aos valores do lar e da família (Tt 2.3-5).
O marido deve amar a esposa
          Deus poderia ter feito à mulher do pó da terra como fez adão, mas decidiu fazê-la de uma parte do homem evidenciando assim o princípio da dependência da mulher (Gn 2.21-22 1Co 7.2). Ter a sua própria mulher, ter o seu próprio marido. O sentido estrito aqui é o de o cônjuge ser, na verdade, o complemento do outro, ser adequado para o outro, ser moldado para o outro (Gn 2.18). Adjutora é uma auxiliadora, no original hebraico (ezer kenegdô) cuja tradução é firmeza e segurança do homem (Pv 31.10-12), toda via esta dedicação da esposa para com o marido deve ser fruto do amor do marido dispensado a esposa (Ef 5.25), daí porque o marido deve amar sua esposa a ponto de, se necessário for, sofrer e se entregar por ela. A palavra amor significa: sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem. Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro. Inclinação ditada por laços de família. Inclinação sexual forte por outra pessoa. Afeição, amizade, simpatia, é justamente todos esses sentimentos que Deus requer do marido com relação a sua esposa.
GREGO
DISCRIÇÃO
CONTEXTO
FONTE
AGAPÊ
AMOR ABNEGADO
DIVINO
DEUS
PHILIA
AMOR FRATERNO
AMIZADE
HOMEM
EROS
AMOR FÍSICO
ERÓTICO
SENTIDOS
STORGE
AMOR FAMILIAR
FAMILIAR
FAMÍLIA

O marido deve respeitar a esposa

          Ao marido é ordenado por Deus, amar a sua esposa, a esposa é ordenada por Deus que obedeça a seu marido. A mulher sente-se mais valorizada no seu papel de esposa quando é amada pelo seu marido, o homem sente-se mais valorizado no seu papel de marido quando respeitado pela esposa (1Pe 3.6-7). O marido tem uma grande responsabilidade conjugal. As frases “com discernimento” e “tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil”, sugerem muito cuidado da parte do marido para discernir como viver com sua esposa, tendo consideração para com ela como a parte mais frágil quanto ao físico e outros aspectos de sua vida. Ele deve sempre tratá-la com a devida dignidade, seja na igreja, lugares públicos, em casa de outros, em sua própria casa, junto à família ou em particular. O marido que assim procede reconhece que a sua esposa é co-herdeira com ele da salvação eterna. Se ele assim não fizer, terá suas orações interrompidas, pois estará violando um princípio bíblico, fracassando na devida função de marido, desprezando uma dádiva de Deus e causando dano a si mesmo (Gn 2.23-24).

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