sábado, 26 de janeiro de 2013

LISTA OFICIAL DE CULTOS DE 28/01/2013 A 03/02/2013






IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS - CONVENÇÃO ABREU E LIMA
Av. Brasil, 113, Centro - Abreu e Lima - PE - Brasil
Pr. Presidente: Roberto José dos Santos
LISTA OFICIAL DE CULTOS DE 28/01/2013 A 03/02/2013



SEGUNDA 28/01/2013
ROSA DO JANGA 3 ORAC PB. OTAVIANO FILHO / PB. JOSE A. PEREIRA
ROSA DO JANGA 4 CEIA PR. IZEQUIAS FLOR / PB. LUIZ CLAUDIO
TERCA 29/01/2013
ROSA DO JANGA 1 DOUT PB. JOSE LUIZ / PB. ALEXANDRE TOKIWA
QUARTA 30/01/2013
ROSA DO JANGA 1 ORAC AX. JOAO BATISTA / AX. MARCOS ANDRE ALMEIDA
ROSA DO JANGA 2 DOUT EV. HILQUIAS L.SANTOS / PB. ELIAS MANOEL
QUINTA 31/01/2013
ROSA DO JANGA 2 ORAC PB. JOSE ROBERTO / AX. JOSIVAN DANTAS
ROSA DO JANGA 3 DOUT PR. IZEQUIAS FLOR / PB. MARIO TIMOTEO FILHO
SEXTA 01/02/2013
ROSA DO JANGA 4 ORAC PB. LUIZ CLAUDIO / DC. JOSE PEDRO ALVES
ROSA DO JANGA 5 CEIA PR. IZEQUIAS FLOR / PB. LUIZ DANUBIO
DOMINGO 03/02/2013
ROSA DO JANGA 1 PRE. PB. JOSE LUIZ / PB. ERNANDES JOSE 
ROSA DO JANGA 2 PRE. EV. HILQUIAS L.SANTOS / DC. CHARLES BRANDSON
ROSA DO JANGA 3 PRE. PR. IZEQUIAS FLOR / PB. MARIO TIMOTEO FILHO
ROSA DO JANGA 4 PRE. PB. LUIZ CLAUDIO / PB. ORESTES JOSE
ROSA DO JANGA 5 PRE. PB. LUIZ DANUBIO / PB. JOSE AURELIO GOMES
ANIVERSARIANTES
PB. LUIZ DANÚBIO 26/01/2013 ROSA DO JANGA 5 PR. IZEQUIAS FLOR
EV. HILQUIAS LOPES 02/02/2013  ROSA DO JANGA 2  PR. IZEQUIAS FLOR
PB. JOSE LUIZ 05/02/2013 ROSA DO JANGA 1 PR. IZEQUIAS FLOR
PB. LUIZ CLAUDIO 09/02/2013 ROSA DO JANGA 4 PR. IZEQUIAS FLOR

CARAVANA SANTA CEIA  NO TEMPLO CENTRAL EM ABREU E LIMA
11 / 02 / 2013
2ª SEGUNDA-FEIRA
FEVEREIRO             ROSA DO JANGA 2 PR. IZEQUIAS FLOR


AGENDA DA IGREJA E CONVENÇÃO
DIA 01 A 03/02/2013 14HS – 7ª ESCOLA BÍBLICA PARA JOVENS – EBJ
DIA 10/02/2013 19HS – ABERTURA 37ª CONFRAT. DA MOCIDADE
DIA 11 E 12/02/2013 08 ÀS 17HS – 37ª CONFRATERNIZAÇÃO DA MOCIDADE
DIA 13/02/2013 19HS – ENCERRAMENTO DA 37ª CONFRATERNIZAÇÃO DA MOCIDADE
DIA 24/02/2013 14HS – 1º BATISMO NAS ÁGUAS
PARA MEDITAÇÃO: 2 CRÔNICAS 7.14
PENSAMENTO: “Geração que se quebranta”.

O Profeta Elias - Doutrinas Bíblicas


Os seis últimos capítulos de 1 Reis ocupam-se do ministério do profeta Elias no reino do norte, o reino das dez tribos. Este espetacular homem de Deus chama nossa atenção para um bom propósito. Ele é uma das figuras mais notáveis em toda a história de Israel. Sua proeminência é vista na reforma religiosa que executou e no fato de que o Novo Testamento fala mais dele do que de qualquer outro profeta do Antigo Testamento. Além disso, ele foi o escolhido para aparecer com Moisés na transfiguração do Senhor. Ademais, é a partir deste ponto que o ministério dos profetas nos dois reinos judaicos se torna mais enfático. Um dos personagens mais surpreendentes e fantásticos de Israel, Elias aparece repentinamente em cena como um profeta da crise, com trovões na voz e tempestades no olhar. Ele desaparece também de modo súbito, levado para o céu num carro de fogo. Entre a primeira e a última aparição, estende-se uma sequência de milagres espantosos. Chamaremos atenção aqui para três coisas: seu caráter, seu ministério e seu significado.
Seu caráter

A grandeza do caráter de Elias é reconhecida por todos. Mesmo os críticos que puseram em dúvida seus milagres concordam com ela. Ele parece ter sido notável até mesmo fisicamente. Não era homem da cidade, mas do campo. De fato, parece ter sido um verdadeiro beduíno, apreciando os esconderijos dos montes e vales, percorrendo as vastas Pastagens desabitadas de Basã. Sua aparência austera e sóbria sem dúvida teria atraído imediatamente a atenção do homem da cidade, vestido de forma mais agradável. Ao lermos sobre o confronto entre Elias e Acabe, quando o profeta anunciou a aproximação de um período de seca, devemos imaginar um xeque barbudo, de cabelos longos e pele queimada pelo sol, ou um daroês magro, de olhos penetrantes, vestido com peles de ovelha, entrando ousadamente na presença do rei e levantando um braço rijo para o céu ao acusá-lo de pusilânime em tons que soavam como os ecos temíveis das montanhas. Mas Elias surpreende também no que diz respeito à sua formação moral. Três qualidades destacam-se em especial: coragem, fé e zelo. Vaja a coragem. Este é o Martinho Lutero do Antigo Israel, que sozinho desafiou todos os sacerdotes da religião do Estado e todos os cidadãos do reino para um teste decisivo no Monte Carmelo. Veja também sua fé. Ela reforça a coragem. Era necessário ter muita fé para apresentar-se a Acabe e dizer: “… nem orvalho nem chuva haverá nestes anos segundo a minha palavra” (1 Rs 17.1)! A natureza, por si só, pode fazer o orvalho e a chuva faltarem por dias ou semanas e, em casos bem raros, até por alguns meses; mas para que o orvalho e a chuva sejam retidos durante anos é necessário que haja uma intervenção sobrenatural. Observe agora o zelo de Elias. Ele verdadeiramente expressou sua principal paixão, ao afirmar: “Tenho sido zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos” (1 Rs 19.10). Quanto este filho do deserto, queimado pelo sol e inculto, pode nos ensinar sobre o zelo pela honra divina, sobre a indignação ardente diante da transigência religiosa e sobre a lealdade veemente à palavra de Deus!

Seu ministério 
O Dr. Kitto comenta: “Havia dois tipos de profeta: os de ação e os de palavras. Dentre estes últimos, o maior é, sem dúvida, Isaías. Entre os primeiros, jamais houve alguém maior do que Elias”. Este é, portanto, o primeiro faio sobre o ministério de Elias: ele era um profeta de ação. Segundo nos consta, ele não escreveu nada, mas isto não nos surpreeende. Uma impetuosidade e um dinamismo como os de Elias dificilmente se unem à paciência de um escritor. Muitos dos mais entusiastas e enérgicos reformadores não tinham absolutamente qualquer dom como escritores, tram homens de ação e não de discurso. Sempre há necessidade de homens assim. O ministério de Elias também foi de milagres. A todo momento encontramos milagres. Em vista disso, alguns recentes “eruditos” descartatram sumariamente esta seção das Escrituras como sendo mítica. Todavia, a narrativa é tão sóbria e detalhada que, se não fossem palos milagres, o crítico mais destrutivo jamais questionaria sua veracidade. O ministério de Elias incluiu igualmente reforma. Ele não deu origem a nada. Contudo, protestou contra a apostasia religiosa e a degradação resultante de seu povo, chamando os homens de volta aos bons e antigo* caminhos que o Deus de Israel havia lhes designado através de Moisés. Hoje, há necessidade de denúncias assim diretas.

Seu significado 
Em primeiro lugar, Elias demonstra a verdade de que Deus tem sempre um homem que se apresenta na hora exata. As coisas já estavam suficientemente negras quando Acabe começou a reinar, mas ele logo as tornou cem vezes piores. Está escrito: “Ninguém houve, pois, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mau perante o Senhor, porque Jezabel, sua mulher, o instigava” (1 Rs 21.25). Sob a liderança real foi feito um esforço determinado para eliminar a religião do Senhor. Este foi o período mais medonho de toda a história de Israel. Todavia, justamente na hora crítica surge o herói de Deus. A mesma coisa repete-se continuamente na história, Quando a luz da verdade evangélica parece estar a ponto de extinguir-se da cristandade, e o papado sufoca milhares de europeus sob seu manto perverso, Deus tem seus Luteros e Calvinos para chamar o continente de volta àquela fé entregue de uma vez por todas aos santos. Quando a política, a religião e a moral se tornam tão degenerativas na Inglaterra que a própria essência da nação é prejudicada, Deus tem os seus John Wycliffes, William Tyndales, Whitefields e Wesleys. Outro aspecto que Elias ilustra é que, quando a perversidade atinge proporções extraordinárias, Deus a confronta com medidas extraordinárias Os deuses fenícios que Jezabel e Acabe ensinaram Israel a adorar representavam essencialmente os elementos materiais que produzem o orvalho e a chuva - Baal, Astarote e Aserá. Assim sendo, o Deus verdadeiro mostra sua superioridade sobre todos os poderes da natureza, suspendendo a chuva e o orvalho por três anos e seis meses. Em oposição aos milagres fictícios da falsa religião, o Senhor intervém com milagres reais. Eis a razão pela qual o ministério de Elias é de milagres. Deus está enfrentando uma situação extraordinária com medidas extraordinária*. Acredito que também hoje, quando uma situação extraordinária começa a desenvolver-se, podemos esperar que Deus enfrente mais uma vez o desafio com medidas extraordinárias.
Extraído do livro “Examinai as Escrituras”, vol. 2, de J. Sidlow Baxter, editora Vida Nova, páginas 117-119.
Publicado no blog Doutrinas Bíblicas

Elias e os Profetas de Baal - Pr. Geraldo Carneiro Filho


ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 04 - DATA: 27/01/2013
TÍTULO: “ELIAS E OS PROFETAS DE BAAL”
TEXTO ÁUREO - I Rs 18.21
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Rs 18.36-40
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/

I - INTRODUÇÃO:
Novamente a palavra do Senhor veio a Elias, agora para dirigi-lo a uma nova fase de sua missão. Ele estava prestes a enfrentar uma tarefa difícil, mas obteria sucesso absoluto. Afinal de contas, os profetas de Baal representavam uma causa perdida, mas Elias representava o Deus vivo e verdadeiro. Havia chegado para Elias a ocasião de voltar a Samaria e enfrentar o rei Acabe novamente.

II - CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES:
Uma das áreas onde o ser humano é facilmente confundido e iludido é a área dos sinais e maravilhas, pelo seu caráter sensacionalista e espetacular.
O sensacionalismo é um instrumento facilmente manipulável para chamar a atenção da multidão.
Satanás ama usar deste meio para chamar atenção das suas vítimas. É próprio do caráter satânico chamar a atenção para si e roubar a glória que pertence somente a Deus. E as massas são facilmente iludidas por este tipo de propaganda. A multidão, quase sempre, está atrás dos sinais e maravilhas.
Vejamos alguns deuses constantes na Bíblia Sagrada:

II.1 - BAAL:
Consistia o culto em queimar crianças vivas diante do altar e foi praticado no próprio templo de Salomão durante o reino de Atalia, Acaz e Manassés.
O plural é BAALIM = Senhor, Principal, Dono.
Em sua origem, significa Senhor ou Possuidor.
Segundo a crença, Baal fecundava a terra por meio de suas fontes e a quem como dono divino, se devia tributo. O Baal introduzido em Israel por Acabe foi MELKART DE TIRO (ASTAROTE).
Baal era adorado nos lugares altos de Moabe, desde os dias de Balaão e Balaque.
Este culto idólatra era acompanhado de ritos lascivos (I Rs 14:24).
Os pais sacrificavam os seus filhos, passando-os pelo fogo (Jr 19:5) e osculavam as imagens de Baal (I Rs 19:18; Os 13:2).
Este deus estava associado à Astarote (Jr 2:13) e nas proximidades de seu altar havia frequentemente uma imagem da deusa Aserá (Jz 6:30; I Rs 16:32-33).
Não se deve confundir este Baal com o deus da Babilônia, BEL, apesar de ambos serem adorados do mesmo modo e com a mesma significação.
No templo de Baal havia um bosque em torno do altar (Ex 6:25, 28).

II.2 - ASERÁ:
Aserá ou Aserem (plural de Aserim), é a forma masculina; e Aserote, a feminina.
É palavra traduzida uniformemente por BOSQUE.
Aserim é o nome de um tronco de árvore de que foram tirados os ramos e que era tido como símbolo de uma deus e com este nome de Aserá, representando a abundante fertilidade (Ex 34:13).
Os profetas de Aserá do tempo de Acabe, foram mortos, juntamente com os profetas de Baal, na Torrente de Quisom (I Rs 16:33; 18:19-40).
As mulheres teciam cortinas para o Aserá do Templo (II Rs 23:7). O rei Josias, como parte de sua reforma religiosa, mandou tirar do templo todos estes símbolos idólatras e os queimou no Vale de Cedrom.

II.3 - ASTAROTE:
Salomão adorou Astarote, deusa dos sidônios (Jz 2:13; 10:6; I Sm 7:3).
A palavra é o plural de ASTARTE.
Astarote é o mesmo príncipe das trevas que foi adorado como Ísis, no Egito; Diana, em Éfeso; Iemanjá, na Umbanda e a Rainha dos Céus (sob o nome de Maria), na Igreja Católica.
Para os gregos, Astarote foi Afrodite e, para os romanos, Vênus, deusa da guerra e do amor. Como deusa do amor, Astarte patrocinava a volúpia e a fecundidade. O culto a Astarote envolvia práticas lascivas extremas.
As Escrituras mencionam “Astarotes”, que era a agregação dos vários tipos de imagem-mulher adorados pelos cananitas. Todas procedem, segundo a história da Babilônia, de Semíramis e de seu casamento com Ninrode. Como se vê, a coisa vem de tempos remotos, tendo efeitos nocivos na sociedade que agora entrou no Século XXI!
Onde opera, hoje, a influência desse príncipe?
Ele é o encarregado de promover o culto ao belo, ao perfeito e ao corpo, sempre ligando-o ao sensualismo.
Há hoje na sociedade um verdadeiro culto ao belo. Jovens que procuram as academias para apresentar um corpo perfeito, que frequentam salões de beleza a todo instante para evitar as rugas, impedir a velhice, etc. Sempre a preocupação é manter-se sensual.
Tudo o que induzir ao sexo, à sedução sexual, tudo o que levar uma pessoa a querer mostrar sua beleza e vestir-se com o fim de atrair alguém para o sexo, vive sob influência desse principado satânico. Toda pornografia e apelos sexuais são capitaneados por Astarote, cuja missão é levar a sociedade à perdição.

II.4 - MOLOQUE, MILCOM e CAMOS:
Um deus dos amonitas - Lv 18:21; I Rs 11:5, 33; II Rs 23:10; Jr 32:35; Am 5:26; At 7:43.
O segundo demônio que Salomão adorou foi MILCOM, abominação dos amonitas e a CAMOS, abominação de Moabe.
Milcom e Moloque são os mesmos deuses adorados em diferentes países.
Moloque exigia sacrifício de crianças.
Milcom era o deus de Amom cuja nação foi formada com os descendentes de Ló, que cometeu incesto com as suas duas filhas. Deduzimos, portanto, que esse deus está ligado ao lar, separando casais e levando à prática de incesto.
Desta forma, Milcom, Camos e Moloque trabalham na desestruturação dos lares.
Moloque ataca as crianças (hoje em forma violenta pela mídia, desenhos, filmes, etc).
Milcom e Camos, juntamente, operam na defesa do aborto, o que não deixa de ser uma espécie de sacrifício de crianças.

II.5 - VENTRE E BACO:
As Escrituras falam também de Ventre ou Baco. Ainda que não estejam mencionados no Antigo Testamento, esse príncipe leva as pessoas ao culto das coisas terrenas.
Paulo fala daqueles que adoram seus próprios ventres (Rm 16:18) “visto que só se preocupam com as cousas terrenas” (Fp 3:19).
A palavra BACANA procede desse contexto, e, por extensão, BACANAL! É uma mistura de prazer, sexo e comida, ou seja, orgia, onde sexo, banquete e festa são elementos presentes.
Dar-se o prazer de festas e comidas, mesmo com a ausência de sexo, ainda é servir a Baco, deus do ventre! E quantos crentes caem nesse laço de Baco!
A comunidade dos discípulos de Jesus pode ter seus momentos de festas, com alegria, comidas, etc. Jesus participou dessas festas.
A Igreja dos dias apostólicos tinha seus momentos de celebrações.
Deus mesmo instituiu as festas para o povo judeu no Antigo Testamento.
Mas quem era celebrado entre os discípulos? JESUS. Sempre que o pão era partido havia a lembrança de Jesus!
O problema maior da Igreja é que em suas festas Jesus é dispensado, apenas Baco ou Ventre são celebrados.

II.6 - “DEUS DE ISRAEL” - O VERDADEIRO DEUS
O nosso Deus é o Senhor soberano e o único que pode suspender as leis conhecidas como naturais e colocar uma outra lei em operação, para intervir na situação humana. Por isso, nosso Deus é o Deus dos milagres:
(1) - Abre uma estrada seca no meio dos mares para libertar o seu povo (Ex 14:15-25);
(2) - Derruba o muro de Jericó com o som da trombeta (Js 6);
(3) - Faz o Seu povo ganhar a guerra fazendo o sol e a lua pararem (Js 10:12-15);
(4) - Faz perecer Moabe, Amom e os da Montanha de Seir com os louvores dos levitas (II Cr 20);
(5) - Vence a morte (Jo 11);
(6) - Cura enfermos (Lc 14:1-6);
(7) - Dá vista aos cegos (Lc 18:35-43);
(8) - Limpa e cura leprosos (Lc 17:11-19);
(9) - Expulsa demônios (Mt 17:14-21);
(10) - Multiplica pães e peixes para a multidão (Mt 14:13-21);
Enfim, O NOSSO DEUS É O SENHOR DOS MILAGRES.     III -

sábado, 19 de janeiro de 2013

LISTA OFICIAL DE CULTOS DE 21/01/2013 A 27/01/2013






IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS - CONVENÇÃO ABREU E LIMA
Av.Brasil, 113, Centro - Abreu e Lima - PE - Brasil
Pr.Presidente: Roberto José dos Santos
LISTA OFICIAL DE CULTOS DE 21/01/2013 A 27/01/2013




                                  
SEGUNDA 21/01/2013
ROSA DO JANGA 3 ORAC DC. SEVERINO G. SANTOS / DC. JOAB LOPES
ROSA DO JANGA 4 DOUT PR. MARCOS LEITE / PB. LUIZ CLAUDIO
ROSA DO JANGA 5 ORAC PB. JOSE CHAGAS / DC. ROBERTO FORTUNATO
TERCA 22/01/2013
ROSA DO JANGA 1 DOUT PB. JOSE LUIZ / PB. ORESTES JOSE  
ROSA DO JANGA 3 CEAD PB. OTAVIANO FILHO / DC. CHARLES BRANDSON
QUARTA 23/01/2013
ROSA DO JANGA 1 ORAC DC. MARCOS VALERIO / AX. CRISTIANO JOSE
ROSA DO JANGA 2 DOUT EV. HILQUIAS L.SANTOS / PB. ERNANDES JOSE
QUINTA 24/01/2013
ROSA DO JANGA 1 CRAC PB. ALEXANDRE TOKIWA / AX. JOSIAS NASCIMENTO 
ROSA DO JANGA 2 ORAC EV. HILQUIAS L.SANTOS / AX. AMINADAB FREITAS
ROSA DO JANGA 3 E.B PR. IZEQUIAS FLOR / PB. MARIO TIMOTEO FILHO 
SEXTA 25/01/2013
ROSA DO JANGA 4 ORAC PB. LUIZ CLAUDIO / DC. MARCOS NUNES
ROSA DO JANGA 5 DOUT PB. LUIZ DANUBIO / DC. FRANKLIN CABRAL
DOMINGO 27/01/2013
ROSA DO JANGA 1 PRE. PB. JOSE LUIZ / DC. LUCIANO JOSE SILVA
ROSA DO JANGA 2 PRE. PB. ELIAS MANOEL / PB. JOSE ROBERTO
ROSA DO JANGA 3 C.E PR. IZEQUIAS FLOR / PB. MARIO TIMOTEO FILHO
ROSA DO JANGA 4 PRE. PB. LUIZ CLAUDIO / DC. MARCONI JOSE SILVA
ROSA DO JANGA 5 PRE. PB. LUIZ DANUBIO / PB. ORESTES JOSE

A Longa Seca sobre Israel - Luciano de Paula Lourenço


Texto Básico: 1Reis 18:1-8
 
“E será que, se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje te ordeno, de amar o SENHOR, teu Deus, e de o servir de todo o teu coração e de toda a tua alma, então, darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhas o teu cereal, e o teu mosto, e o teu azeite. E darei erva no teu campo aos teus gados, e comerás e fartar-te-ás. Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles;e a ira do SENHOR se acenda contra vós, e feche ele os céus, e não haja água, e a terra não dê a sua novidade, e cedo pereçais da boa terra que o SENHOR vos dá”(Dt 11:13-17).
INTRODUÇÃO
Impulsionado pelo Espírito de Deus, Elias se apresenta diante do rei Acabe e declara que não haveria nem chuva nem orvalho enquanto o próprio profeta não o pedisse a Deus(1Rs 17:1). Numa frase tão curta e sucinta, como é este versículo das Escrituras, encontramos um exercício imenso de fé. Elias, um profeta que vivia retirado da sociedade, é levado pelo Espírito a se apresentar nada mais nada menos que diante do próprio rei e a dizer que haveria uma grande seca até o instante em que ele pedisse a Deus que chovesse. Que coragem da parte do profeta! Que determinação, ou seja, que disposição firme de cumprir a Palavra de Deus!
Denunciar o pecado e anunciar o juízo divino não é uma tarefa fácil e o serviço a Deus traz inevitável aborrecimento do mundo e dos pecadores. Não pensemos nós que servir ao Senhor é alcançar popularidade, respeito e medo dos ímpios, mas, bem ao contrário, é acirrar os ânimos das hostes espirituais da maldade contra nós.
I. O PORQUÊ DA SECA
1. Disciplinar o rei e o povo de Israel. O contexto de 1Reis 17 e 18 nos mostra claramente que Deus, na sua soberania, determinou a seca sobre Israel para corrigir o rei e o povo da sua teimosa idolatria e para revelar que somente Deus é o provedor de todas as coisas, que só Ele é quem tem o domínio sobre a natureza que Ele mesmo criou.
Deus reteve a chuva durante três anos e meio (Lc 4:25;Tg 5:17). Esse juízo humilhava Baal, pois seus adoradores criam que ele controlava a chuva e que era responsável pela abundância nas colheitas. E esta forma punitiva usando a natureza fora prevista muito antes, à época de Moisés, caso o povo se desviasse dos caminhos do Senhor:
E será que, se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje te ordeno, de amar o SENHOR, teu Deus, e de o servir de todo o teu coração e de toda a tua alma, então, darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhas o teu cereal, e o teu mosto, e o teu azeite. E darei erva no teu campo aos teus gados, e comerás e fartar-te-ás. Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles;e a ira do SENHOR se acenda contra vós, e feche ele os céus, e não haja água, e a terra não dê a sua novidade, e cedo pereçais da boa terra que o SENHOR vos dá” (Dt 11:13-17).
2.  Revelar a divindade verdadeira. Outro motivo para a seca era o desafio de Deus contra as divindades sidônias Baal e Aserá. Essas “divindades” já eram conhecidas dos israelitas, mas foram importadas e oficializadas por Jezabel, esposa de Acabe. Os habitantes do Reino de Israel, que haviam se esquecido do Senhor, acreditavam que essas divindades “davam” a chuva e a colheita no tempo devido. Agora Deus mostraria seu poder retendo a chuva e permitindo que a fome fizesse os israelitas pensarem melhor na pessoa a quem sua fé era direcionada.
Por ocasião desse seca, Deus, através do seu profeta Elias, realizou alguns milagres. Elias multiplicou o alimento de uma viúva pobre e depois ressuscitou o filho dela. Após retornar de Sarepta, na Fenícia, onde foi sustentado por uma viúva, Elias fez descer fogo do céu com sua oração. Com isso, Elias mostrou ao povo e ao rei Acabe quem era o Deus verdadeiro em Israel.
II. OS EFEITOS DA SECA
A longa seca predita pelo profeta Elias e que teve seu fiel cumprimento nos dias do rei Acabe (1Rs 17:1,2; 18:1,2) não foi obra desse profeta, e sim um ato da soberania de Deus. O pai celestial é soberano sobre toda a sua criação. Foi uma forma de disciplinar o seu povo, Israel. O Pai celestial tem diversas maneiras de disciplinar os seus filhos. No antigo Testamento, uma delas era provocando longos períodos de seca sobre a nação de Israel. As advertências sobre este método disciplinar podem ser lidas em alguns textos bíblicos:
“Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do SENHOR, teu Deus, não cuidando em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos que, hoje, te ordeno, então, virão todas estas maldições sobre ti e te alcançarão: […] Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o SENHOR te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído” (Dt 28:15,23-24). 
“Se eu cerrar os céus de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cr 7:13-14). 
A falta de chuva resultaria em crise econômica, que acabaria por tratar do orgulho, da arrogância e da idolatria nacional, que chegava a creditar sua prosperidade aos falsos deuses. 
Deus sempre quis e quer dialogar com o homem, mas a persistência no pecado tem levado o ser humano a sofrer diversas consequências e pesados juízos divinos. Deus não se deixa escarnecer e tudo o que o homem semear, isto também ceifará (Gl 6:7). Em Israel, os que adoravam a Baal criam que ele era o deus que mandava chuvas e colheitas abundantes. Assim, quando Elias se colocou na presença de Acabe e disse-lhe que não choveria por vários anos, o rei ficou chocado. Baal tinha muitos sacerdotes os quais não poderiam trazer chuvas. Elias confrontou corajosamente o homem que levara seu povo ao mal, e falou-lhe de um poder muito maior do que o de qualquer deus pagão: o Senhor Deus de Israel. Quando a rebelião e as heresias estavam em seu nível mais alto no meio do povo, o Senhor não respondia somente com palavras, mas com ações severas.
Infelizmente, a seca não surtiu os efeitos desejados, além da escassez e fome. É tanto que Elias entrou numa severa depressão, a ponto de pedir para morrer. Debaixo da sombra protetora de um zimbro (um arbusto que cresce no leito seco dos rios do deserto), ele se sentia tão deprimido a ponto de desejar que sua vida logo terminasse. Na verdade, Elias, após a grande manifestação divina no monte Carmelo, esperava que Acabe exercesse sua autoridade e influência sobre Jezabel e obrigasse o povo e a casa real a servirem somente ao Senhor, mas, certamente, ele não o fez. Pelo contrário, os profetas de Aserá foram libertos e Jezabel ameaçou tirar a vida de Elias.
Durante o período da seca, o povo também não demonstrou arrependimento de sua idolatria. A seca anunciada por Elias (1Rs 17:1) havia acontecido como um desafio direto a Baal. Quanto mais tempo ela continuasse mais evidente se tornava que ele não era o grande deus que os seus seguidores acreditavam ser, e que só o Senhor era o Deus verdadeiro. Somente após a manifestação do grande poder de Deus no Monte Carmelo, quando Deus respondeu com fogo a oração de Elias, é que o povo em uníssono exclamou: “Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!”(1Rs 18:39). E isso não durou muito tempo. Nos reinados seguintes, o povo mergulhou novamente na imoralidade, idolatria e injustiças sociais. Só parou depois que foi desterrado para sempre. Deus é amor, é longânimo, mas é justiça!
III. A PROVISÃO DIVINA NA SECA
1. Provisão pessoal. O anúncio da seca deu início ao conflito entre Deus e Baal, que atingiu o seu clímax no Monte Carmelo. Assim que a batalha foi consolidada, Elias recebeu ordens do Senhor para  que se isolasse junto ao ribeiro de Queirte - provavelmente situado na região de Gileade -, durante o período da seca; ali, Deus milagrosamente proveria seu alimento através dos meios mais improváveis (1Rs 17:3,5,6).
Querite representava para Elias um momento de anonimato - depois de desafiar o rei Acabe, Elias se tornou conhecido em todo o reino, e foi procurado exaustivamente por Jezabel em diversos lugares. A obediência de Elias o preservou em segurança das mãos de Jezabel nos anos de seca, e o preparou para os próximos desafios que iria enfrentar para que o povo retornasse aos caminhos do Senhor. Esse milagroso cuidado foi muito importante para o desenvolvimento da confiança de Elias em Deus, da qual ele necessitaria para o importante confronto com as forças de Baal e Aserá no futuro.
Deus é o garantidor do cumprimento da Sua Palavra. Certamente não foi fácil para Elias acatar a ordem divina de desafiar o próprio rei, mas, ao fazê-lo, Deus, que bem sabia os riscos que o profeta passava a correr, encarregou-se de providenciar ao profeta proteção e sustento, já que o juízo divino afetaria a própria subsistência do povo.
Deus passou a sustentar o profeta que, junto a um ribeiro, onde havia água necessária à sua sobrevivência, passou a ser alimentado por corvos, que lhe traziam pão e carne pela manhã e pela noite (1Rs 17:6). Como diz o apóstolo Paulo, “…Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias, e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes, e Deus escolheu as coisas vis deste mundo e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são: para que nenhuma carne se glorie perante Ele” (1Co 1:27-29). Como poderia Elias ser alimentado por corvos, animais que são conhecidos por serem decompositores, ou seja, que se alimentam daquilo que está apodrecendo, daquilo que está se desfazendo, e num momento em que passou a haver escassez de alimentos? Como ser alimentado por um animal tão asqueroso, tão repugnante? Entretanto, como disse o Senhor, havia sido dada uma ordem aos corvos para alimentar o profeta e, ante a ordem divina, não há como haver recusa. Elias, toda manhã e toda noite, era servido pelos corvos, que, pontualmente, cumpriam a ordem do Senhor. Deus, assim, mostrava, duas vezes ao dia, ao profeta que estava no controle de todas as coisas, que toda a natureza estava sob as Suas ordens. Glórias a Deus!
Dia após dia, Elias era alimentado pelos corvos, mas a seca que anunciara já era uma realidade. Por isso, dia após dia, as águas do ribeiro de Querite iam minguando, até o momento em que o ribeiro secou. Deus continuava a agir na vida de Elias, demonstrando que tinha o controle da situação. Os corvos vinham lhe trazer comida, mas o ribeiro se secava, em cumprimento à palavra do profeta, que tudo dissera em nome do Senhor. Deus tem compromisso com a Sua Palavra (Jr 1:12) e não a invalidará, ainda que isto representasse a proteção e o sustento dos Seus servos fiéis. Deus não precisa invalidar a Sua Palavra para guardar os Seus!
Quando o ribeiro secou, Deus, então, mandou que o profeta fosse para Sarepta, cidade pertencente a Sidom, pois o Senhor havia ordenado a uma viúva que sustentasse o profeta (1Rs 17:9). Vemos, aqui, que Deus, depois de mostrar que tinha controle sobre a natureza, estava agora a mostrar ao profeta que também era o controlador da humanidade e das estruturas sociais. Além do mais, tratava-se de uma viúva e as viúvas, via de regra, eram pessoas necessitadas, que se encontram entre os mais desprovidos de recursos econômico-financeiros, que viviam da caridade pública. Entretanto, este Deus que escolhe as coisas loucas para confundir as sábias, fez com que o profeta passasse a ser sustentado, na terra de Sidom, por uma viúva miserável. Essa situação foi bastante pedagógica ao profeta. A cada instante, Elias aprendia o significado do seu próprio nome: “Javé é Deus”.
2. Provisão coletiva. Além da providência de Elias e da viúva de Sarepta, o relato bíblico mostra que Deus também trouxe a sua provisão para um grande número de pessoas.  Em primeiro lugar, o texto bíblico mostra que Deus usou o próprio mordomo do rei Acabe, Obadias, para sustentar com pão e água 100 profetas (cf 1Rs 18:4). Quando Elias ia em direção a Acabe se encontrou com o mordomo do rei, Obadias, que era uma pessoa temente a Deus, o qual relatou ao profeta como havia escondido os servos do Senhor numa caverna e providenciado o seu sustento em meio à grande seca e à implacável perseguição desenvolvida por Acabe contra os servos de Deus (cf 1Rs 18:4). Ao se encontrar com Obadias, Elias fica a saber que o rei Acabe o havia procurado em todos os lugares, a demonstrar, mais uma vez, que o Senhor o havia escondido, o havia não só sustentado, mas também protegido (1Rs 18:10). Também foi cientificado de que não era o único a ter obtido a proteção e sustento da parte de Deus, que os profetas, aqueles com quem Elias tinha tanto cuidado, também haviam sido guardados, pela mão de Obadias. Este mordomo, apesar do cargo que ocupava, era um homem temente a Deus e, pela obra do Senhor, não tinha por valiosa a sua posição social (1Rs 18:3,4).
Em segundo lugar, foi o próprio Deus, no Monte Horebe, quem disse para Elias que havia guardado sete mil profetas, os remanescentes, que não havia dobrado os seus joelhos diante de Baal: “Eu fiz ficar em Israel sete mil”(1Rs 19:18). Este relato bíblico mostra-nos que Deus não só havia cuidado de Elias, como também de todos os Seus profetas, mostrando que havia absoluto controle divino sobre toda a situação.
Deus não muda e continua a guardar os Seus servos, o Seu povo em meio aos dias trabalhosos e difíceis que estamos a viver. Basta apenas que temamos a Deus e que estejamos dispostos a servi-lo e a fazer o que Ele nos manda, sem nos importarmos com as circunstâncias ou os possíveis riscos.

A Longa Seca sobre Israel - Rede Brasil de Comunicação


Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
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LIÇÃO 03 - A LONGA SECA SOBRE ISRAEL - 1º TRIMESTRE 2013
INTRODUÇÃO
A seca é um fenômeno climático e como tal é imprevisível a sua ocorrência. Todavia, no contexto do reinado de Acabe, ela ocorreu não somente como algo previsível, mas também anunciado. Não era um fenômeno simplesmente meteorológico, mas profético. Veremos como se deu esse fato e como ele revela a soberania de Deus não somente sobre a história, mas também sobre os fenômenos naturais e como eles podem atender aos seus propósitos. A vida do profeta Elias girou em torno do conflito entre a adoração do Senhor de Israel e a de Baal. Sua missão era levar os israelitas a reconhecerem sua apostasia e reconduzi-los à fidelidade ao Deus verdadeiro. A historicidade dessa longa seca é atestada no NT (Tg 5.17).
I - CONTEXTO POLÍTICO E RELIGIOSO DO TEMPO DE ELIAS
É em meio a uma crise social, moral e espiritual que Deus levanta o profeta Elias para combater o pecado, proclamar o juízo e chamar o povo ao arrependimento. Elias foi sem dúvida alguma, um dos maiores profetas que o Senhor Deus levantou em sua época. Sua vida constitui-se de um notável exemplo para nós, de como Deus opera na vida daqueles que se colocam em suas mãos. Vejamos qual era a situação de Israel nesta época:
1.1 Era um período de sucessão de reis ímpios. Nos dias de Elias, Israel estava sendo governado por reis maus e idólatras. A Bíblia diz que Onri “… fez o que era mau aos olhos do Senhor; e fez pior do que todos quantos foram antes dele”(I Rs 16.25,26)Quando Onri morreu, em seu lugar reinou seu filho Acabe (I Rs 16.28), que teve a capacidade de fazer pior do que todos os reis que lhe antecederam. A Bíblia diz acerca de Acabe: “E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele…” (I Rs 16.30,31).
1.2 Era um período de idolatria. O rei Acabe destaca-se nas Escrituras como um rei idólatra, pois ele andou nos caminhos de Jeroboão (I Rs 16.31); serviu a Baal e o adorou (I Rs 16.31); conduzindo toda a nação à idolatria. Como se não bastasse, Acabe casouse com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; casamento este, jamais aprovado por Deus. Tudo isto fez Israel mergulhar no mais profundo paganismo, sem nenhuma pretensão de preservar o culto a Jeová, tornando-se uma nação idólatra, como as demais nações.
1.3 Era um período de crise. Quando Acabe, influenciado por sua esposa Jezabel, substituiu o culto à Jeová pela adoração à Baal (I Rs 16.31-33), Elias apareceu repentinamente perante o rei para anunciar a ausência de chuva e orvalho sobre a terra (I Rs 17.1). Como a chuva é um dos principais elementos de sustentação da natureza, a falta dela provocou seca, fome e miséria. As Escrituras dizem que “… a fome era extrema em Samaria” (I Rs 18.2). Isto fez com que Acabe se irasse ainda mais com Elias, pois achava que ele era o culpado daquela calamidade.
1.4 Era um período de inversão de valores. Em meio a crise e à miséria, o rei Acabe parece estar mais preocupado com os cavalos e as mulas do que com os súditos do seu reino; pois ele chama Obadias, e ambos saem à procura de água para “preservar a vida dos animais” (I Rs 18.5,6).
1.5 Era um período de idolatria e perseguição aos profetas. Jezabel, esposa do rei Acabe, ocupa o lugar de esposa mais ímpia da Bíblia. Além de controlar o seu esposo (I Rs 21.25), ela levou a nação de Israel a adorar seus deuses (I Rs 18.19,20). Como se não bastasse, intentou matar a todos os profetas do Senhor (I Rs 18.4). Foi nessa ocasião que Obadias, um homem temente a Deus e servo do rei Acabe (possivelmente um mordomo ou camareiro do palácio), conseguiu esconder cem profetas do Senhor e os sustentou com pão e água, pondo em risco a sua própria vida, pois, caso fosse descoberto, tanto ele como os cem profetas, seriam mortos à mando de Jezabel.
II - O QUE MOTIVOU DEUS ENVIAR A SECA EM ISRAEL
O Senhor nosso Deus tem diversas maneiras de disciplinar os seus filhos. No AT, uma delas era provocando longos períodos de seca sobre seu povo. As advertências sobre este método disciplinar podem ser lidas em alguns textos bíblicos (Dt 28.15,23-24; 2 Cr 7.13-14). Elias afirmava que tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado do povo. A longa seca sobre o Reino do Norte agiu como um instrumento de juízo e disciplina. O culto a Baal financiado pelo Reino do Norte(Israel-Samaria) afastou o povo da adoração ao Senhor de Abraão, Isaque e Jacó. O profeta Elias estava consciente disso e quando confrontou os profetas de Baal, logo percebeu que o povo não mantinha mais fidelidade ao Deus de Israel (1 Rs 18.21). Vejamos o que motivou a grande seca:
  • Disciplina e correção para o povo desobediente. A idolatria havia dividido o coração do povo. Para corrigir um coração dividido somente um remédio amargo surtiria efeito (Lv 26.18-26; 1 Rs 18.37). Do mesmo modo como um pai castiga seu filho a quem ama, Deus castiga a Israel (Pv 3. 11-12; Hb 12.5-11);
  • Mostrar que só o Senhor Deus de Israel é verdadeiro. O culto ao Senhor foi substituído pela adoração a Baal e Aserá, principais divindades dos sidônios (1 Rs 16.30-33). A consequência desse ato foi uma total decadência moral e espiritual. Baal era o deus do trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente possuía poder sobre os fenômenos naturais. A longa seca sobre o Reino do Norte criou as condições necessárias para que Elias desafiasse os profetas de Baal e provasse que o mesmo não passava de um deus falso (1 Rs 17.1,2; 2 Rs 18.1,2; 21.39);
  • Mostrar a impotência de Baal em sua “própria pátria”. Essa foi uma maneira de dizer que os deuses das nações pagãs são uma ilusão, que eles não têm poder e que, na verdade, nada podem fazer (Sl 115.1-8), pois o Deus de Israel, também reinava na pátria do pai de Jezabel.
III - OS EFEITOS E AS REAÇÕES FRENTE A SECA
A Escritura afirma que “a fome era extrema em Samaria” (1 Rs 18.2). A seca já havia provado que Baal era um deus impotente frente aos fenômenos naturais e a fome demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem Ele não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos (Dt 28.23-24). Podemos ver que até mesmo os cavalos da montaria real estavam sendo dizimados (1 Reis 18.5) e o desespero era geral. Vejamos:
  • Os efeitos - Seca, fome e miséria. Elias entra no cenário profético quando o reinado de Acabe e sua esposa Jezabel, experimentava relativa prosperidade (1 Rs 17.1; 1Reis 18.1-8). Não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos;
  • As reações - Endurecimento do coração. É interessante observarmos que o julgamento de Deus produziu efeitos diferentes sobre à casa real e o povo. Percebemos que à semelhança de Faraó (Êx 9.7), o rei Acabe e sua esposa, Jezabel, não responderam favoravelmente ao juízo divino (1 Rs 18.17-21). Os israelitas achavam que podiam adorar o Deus verdadeiro e ao mesmo tempo adorar a Baal. Eles tinham o coração dividido e por esta razão queriam servir a dois senhores. Jesus, no seu ministério terreno advertiu contra essa atitude fatal: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro” (Mt 6.24).
IV - ATRIBUTOS DE DEUS NA PREDIÇÃO DA GRANDE SECA SOBRE ISRAEL
O Deus de Israel, é quem envia a chuva sobre justos e injustos (Mt 5.45); ele também poderia facilmente retê-la. Se prestarmos atenção aos detalhes dessa passagem (1 Rs 17), descobriremos que três dos principais atributos de Deus são revelados na narrativa da predição da grande seca sobre Israel. Analisemos:
  • O Deus Onipotente. A crença cananeia dizia que Baal era o deus que controlava a natureza, inclusive as estações e as plantações. Baal e Aserá eram deidades da natureza, suspeitos de controlar as chuvas e a fertilidade da terra. Ao anunciar uma estiagem no nome do Senhor, Elias demonstrou conclusivamente que Yahweh, e não Baal, é Supremo. O Senhor demonstrou total controle sobre os fenômenos naturais (1 Rs 17.1; Mc 14.36);
  • O Deus Onisciente. A profecia de Elias demonstra essa visão sobre Deus, pois o profeta previu que por um espaço de três anos e meio não choveria sobre Israel (1 Rs 17.1; Tg 5.17). Como o profeta saberia que a chuva voltaria somente após três anos e meio? Deus o havia revelado porque somente Ele conhece o futuro. Vimos Deus Onisciente, quando demonstrou a sua capacidade para conhecer o futuro;
  • O Deus Onipresente. Deus pode estar ao mesmo tempo em todos os lugares. Para a teologia cristã isso é confortador, pois jamais estaremos a sós. Deus mostrou a sua Onipresença durante esses fatos. “Tão certo como vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1).

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Elias, o Tisbita - Pr. Altair Germano


ELIAS, O TISBITA 
Ninguém sabe quem, nem onde Deus levantará o seu próximo profeta, aquele que apesar de imperfeito, luta em manter uma vida de santidade diante de Deus, que não se dobra diante da corrupção generalizada, não se rende ao sistema caído e cheios de vícios. Aquele que detém autoridade espiritual e moral para profetizar em nome do Senhor.
Satanás tentará deter, destruir, comprometer e calar estes homens, mas na graça de Deus eles persistem diante dos grandes desafios, dos desgastantes embates, dos ataques ferozes às suas famílias, e das lutas que vivenciam na arena do próprio ser. Elias foi um homem sujeito às mesmas paixões que nós, mas foi um homem que se colocou nas mãos do Senhor:
Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos. (Tg 5;17-18)
Para que alguém seja levantado pelo Senhor numa geração, não é necessário se mudar para os grandes centros urbanos, pedir carta de mudança para um grande ministério, articular meios de pregar em grandes eventos, ou se utilizar de algum tipo de marketing pessoal. É Deus quem torna os seus servos conhecidos, e quando assim resolve fazer, faz para a sua própria glória.
O Senhor engrandeceu o nome de Abraão:
Ora, o SENHOR, disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu será uma bênção. (Gn 12.1-2)
O Senhor fez um nome para Davi:
Agora, pois, assim dirás a meu servo, a Davi: Assim diz o SENHOR, dos Exércitos: Eu te tirei do curral, de detrás das ovelhas, para que fosses chefe do meu povo Israel. E estive contigo por toda parte por onde foste, e de diante de ti exterminei todos os teus inimigos, e te fiz, um nome como o nome dos grandes que estão na terra. (1 Cr 17.7-8)
Deus deu um nome a Jesus que está acima de todo o nome:
Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. (Fp 2.9-11)
Da mesma forma que Jesus, Elias viveu num lugar inexpressível, onde a lógica humana não conceberia a ideia de que alguma coisa poder vir ou acontecer lá (Jo 1.46; 7.41). Da mesma maneira que Jesus, Elias não correu em busca dos holofotes, de reconhecimento e aplausos. Ele só queria fazer a vontade de Deus.
Os que se tornam conhecidos no Reino de Deus, e para a glória de Deus, não lutam, não brigam, não se vendem, nem negociam princípios e valores por isso. Simplesmente aguardam o seu tempo, e se deleitam em fazer o que Deus mandou, e onde mandou que fosse feito.
Não são as habilidades, desempenho ou performance que faz um servo do Senhor ganhar notoriedade, mas, a sua disposição em obedecê-lo. A grandeza de um nome está diretamente associada a sua obediência a Deus, custe isso o que custar. Permaneça onde Deus te colocou, e somente saia na direção dele, debaixo de sua orientação e vontade.
Neste exato momento, enquanto seus olhos deslizam por estas linhas, há “Elias” sendo levantados pelo Senhor, saindo de Tisbé em direção ao centro da vontade do altíssimo, lugar de batalhas, enfrentamentos, fugas e vitórias, coragem e temores, provisão e escassez.
Elias não foi um homem de cultura ou condição social expressiva, mas foi um homem de fé. Sem fé, todo conhecimento, saber ou títulos não valem nada. Sem fé é impossível agradar a Deus e fazer a sua obra com eficácia, cumprir a carreira.
VOCAÇÃO, NATUREZA E AUTORIDADE PROFÉTICA 
É Deus quem soberanamente vocaciona profetas. A vocação soberana de Deus para os diversos ministérios pode ser confirmada através de sua Palavra (Gn 12.1-2; Êx 3.10; Jz 6.9; 1Sm 16.1; Jr 1.5; Mt 20.23; Mc 3.13-19; Lc 1.31-33; Jo 15.16; At 9.10-16; 13.1-2; 20.28; Gl 1.15; 1 Tm 1.12-16; 2 Tm 1.8-11; Hb 5.4).
Profetas são representantes de Deus.
São por Ele escolhidos de forma soberana, para serem receptores de revelações sobrenaturais, para ver como Deus vê, para perceber como Deus percebe, para entender como Deus entende, para falar o que Deus manda, para se compadecer como Deus se compadece.
Profetas são indivíduos que vivem desconfortavelmente, pois causam desconforto.
Profetas são indivíduos que vivem pressionados, pois causam tensão.
Profetas são indivíduos ameaçados, pois confrontam o erro e a injustiça dos poderosos.
Profetas são indivíduos indesejáveis, pois denunciam o pecado.
O ministério profético autêntico não se compra nem se vende.
Não é alcançado por troca de favores.
Não se passa de pai para filho.
Não se consegue com votos, numa eleição.
Não se obtém por bajulação, paternalismo, ou coisa parecida.
Um ministério profético não subsiste ou se sustenta na força da popularidade, no patrimônio pessoal, na agenda cheia ou na eloquência.  Poder em palavras e obras, mensagem e ensino fundamentados nas Escrituras, são as marcas de um ministério profético bíblico, e com autoridade espiritual legítima.
Jundiaí-SP, 23/12/2012.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A Apostasia no Reino de Israel - Pr. Altair Germano



Durante todo o 1º Trimestre de 2013 estudaremos na Escola Bíblica Dominical sobre “Elias e Eliseu: Um Ministério de Poder para toda a Igreja”, através das Lições Bíblicas da CPAD. A Lição foi escrita pelo pastor e amigo José Gonçalves, que gentilmente convidou-me para prefaciar o livro “Porção Dobrada: Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu”, que servirá de recurso de leitura e pesquisa para superintendentes, professores e alunos.
Mudando um pouco de assunto, quero anunciar que há uma previsão de que até o final da primeira quinzena de janeiro/2013, a CPAD lance mais uma obra de nossa autoria. Trata-se do livro “Pedagogia Transformadora”, que terá como objetivo oferecer diretrizes para que uma grande revolução aconteça nos processos educativos que se desenvolvem na Escola Dominical, e isso através da observação, análise e contextualização da prática pedagógica do Mestre dos mestres, Jesus. Anúncio feito, vamos agora comentar um pouco dos principais temas envolvidos nesta primeira lição do trimestre.
AS CAUSAS DA APOSTASIA 
Para que um processo de apostasia (gr. apostásis, afastamento, abandono premeditado e consciente da fé cristã) alcance níveis ou proporções gigantescas, uma série de fatos se sucede. Os grandes desastres, calamidades, tragédias e quedas se iniciam com “pequenas” concessões, acomodações e descuidos na vida espiritual, que acabam com o passar do tempo se manifestando na vida moral de pessoas, comunidades e povos. Na base destas concessões, acomodações e descuidos está o afastamento da leitura e estudo das Escrituras, e a falta de regularidade na prática da oração. A história de Israel, da igreja e da vida pessoal dos filhos de Deus nos prova isso.
O contexto histórico onde Elias e Eliseu atuaram vivia as calamidades resultantes de anos de negligência e distanciamento de Deus e da sua Palavra (Escrituras e intervenções proféticas), alcançando uma condição deplorável e sem antecedentes (1 Rs 16.30-33). Havia uma crise sem igual instaurada, e que diante do alto nível de apostasia alcançado, já tinha conseguido entorpecer a consciência de reis, sacerdotes, profetas e da grande maioria do povo.
OS EFEITOS DA APOSTASIA 
Os efeitos da apostasia nos dias de Elias e Eliseu se manifestaram de forma concreta em diversas áreas da vida nacional e pessoal em Israel.
O distanciamento de Deus e de sua Palavra fez com que Acabe, que na condição de líder da nação deveria ser exemplo para a mesma, andasse nos pecados de Jeroboão (v.31). Jeroboão, filho de Nebate, efraimita de Zereda, e cuja mãe era mulher viúva, ocupou o lugar que o Senhor lhe tinha reservado. O Senhor tinha lhe dito o seguinte:
Se ouvires tudo o que eu te ordenar, e andares nos meus caminhos, e fizeres o que é reto perante mim, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi, meu servo, eu serei contigo, e te edificarei uma casa estável, como edifiquei a Davi, e te darei Israel“. (1 Rs 11.38, ARA)
Para manter-se na condição de rei, e contar com a contínua bênção de Deus, Jeroboão só precisava obedecer aos mandamentos e estatutos do Senhor, e seguir as suas orientações.
Um fato, porém, começou a preocupar e a intrigar Jeroboão. Uma vez que a Casa do Senhor, lugar de adoração, se encontrava em Jerusalém, e que esta estava sob o governo de Roboão, pensou o seguinte:
Se este povo subir para fazer sacrifícios na Casa do Senhor, em Jerusalém, o coração dele se tornará a seu senhor, a Roboão, rei de Judá; e me matarão e tornarão a ele, ao rei de Judá.” (1 Rs 12.27)
Observe que o pensamento racional de Jeroboão colocava em dúvida a palavra e a fidelidade daquele que lhe escolhera, que lhe estabelecera na condição de rei, e que lhe fizera promessas de estabilidade, o Senhor. Jeroboão passou a entender que a sua permanência no governo dependia primeiramente (e talvez exclusivamente) do estado do coração do povo, e não da soberana vontade de Deus. Dessa forma, precisaria dar um “jeito” de impedir tal coisa. Em sua loucura, em vez de cair de joelhos diante do Senhor, confessando a sua incredulidade e pedindo-lhe uma direção, buscou conselhos com quem não tinha condições de sabiamente lhe orientar (1 Rs 12.28).
A conduta de Jeroboão e Acabe é um claro retrato de situações que são vivenciadas nos dias atuais, onde líderes, diante do medo de serem removidos dos lugares que Deus os colocou (partindo deste pressuposto), agem de acordo com as suas racionalizações, e passam a seguir as orientações de conselheiros em pior situação espiritual que a deles. Em vez de confiarem em Deus, e de buscar a direção do altíssimo, buscam um caminho alternativo. Neste caminho alternativo, seguem a lógica maquiavélica de que os fins justificam os meios quando a posição do “príncipe” é aparentemente ameaçada.
No caso de Jeroboão, ele ofereceu ao povo um culto alternativo, que implicava na prática de idolatria a deuses alternativos (1 Rs 12.28-30), construiu nos altos santuários alternativos (1 Rs 12.31a) e constituiu sacerdotes alternativos, que não eram filhos de Levi (1 Rs 12.31b). Para finalizar, marcou dia e mês, e fez uma grande festa para celebrar a sua insensatez. Foram nestes pecados que Acabe andou, e em seus dias o culto ao Senhor foi também trocado pelo culto aos falsos deuses, onde Baal ganhou destaque (1 Rs 16.31-32).
Para não perder o seu “reinado” ou ampliar o seu “reino”, alguns líderes na atualidade oferecem cultos e lugares sagrados alternativos ao povo, onde a adoração a Deus é banida, e o foco se volta para os “objetos sagrados” ou para as “necessidades humanas”. Em alguns casos os cultos são usados para atrair novos “clientes”, onde conforto, comodidade e segurança são oferecidos aos participantes. Deus deixou de estar no centro das atenções e da razão de ser de muitos cultos, dos hinos e das mensagens.
Com a neopentecostalização dos cultos, Deus deixou de ser servido e virou servo de dirigentes, pregadores e crentes. O objetivo dos cultos neopentecostalizados é apenas receber de Deus, e quando alguma coisa é dada (geralmente dinheiro), a razão última é o retorno deste ato em forma de “bênçãos” para consumo próprio. É a idolatria aos bens, às riquezas e às coisas. Os ídolos modernos também estão nos púlpitos (pregando, ensinando e cantando). O culto precisa voltar a ser de Deus, por Ele e para Ele.
Para administrar e ministrar nos lugares sagrados e em seus cultos alternativos, os tais líderes da atualidade promovem uma seleção de candidatos, que devem enviar o seu currículo, e assim, caso aprovados, são aproveitados como “sacerdotes alternativos”. Os “sacerdotes alternativos” se multiplicam a cada ano, uma vez que que o perfil bíblico não é por muitos observado. Não importa mais a chamada (ou vocação espiritual), mas o voto na convenção, o carisma, o lucro e o desempenho dos “sacerdotes alternativos”.
Mesmo sendo punido e advertido pelo Senhor, Jeroboão resolveu seguir o seu caminho:
Depois destas coisas, Jeroboão ainda não deixou o seu mau caminho; antes, de entre o povo tornou a constituir sacerdotes para lugares altos; a quem queria, consagrava para sacerdote dos lugares altos“. (1 Rs 13.33, ARA)
Infelizmente, há líderes, igrejas e pessoas que por mais que sejam alertados, não se converterão dos seus pecados. Para estes, o juízo divino é inevitável (1 Rs 13.34; 14.7-16). A única alternativa de livramento é o arrependimento (1 Rs 21.27-29).
A “mistura” ganha destaque com o casamento de Acabe com Jezabel. O Novo Testamento trata da questão do casamento misto em relação aos cristãos.
Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (2 Co 6.14)
O texto de 2 Coríntios 6.14 nos apresenta alguns princípios que devem nortear as associações entre cristãos e não-cristãos (fiéis e infiéis, justiça e injustiça, luz e trevas, crentes e incrédulos, salvos e perdidos). Observemos alguns termos para uma compreensão maior das questões aqui envolvidas.
- Jugo desigual (gr. 
eterodzygountes). Associar de maneira irregular ou discordante.[1] Juntar animais que precisam de jugos diferentes por que são de espécies diferentes (cf. Dt 22.10; Lv 19.19). O conceito de jugo era usado em relação ao casamento e em relação aos professores que concordavam em sua doutrina. Um casamento misto ou cooperação com alguém que tenha pensamentos diferentes era considerado ser “jugo desigual”.[2] Formar um par desigual, ser posto na canga com um animal diferente.[3] Paulo emprega o verbo heterozygeo, que se aplica ao emparelhamento de tipos diferentes de animais em Lv 19.19. C. K. Barrrett traduz assim: “Não deveis entrar em arreio duplo com os descrentes”.[4]
- Incrédulos (gr. 
apístois), Descrente.[5]
- Sociedade (gr. 
metokê). Relação.[6] Companheirismo.[7]
- Comunhão (gr. 
koinonía). Parceria, intercâmbio. Ato de participar, compartilhar por causa de interesse comum.[8] Ter coisas juntos ou em comum.[9]
É importante atentar para o fato de que o alerta feito por Paulo vai para além das relações matrimoniais. Sobre isto Coenen e Brown comentam:
A totalidade do contexto e do argumento de 2 Co 6:14 e segs., porém, parece olhar além dos casamentos mistos, para a idolatria e a impureza de modo geral (cf. C. K. Barret, op. cit., 196), embora um casamento misto pudesse levar a semelhante idolatria e impureza.[10] 
Não está aqui presente a ideia de um cristianismo sectário, onde todo e qualquer contato e relações com os incrédulos fossem reprovadas. Sobre isto Paulo escreveu:
Já por carta vos tenho escrito que não vos associeis com os que se prostituem; isso não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas, agora, escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. (1 Co 5.9-11)
Como se pode observar, a preocupação do apóstolo Paulo é sempre com o tipo de associação, que por seu alto grau de intimidade pode corromper a fé e a santidade do crente: “
Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes“. (1 Co 15.33).
Coenen e Brown afirmam que:
 
O cristão deve permanecer no mundo, sem, porém, tomar parte na idolatria e na impureza moral. Assim o crente nunca deve ser culpado da fornicação (1 Co 5:9-10). Deve trazer seus assuntos diante da igreja ao invés de levar o irmão crente aos tribunaisseculares (1 Co 6.1-6). Não deve deliberadamente entrar num casamento misto com um descrente, mas, se, um dos cônjuges de um casamento que dantes era pagão torna-se cristão, o casamento não deve ser dissolvido simplesmente por causa disto, pois o crente santifica o casamento, cônjuge descrente pode ser conquistado para Cristo (1 Co 7:12-16, 39). […] Noutras palavras, Paulo não defende uma separação exclusiva do mundo. Os crentes devem permanecer no mundo procurando ganha-lo para Cristo. Não devem, no entanto, permitir que a sua fé seja comprometida de qualquer modo, especialmente pela idolatria pagã e os seus costumes sexuais dos pagãos. A conversão significa um rompimento com o mundo (1 Co 6.9 e segs.).[11]
Ainda tratando da associação do crente com o infiel, a Bíblia de Estudo Pentecostal oferece o seguinte comentário ao texto de 2 Co 6.14:
Diante de Deus, há apenas duas categorias de pessoas: as que estão em Cristo e as que não estão. […] O crente, portanto, não deve comunhão ou amizade íntima com o incrédulo, porque tais relacionamentos corrompem sua comunhão com Cristo. Neste contexto estão as sociedades nos negócios, as ordens secretas (Maçonaria), namoro e casamento com os incrédulos. A associação entre o cristão e o incrédulo deve ser o mínimo necessário à convivência social ou econômica, ou com o intuito de mostrar ao incrédulo o caminho da salvação.[12]
No Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento lemos que:
 
De 1 Co 5.9 e 10 sabemos que Paulo não está proibindo toda associação com os incrédulos, o que seria impossível e exigiria, em suas palavras, “sair do mundo”. Paulo aparentemente tem um tipo específico de relacionamento em mente. “Jugo desigual” (v. 14) lembra Deuteronômio 22.10, que proibia que um boi e um burro fossem colocados sob o mesmo jugo para lavrar a terra. Também pode ter o sentido de “desigualdade” e se referir à proibição em Levítico 19.19 contra o cruzamento de animais diferentes. Em ambos os casos, as leis da natureza no Antigo Testamento eram instituídas para ensinar o princípio da separação espiritual. Israel deveria evitar práticas e crenças que levariam o povo a adotar os modos corruptos de seus vizinhos pagãos. Consequentemente, o que Paulo parece te em mente aqui é a formação de relacionamentos que favoreciam o casamento de uma pessoa crente com uma incrédula e levariam a alguma forma de transigência espiritual com o paganismo, particularmente a idolatria. […] Para se fazer entender, Paulo continua fazendo cinco perguntas retóricas, que destacam como é radicalmente antinatural e incompatível para crentes e incrédulos formarem pares em um relacionamento íntimo. Cada uma das perguntas apresenta dois opostos, é visivelmente absurda e espera uma negação imediata. […] O apelo de Paulo é essencialmente um apelo pela santidade. Como o estado especial de Israel exigia a separação daquelas coisas que contaminam ou tornam uma pessoa maculada diante de Deus, assim deveriam proteger sua pureza moral e espiritual (v.17) não se tornando unidos em um relacionamento com os incrédulos. O propósito desta separação não é ritual ou cerimonial, mas relacional - para preservar a intimidade de sua relação com o Pai (v. 18).[13]
Voltando a questão específica do casamento misto, sua proibição está explícita no Antigo Testamento (Dt 7.1-14; Nm 36.6, Ne 13.23-29), e o princípio que norteia a sua aplicação na vida do cristão exposto nas passagens do Novo Testamento aqui comentadas.
Dessa forma, seja por paixão, interesse financeiro ou coisas semelhantes a estas, a quebra deste princípio poderá promover problemas no relacionamento do casal e na educação de seus filhos, que poderão ter uma séria crise de identidade, vivendo sob o dilema de seguir a fé cristã piedosa de um dos pais, ou a crença na religião, no ateísmo ou ceticismo do outro.
A apostasia é um perigo real. Que a Bíblia continue sendo a nossa única regra de fé. Nem os nossos sentimentos, muito menos a pressão cultural que a igreja sofre, deve nos remover de tão sólido fundamento.
A QUESTÃO DA PERDA DA IDENTIDADE
A perda da identidade nacional e espiritual nos dias de Elias e Eliseu é também comentada na Lição. Partindo diretamente para uma contextualização e aplicação da questão, vejamos alguns aspectos da “crise de identidade denominacional”.
Viajando por nosso país, participando de convenções regionais e nacionais, conversando com alguns companheiros de ministério, e acompanhando os últimos acontecimentos nas Assembleias de Deus no Brasil, fico a pensar se existe ainda uma “identidade nacional” na denominação.
No dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, a definição de identidade que nos cabe é a seguinte:
[Do lat. tard. identitate.] S. f. “O aspecto coletivo de um conjunto de características pelas quais algo é definitivamente reconhecível, ou conhecido.”
Sempre existiu nas Assembleias de Deus no Brasil, falo aqui especificamente, das igrejas cujos ministros são filiados a CGADB, características que davam uma ideia de certa “identidade nacional”, mesmo que em alguns lugares houvesse algum tipo de peculiaridade cultural local. Destaco aqui 04 (quatro) características marcantes: Os usos e costumes, a liturgia, o corpo ministerial e a doutrina. Observemos o quadro atual:
1. Usos e Costumes - Há regiões onde as irmãs pintam o cabelo, se maquiam, usam brincos, colares, pulseiras, pintam as unhas, usam calça comprida, etc. Já em outras regiões, tais práticas, ou pelo menos algumas delas, são motivos para disciplina e até exclusão.
2. Liturgia - Danças, palmas, assovios e coreografias já estão presentes em vários cultos assembleianos realizados por este Brasil afora. Os hinos da harpa cristã, o hábito de dar glória a Deus e aleluia, a conduta “tradicional” no culto, são mantidos em outros. Não conseguimos um modelo litúrgico único nem na ministração da  ”Santa Ceia”.
3. Corpo Ministerial - Os cargos eclesiásticos e ministeriais ficam também a mercê da conveniência local. O conjunto de cargos básicos que envolvem o auxiliar oficial, o diácono, o presbítero, o evangelista e o pastor, nem sempre se apresentam em sua totalidade ou com a mesma funcionalidade. A apresentação de diaconisas não é ponto pacífico, e o caso mais extremo é o da ordenação de pastoras.
4. Doutrina - Parece que em meio a tudo isso, a única coisa que ainda resiste, mas com muita dificuldade, é no campo doutrinário conforme pode-se observar em nossas doutrinas básicas credo.
A resolução do Plenário da Convenção Geral da 38ª. Assembleia Geral Ordinária da CGADB, realizada em São Paulo, 18 de abril de 2007, em decorrência da “constatação de constantes desvios dos princípios doutrinários e dos bons costumes das Assembleias de Deus no Brasil, principalmente no que diz respeito à introdução de doutrinas heréticas, de movimentos ecumênicos, da quebra da liturgia dos cultos, da introdução de músicas profanas, de grupos de dança e teatro e outros, contrariando, assim, a fundamentação doutrinária que sempre norteou a denominação”, foi uma boa iniciativa para tentar manter certos parâmetros para a nossa identidade. Na prática a resolução não é observada e ficou obsoleta.
Duas questões precisam ser discutidas e respondidas:
- O que significa ser um assembleiano no Brasil do século XXI?
- É possível uma “identidade nacional” diante de uma notória e crescente regionalização de identidades?
Vale ressaltar, que a maior das identidades, a que está acima de qualquer rótulo denominacional, é a identidade de cristão, de filho de Deus, que manifesta em sua vida o amor a Deus, ao próximo e a si mesmo. A identidade do cristão é também caracterizada pelo poder e fruto do Espírito, pelos carismas e pelo caráter em sua vida.
A apostasia no Reino de Israel dos tempos de Elias e Eliseu é um alerta para todos nós.
Jundiaí-SP, 21/12/2012

[1] Bíblia de Estudo Palavras-chave. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 2213.[2] RIENECKER, Fritz; ROGERS, Cleon. Chave linguística do Novo Testamento grego. São Paulo: Vida Nova, 1995, p. 350-351. [3] HAUBECK, Wilfrid; SIEBENTHAL, Heinrich. Nova chave linguística do Novo Testamento grego. São Paulo: Targumim/Hagnos, 2009. p. 1059. [4] COENEN, Lothar; BROWN, Colin. Dicionário internacional de teologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2000, p. 1099.[5] Ibid. [6] Bíblia de Estudo Palavras-chave, ibid., p. 2301. [7] Rienecker; Rogers, ibid. [8] Bíblia de Estudo Palavras-chave, ibid., p. 2269. [9] Rienecker; Rogers, ibid.[10] Coenen; Brown, ibid. [11] Ibid., p. 1099-1100 [12] Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1778. [13] ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1099-1100.Publicado no Blog do Pr. Altair Germano