sábado, 3 de novembro de 2012

Obadias - O Princípio da Retribuição - Pb. José Roberto A. Barbosa


Texto Áureo: Ob. 1.15 - Leitura Bíblica: Ob. 1.1-4, 15-18
Prof. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
Vivemos em um mundo marcado pela injustiça, não poucas vezes as pessoas que seguem a Deus são alvo de perseguições. Na aula de hoje, através das palavras de Obadias, aprenderemos que o Senhor é Aquele que julga com retidão. A principio destacaremos aspectos contextuais do livro de Obadias, em seguida, sua mensagem, e ao final, sua aplicação para os dias atuais.
1. ASPECTOS CONTEXTUAIS
Obadias foi um profeta de Judá que pronunciou o castigo de Deus contra a nação de Edom. Existem duas datas prováveis para sua mensagem profética: 855 e 840, durante o reinado de Jeorão em Judá, ou talvez durante o ministério de Jeremias, por volta de 627 e 586 a. C. Pouco se sabe a respeito de quem foi Obadias, sabemos apenas que seu nome significa “servo” ou “adorador”. O propósito é mostrar que Deus é Aquele que julga os que afligem o Seu povo. O versículo-chave se encontra em Ob. 1.15: “porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se faça contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça”. O estilo literário do livro se assemelha a um cântico fúnebre de condenação, e está repleto linguagem poética. A mensagem se dirige aos edomitas, uma nação vizinha de Judá, ao sul, que tinham fronteiras comuns. Isso acirrava a disputa entre essas nações, os edomitas não gostavam de Judá. Nessa época a capital de Edom era Sela, uma cidade considerada invencível, tendo em vista sua localização em penhascos, com acesso apenas por meio de um desfiladeiro sinuoso. Por causa disso os edomitas eram orgulhosos e presunçosos. Eles achavam que jamais seriam vencidos por qualquer poderio inimigo. A autossuficiência os conduziu à ruina, a segurança se mostrou aparente quando lhe sobreveio o juízo divino. O livro de Obadias, que é o menor do Antigo Testamento, contendo apenas um capítulo, pode ser assim estruturado: O julgamento pronunciado contra Edom (Ob. 1-14); O resultado do julgamento (Ob. 15-18); e A possessão de Edom por Judá (Ob. 19-21).
2. A MENSAGEM DE OBADIAS
A mensagem de Obadias destaca a inimizade entre Judá e Edom e prefigura, através da destruição desta nação, o julgamento que sobrevirá sobre todas as nações que se oporão a Israel. Obadias denuncia a soberba humana das nações, tendo em vista que essa soberba - zadon em hebraico - alimenta a falsa esperança nos métodos humanos (v. 3,4). A soberba é decorrente da prosperidade humana, da crença de que é possível subsistir sem a providência divina. A posição social dos edomitas fez com que eles achassem que jamais seriam destruídos. Mas “naquele dia” ou, “no Dia do Senhor”, quando Deus julgar as nações, no tempo vindouro, a opulência da nação terá o seu fim. A causa desse julgamento será a violência - hamas em hebraico - “feita a seu irmão Jacó” (v. 10). Israel sofreu vários ataques ao longo da história, destacamos alguns deles: pelo Egito (I Rs. 14.25-28), pelos filisteus e árabes (II Cr. 21.16,17), pelos sírios (II Cr. 24.23,24); por Edom (II Rs. 14.7-14); por vários inimigos na época de Acaz (II Cr. 29.8,9), pela Assíria(II Rs. 18-19) e pelos babilônicos (II Cr. 36.15-22). O ataque dos inimigos produziu regozijo nos edomitas, eles celebravam as invasões sobre Judá. Por causa disso, o Senhor estabelece o princípio da retribuição: “como tu fizeste, assim se fará contigo”. Há ainda uma promessa para o futuro, na dimensão escatológica, virá a paz sobre o povo de Deus. A salvação se espalhará desde o monte Sião, quando, ao final, o Senhor reestabelecerá o Reino na terra. Essa é mais uma alusão profética ao período do milênio, que se concretizará quando Cristo volta, com poder e grande glória, para reinar (Ap. 19).

Obadias - O Princípio da Retribuição - Rede Brasil de Comunicação


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LIÇÃO 05 - OBADIAS - O PRINCÍPIO DA RETRIBUIÇÃO
INTRODUÇÃO
Obadias é o livro mais curto do Antigo Testamento, contendo apenas 21 versículos. Seu conteúdo é uma mensagem profética de ameaça contra Edom, os descendentes de Esaú e inimigos implacáveis de Israel, porque este povo ajudou os caldeus durante o cerco de Jerusalém e se alegrou com a sua queda e destruição; mas, também, de restauração para Judá. No entanto, nesta lição, estudaremos não apenas sobre o profeta Obadias e seu livro, mas, também, sobre alguns temas relevantes que estão relacionados a mensagem do livro de Obadias, tais como: o princípio da retribuição, a soberania divina e o livre arbítrio do homem.
I - O PROFETA OBADIAS
Obadias foi um profeta de Judá que profetizou o juízo divino contra os edomitas. Seu nome, do hebraico Obad’yah significa “servo de Jeová” ou “adorador de Yahweh”. Era um nome muito comum no AT (I Rs 18.3; I Cr 7.3; 12.9; II Cr 17.7; 34.14; Ed 8.9; Ne 10.5; 12.25). Nada se sabe sobre o profeta Obadias: nem sobre a sua genealogia, nem sobre seus contemporâneos, e nem sobre o exato período que ele profetizou, alguns estudiosos sugerem (de 848 a 460 a.C.). Obadias anunciou os pecados de Edom, nação situada a leste e ao sul do mar Morto e que teve suas origens em Esaú, irmão de Jacó (Gn 36.1-8; Ob 6.8,10,18,19,21).
II - O LIVRO DE OBADIAS
2.1 Características especiais do livro. Encontramos pelos menos quatro características principais:
  • É o livro mais breve do Antigo Testamento;
  • É um dos três profetas (além de Jonas e Naum) chamados por Deus para transmitir uma mensagem a uma nação gentílica;
  • Existe uma grande semelhança entre Obadias e a profecia de Jeremias (Jr 49.7-22);
  • O livro não é mencionado diretamente no Novo Testamento.
2.2 A mensagem do livro. O livro de Obadias descreve uma profecia contra os descendentes de Esaú, os edomitas, pelo tratamento que deram aos judeus quando estes foram invadidos pelos babilônicos, chegando a ajudar os saqueadores (v 11,13,14) e se alegrarem pela ruína e destruição dos seus irmãos (v. 12). Pelo menos três coisas os edomitas não deveriam ter feito:
  • Não deveriam ter visto com prazer a destruição do seu irmão. A invasão estrangeira por parte dos babilônios que ocorreu por volta de 586 a.C. é descrita como dia de desterro, de ruína e de angústia; e os edomitas se alegraram nesta ocasião (v 12);
  • Não deveriam ter entrado pela porta do meu povo. Como se não bastasse o regozijo pela derrota de seus irmãos, os edomitas tiraram vantagem da situação, invadindo Jerusalém em busca de despojos (v. 13);
  • Não deveriam ter parado nas encruzilhadas. Eles se colocaram nas encruzilhadas das estradas para matar os judeus que tentavam escapar do massacre ou entregá-los aos inimigos (v. 14).
2.2.1 Quem eram os edomitas. Os edomitas, vizinhos de Judá, eram descendentes de Esaú, irmão de Jacó (Gn 36.8,9; Ob 6,10). Apesar disso, eles se tornaram ferrenhos inimigos do povo de Deus (Gn 36.1; Nm 14.20,21; II Cr 20.1,2; 21.8, 16,17; 28.17; Sl 137.7; Ez 25.12). Os edomitas eram orgulhosos e ousados (v. 3) e conhecidos pela sua sabedoria e força. Eles se orgulhavam por causa de suas riquezas (v. 6); de suas alianças com povos vizinhos (v. 7); de sua sabedoria (v. 8) e de seus militares (v. 9).
2.2.2 O julgamento dos edomitas. Por causa de sua maldade, o profeta anuncia o inevitável juízo divino sobre os edomitas: “Porque o dia do Senhor está perto” (v. 15). O dia do Senhor neste texto representa um juízo futuro, que ocorrerá por ocasião da Grande Tribulação “… sobre todas as nações…”; mas, também, um juízo que sobreviria sobre os edomitas como resultado da lei da semeadura: “… como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça”(v.15).
2.2.3 A restauração de Judá. Por intermédio do profeta, Deus anuncia, também, a restauração de Judá do cativeiro babilônico: “Mas no monte Sião haverá livramento, e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades” (v. 17). A destruição de Judá foi, portanto, parcial; pois, o Senhor prometeu restaurar-lhes novamente, devolvendo-lhes a sua terra. Esta restauração foi também predita por outros profetas (Is 49.8-13; Jr 30.1-24; Jl 2.32; 3.17).
III - O DEUS DA RETRIBUIÇÃO
Deus tinha motivos para abater Edom, pois Ele nunca age trazendo julgamento sem uma razão coerente (Sl; 9.8; Sl 89.14; Jr 9.24). A Bíblia registra, pelo menos, outras quatro ocasiões em que os filhos de Esaú investiram contra os israelitas: no reinado de Jeorão (2 Cr 21), no reinado de Amazias (2 Cr 25), no reinado de Acaz (2 Cr 28) e no reinado de Zedequias (2 Cr 36). Por isso, o juízo divino sobre os edomitas era iminente. A Bíblia ensina claramente sobre o princípio da retribuição. Vejamos: