domingo, 30 de setembro de 2012

A Vida Plena nas Aflições




 Quando estamos por Cima, e tudo está bem, é aonde Amigos, Irmãos até mesmo a Sociedade estão do nosso lado é quando todos vem, todos queres ser amigos todos querem estar ao seu lado todos querem apertar sua mão.
 Mas Quando passamos momentos de crises, no âmbito financeiro, familiar... vemos tudo sumir e sobra a Solidão  e solidão é Depressão, Querer morrer, Pensar bobagens, Fazer bobagens. temos como ex:

Elias é um grande exemplo que confirma irrefutavelmente o perfil de um homem deprimido, se não, vejamos: Elias foi um grande profeta do velho testamento. Sua história revela disposição e vigor quanto ao desempenho de seu ministério profético, Elias foi capaz de enfrentar o rei Acabe e denunciar suas perversidades e pecados (I Reis 18. 18), profetizou que não choveria e não choveu (I Reis 17. 1-7). Foi Elias quem orou e Deus mandou fogo do céu para consumir seu holocausto diante de 450 profetas de Baal (I Reis 18. 30- 38); Elias orou e Deus mandou chover sobre a terra (I Reis 18.41- 46). 
Além de todas essas experiências Deus manda um anjo alimentá-lo de forma sobrenatural. Após tudo isso, esse homem nos parece indestrutível e inabalável. Porém, ele era homem como nós, sujeito as mesmas paixões. Na verdade, não existem super-homens, todos estão sujeitos a fracassos e a devaneios e é exatamente por isso que depois de tantas experiência Elias cai numa profunda depressão e pede para si a morte- “Temendo pois, Elias, levantou-se e, para salvar sua vida, se foi e chegou a Berseba , que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço.
Ele mesmo porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio e se assentou debaixo de um Zimbro e pediu para si a morte, e disse: Basta; toma agora ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais” (I Reis 19. 3,4). 

 A solidão só existe quando ninguém liga pra nós, Mais saiba que Jesus Cristo está olhando pra você, que Ele está do seu lado e precisamos aprender a passar por essas adversidades, por esses momentos, não é estar por cima e pisar quem ta embaixo, não é estar por cima e esquecer o de baixo é saber que hoje Eu estou por cima mais amanhã Eu posso está por baixo, temos que aprender com essa lição, não é dar uma hora de aula e não exercer, o que a lição esta ensinando através do Espirito santo,
E lembrando que quando estamos por cima, podem surgir Inveja, Ciumes a vendo calunias etc.
e pior é quando se tem ciumes ou inveja até mesmo quando alguém está por baixo.
Alguns Homens de Deus passaram por isso pra que nós possamos ler estudar e medidar que da mesma forma pode acontecer conosco, então estejamos preparados, que essa lição não sejá só pra ler mais para praticamos vemos muitos que se deixar falam até o culto todo, mais praticar é dificil, então estajamos preparados pra ter, e estejamos preparados pra não ter, A Palavra de Deus nos ensina, não apenas sobre a possibilidade das aflições na vida do servo de Deus, mas, também, como devemos nos portar em meio ao sofrimento.
Devemos confiar em Deus, (Jó 13.15; 19.25; 42.2).

Reconhecendo que Deus está no controle de tudo
Há ainda algo muito interessante nessa narrativa bíblica, é o momento em que Elias está esperando por Deus e vem aquela seqüência de fenômenos naturais: Primeiro um grande e forte vento, depois um terremoto, depois do terremoto, um fogo porém Deus não estava em nenhum destes fenômenos, aqui está algo muito interessante talvez Elias estivesse pensando que Deus viria a ele através de uma destas manifestações de forma arrasadora e acabaria com ele, dando-lhe a morte que ele estava a pouco pedindo e quem sabe até como forma de repreensão, porém Deus se manifesta suavemente a Elias através de um cicio tranqüilo e suave, isso mostra que Deus é tremendamente diferente de nós, pois se fosse igual a qualquer homem, Elias estaria condenado, pois era isso que merecia, depois de tantas experiências com Deus ainda duvidou de seu cuidado e teve medo de uma mulher chamada Jezabel  porém Deus é totalmente diferente de qualquer homem, Deus não abriu mão de Elias, na verdade Deus não abre mão de nós, quando todos lhe impõe uma sentença de morte e até mesmo você se condena, Deus vem e lhe diz sai dessa caverna aqui não é o seu lugar, você é meu profeta, ainda que outros lhe vejam diferente, Deus ainda lhe vê como profeta, pois Ele não aceita biografias de nossas vidas escritas por terceiros, Ele nos vê com um olhar diferente pois sempre vê em nós a possibilidade de restauração.

Sabendo que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus
O apóstolo Paulo disse que a tribulação produz paciência (Rm 5.3); e Tiago diz que a prova da fé produz paciência (Tg 1.2-4). Por estas e outras razões, o mesmo Paulo diz: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).
Tendo esperança que um dia todo sofrimento terá fim

O Senhor Jesus prometeu vir nos buscar (Jo 14.1-3);
As aflições deste mundo não se comparam com a glória que nos será revelada (Rm 8.18);
Aqueles que são participantes das aflições de Cristo, se alegrarão e se regozijarão na Sua vinda (I Pe 4.12,13);
Quando Cristo voltar, seremos semelhantes a Ele, e teremos um corpo glorioso e incorruptível, imune às doenças (I Jo 3.1,2);
Nós habitaremos com Cristo, onde “… não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor…” (Ap 21.4).



CONCLUSÃO
Enquanto estivermos neste mundo, estamos sujeitos às provações, angústias e tribulações. A Bíblia ensina claramente que a vida cristã não nos isenta de adversidades. Porém, mesmo em meio ao sofrimento, podemos contar com o consolo divino. Mas, além disso, devemos confiar em Deus, reconhecer que ele está no controle de tudo, saber que tudo que ocorre em nossas vidas é para o nosso bem, e que um dia nós estaremos, enfim, livres de toda dor e sofrimento.




sábado, 29 de setembro de 2012

A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES: A GANGORRA DA VIDA


 


A GANGORRA DA VIDA

O texto abaixo pode ser usado como ilustração para a lição “A Vida Plena nas Aflições. Espero até o final de semana postar o subsídio para a mesma.

"Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece." (Fp 4.11-13)

A vida se parece com uma gangorra. Uma hora você está por cima, outra hora está por baixo. É necessário saber viver nas duas dimensões ou circunstâncias.

1. Estar por cima implica no privilégio de ver o mundo de uma perspectiva mais abrangente.

2. Estar por cima é uma posição que pode gerar um sentimento de superioridade.

3. Estar por cima é uma posição vulnerável. O mínimo descuido pode resultar em desequilíbrio e queda.

4. Estar por baixo não produz grandes sensações.

5. Estar por baixo nos ensina a viver com os pés no chão.

6. Estar por baixo deve nos proporcionar a sabedoria necessária diante da expectativa e da possibilidade de subir.

7. Em cima ou em baixo, a confiança em Deus será sempre necessária.

8. A gangorra nos ensina que para nos mantermos em cima, precisamos de alguém em baixo para nos dar a devida sustentação. É preciso valorizar os que estão em baixo.

9. Precisamos saber viver nas duas posições, diante das mais diversas situações e circunstâncias da vida.

10. Ninguém está livre da gangorra, porém, no Senhor podemos todas as coisas.

*Texto publicado no livro “Uma Igreja com Saúde”.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Vida Plena nas Aflições - CPAD


Texto Bíblico: Filipenses 4.10-13
INTRODUÇÃO
I – VIVENDO AS AFLIÇÕES DA VIDA
II – CONTENTANDO-SE EM CRISTO
III – AMADURECENDO PELA SUFICIÊNCIA DE CRISTO
CONCLUSÃO
ELE MORREU PARA QUE PUDÉSSEMOS VIVER PARA ELE
Por
Warren W. Wiersbe
[…] Não vivemos mais para nós mesmos, e sim para o Salvador que deu a si mesmo por nós na cruz. Por termos nos achegado à cruz e confiado em Jesus Cristo, fomos libertados – remidos – do cativeiro da velha vida.
Quando Jesus morreu na cruz, Ele derrotou todos os dominadores perversos que controlavam a nossa vida – o mundo, a carne e o diabo.
Vamos começar com “o mundo”, esse sistema de coisas dirigido por Satanás e que se opõe a Deus e seu povo. “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo” (Gl 6.14). Em sua grande vitória no Calvário, Jesus derrotou o sistema mundial de modo que não temos mais de submeter-nos ao domínio dele. Se, como Demas (2 Tm 4.10), amamos o mundo, voltaremos então gradualmente à escravidão, mas se tivermos o cuidado de obedecer o que nos diz 1 João 2.15-17, vamos experimentar a vitória.
Jesus conquistou na cruz a carne. “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5.24).
Como aplicamos esta vitória às nossas vidas? O versículo seguinte nos ensina: “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (Gl 5.25). A Bíblia, em sua versão (NVI), traduz o seguinte: “Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito”. Somente por meio do Espírito Santo podemos nos identificar pessoalmente com a vitória de Cristo na cruz e apropiar-nos dela como se fosse nossa.
Na cruz, Jesus derrotou finalmente o diabo. “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo” (Jo 12.31,32). “E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl 2.15). A batalha travada por Jesus na cruz contra os poderes do inferno não foi uma simples escaramuça, mas um ataque total que terminou em vitória completa para o Salvador.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A Verdadeira Motivação do Crente - Sulamita Macêdo


Professoras e professores, para esta lição, apresento as seguintes sugestões:
- Iniciem a aula, cumprimentando os alunos, perguntem como passaram a semana. Escutem atentamente as falas dos alunos e observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração. Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um. Após a chamada, solicitem ao secretário da classe a relação dos alunos ausentes e procurem manter contato com eles durante a semana, através de telefone ou email. Compreendem a importância desse ato? Os alunos se sentirão queridos, cuidados, perceberão que vocês sentem falta deles. Dessa forma, vocês estarão estabelecendo vínculos afetivos com seus alunos.
- Falem do tema da aula: A Verdadeira Motivação do Crente.
- Em seguida, utilizem a dinâmica “Celebridade”.

- Trabalhem o conteúdo proposto na lição de forma participativa, buscando o envolvimento do aluno com a aula, além de contextualizar o tema com o tipo de aluno que você tem. Dessa, forma aprendizagem será mais significativa.
- Leiam a fábula “A Agulha e a Linha” e  reflitam sobre a fama, o anonimato, a disputa.
- Para concluir a aula, enfatizem qual deve ser a verdadeira motivação do crente.
Tenham uma excelente e produtiva aula!
Observação para Revista de Adolescente e Juvenis: Este trimestre há 14 domingos e em cada  revista temos apenas 13 lições. Estou organizando sugestão para a décima quarta aula. 
Pensem nisto!
Fujam de uma ministração de aula puramente mecênica. Ensinar não é uma ato solitário. Mesmo que vocês tenham se habituado a essa atitude, procurem mudar, mesmo devagar, mas mudem. Utilizem métodos e técnicas diferecidadas nas aulas!

“Mas sempre fizemos assim” pode ser o golpe fatal na criatividade. Para infundir empolgação em nosso ministério de ensino e talvez desenvolver nossa parte de imaginação, precisamos estar dispostos a olhar além do “sempre foi feito assim”. Podemos ficar tão acostumados ao modo como as coisas são feitas que nos recusamos a admitir a existência de caminhos mais eficientes. Também é mais fácil agarrar-se a antigos padrões e torná-los cada vez mais melhores do que tentar inovar”(Marlene D. LeFever).
Publicado no Atitude de Aprendiz

A Verdadeira Motivação do Crente - Rede Brasil de Comunicação


Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - CEP. 50040 - 000 Fone: 3084 1524
LIÇÃO 13 - A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE
INTRODUÇÃO
O que significa motivação? Quais as intenções que o salvo não deve ter em seu coração ao realizar o serviço para Deus e quais as que ele deve ter? Nesta lição, veremos estas questões que permeiam a vida cristã. Destacaremos ainda o grande evento do Tribunal de Cristo onde todos os salvos serão julgados pelo serviço que desempenharam em prol do Reino de Deus aqui na terra e da recompensa que receberão aqueles que procederam com amor e fidelidade.
I - O QUE SIGNIFICA MOTIVAÇÃO
O dicionário diz que significa: “ato ou efeito de motivar; exposição de motivos ou causas; conjunto de fatores psicológicos de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo”. Já a palavra motivo do latim “motivu”, ‘que move’ quer dizer: “fim, intuito. Fica explícito que a palavra motivação alude a intenção, propósito ou objetivo com que fazemos as coisas. No contexto da nossa lição, diz respeito as intenções com que executamos a obra do Senhor.
II - COMO NÃO DEVEMOS FAZER A OBRA DE DEUS
2.1 Com má vontade. A expressão mal do grego “kakos” quer dizer: “tudo o que é mau em caráter, vil, desprezível”. Portanto, não podemos fazer a obra de Deus com má vontade. O apóstolo Paulo tinha esta consciência por isso disse: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada” (II Co 9.16,17).
2.2 Com orgulho. O Aurélio define a palavra “orgulho” como “conceito elevado ou exagerado de si próprio; amor próprio demasiado; soberba”. Do grego “alazonia” ou“alazoneia” que é traduzido em (I Jo 2.16) por “soberba”. Este foi o sentimento que levou o querubim ungido a ruína (Is 14.13-19; Ez 28.13-19). Aqueles que desejam servir a Deus não podem fazê-lo com orgulho, pois a Bíblia nos exorta a termos cuidado com este sentimento (I Tm 3.6; Pv 16.18,19; Tg 4.6). Vejamos dois exemplos bíblicos de pessoas que agiram com orgulho e foram prejudicadas:
  • O Rei Nabucodonosor. Apesar de ter sido avisado divinamente por um sonho que foi interpretado pelo profeta Daniel, que não deveria agir impiamente e se ensoberbecer (Dn 4.4-27). Após passado um ano, este rei agiu orgulhosamente e sofreu as consequências por isso (Dn 4.28-33).
  • O Rei Uzias. Deus o fez prosperar enquanto este o buscou (II Cr 26.4,5), porém seu coração se exaltou e ele intentou queimar incenso, função esta que cabia apenas ao sacerdote (II Cr 26.16), porém mesmo sob aviso, o rei agiu loucamente e recebeu a punição pelo seu pecado (II Cr 26.17-21).
2.3 Com o propósito de ser visto. Nosso Senhor Jesus Cristo, preveniu seus seguidores de não procederem como os hipócritas religiosos que entregavam suas esmolas e seus sacrifícios com a finalidade de serem vistos pelos homens e não por Deus, isto porque desejavam receber louvor (Mt 6.2,5; 23.5). Este foi o terrível erro de Ananias e Safira, pois eles haviam observado como Barnabé ficou bem visto pela congregação após doar de coração o valor da sua fazenda para os apóstolos administrarem (At 4.36,37), de igual modo venderam sua propriedade, no entanto, combinaram entre si mentir quanto ao valor da venda, retendo assim parte do dinheiro, alegando ser o dinheiro todo (At 5.2), o que resultou em sentença de morte (At 5.4,5; 5.9,10).
III - COMO DEVEMOS FAZER A OBRA DE DEUS
Vimos acima alguns motivos que não devem permear o coração de quem serve a Deus, todavia, veremos agora quais virtudes devem nos mover ou impulsionar ao serviço cristão. Vejamos algumas: 3.1 Com amor. O apóstolo Paulo diz que amor é a principal das três virtudes cristãs (I Co 13.13), ele é também o fruto do Espírito no cristão (Gl 5.22). Portanto, tudo o que fazemos deve ter esta característica do fruto como motivação, senão, qualquer coisa que fazemos não terá valor: “… e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria” (I Co 3.3b). Portanto, o apóstolo ainda diz: “Todas as vossas coisas sejam feitas com amor” (I Co 16.14).
3.2 Com humildade. O Aurélio diz que humildade é a virtude que nos dá o sentimento da nossa fraqueza, limitação. Portanto, o servo de Deus que realiza a sua obra com êxito, não deve se gloriar jamais, pois reconhece as suas militações; e que os bons resultados de tudo quanto faz ou executa para Deus deve glorificá-lo pois o seu prazer consiste em reconhecer a suficiência do poder do Espírito em seu trabalho e que deve proceder humildemente como
ensina as Escrituras (Pv 15.33; 18.12; 22.4; Fp 2.3; Cl 3.12; I Pe 5.5).
3.3 Como ao Senhor. A Bìblia nos ensina que devemos fazer as coisas prioritariamente para Deus (Ef 6.7; Cl 3.23), isto não significa dizer que fazendo para os homens, não estejamos fazendo para Deus (II Co 8.5). A Bíblia deixa claro que servindo aos homens de Deus com sinceridade de coração e não para sermos vistos, estamos fazendo para Ele (Fp 4.18). Eis alguns exemplos:
  • Samuel servia ao Senhor e a Eli: E o jovem Samuel servia ao SENHOR perante Eli; e a palavra do SENHOR era de muita valia naqueles dias; não havia visão manifesta”.
  • Eliseu servia a Elias: “Então respondeu um dos servos do rei de Israel, dizendo: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que derramava água sobre as mãos de Elias” (II Re 3.11b).
  • Priscila e Áquila serviram ao apóstolo Paulo: “Saudai a Priscila e a Áquila,meus ooperadores em Cristo Jesus” (Rm 16.3).

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A Verdadeira Motivação do Crente - Pr. Altair Germano



Dentro do contexto do tema do trimestre, uma das causas das aflições na vida de muitos filhos de Deus nos dias atuais é viver no anonimato, numa sociedade onde cada vez mais é enfatizada a necessidade de “aparecer”, de conquistar poder, fama e prestígio, de atrair para si os holofotes do mundo evangélico, de ser a “estrela” do momento, de se tornar o principal “produto de consumo” no mercado gospel, onde a pregação e adoração fazem parte do show business gospel, e onde o ministério tem se tornado uma atividade meramente profissional, onde pastores-executivos se gabam de suas posses, riquezas e grandeza.
FAMA: PERSPECTIVA BÍBLICA E SECULAR
E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava. (Mt 4.23-24)
E logo correu a sua fama por toda a província da Galileia. (Mc 1.28)
E a sua fama divulgava-se por todos os lugares, em redor daquela comarca (Lc 4.37)
Porém a sua fama se propagava ainda mais, e ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades. (Lc 5.15)
As palavras gregas traduzidas por “fama” nos versículos acima são akoe, que significa literalmente “ouvir um relato acerca de fatos acontecidos ou dos feitos de alguém”, e logos, que pode significar “as notícias acerca das realizações de alguém”. Em ambos os casos pode-se utilizar o termo “fama” como tradução, assumindo este um sentido positivo. É assim que podemos entender a fama de Jesus.
Há outros casos onde a ideia de fama num sentido positivo está implícita:
Ora, o SENHOR, disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu será uma bênção. (Gn 12.1-2)
Agora, pois, assim dirás a meu servo, a Davi: Assim diz o SENHOR, dos Exércitos: Eu te tirei do curral, de detrás das ovelhas, para que fosses chefe do meu povo Israel. E estive contigo por toda parte por onde foste, e de diante de ti exterminei todos os teus inimigos, e te fiz, um nome como o nome dos grandes que estão na terra. (1 Cr 17.7-8)
Em seu aspecto bíblico e positivo, a fama tem as seguintes características:
- Não é buscada por aquele que a adquire
- É resultado da ação direta e do plano de Deus na vida daqueles que Ele deseja tornar conhecidos
- Tem a sua razão de ser para a glória de Deus
Em sua perspectiva secular ou mundana, a fama é almejada, buscada e disputada pelo próprio indivíduo, e tem como fim último a sua glória pessoal.
O CRISTÃO NA SOCIEDADE DO ESPETÁCULO
O filósofo e escrito francês Guy Debord, em sua obra A Sociedade do Espetáculo, interpretou de maneira bastante interessante a busca desenfreada pela fama, pelo parecer e aparecer.
Em sua tese, a base da sociedade existente é o espetáculo, ou seja, o aparente, o irreal, o ilusório, uma relação social entre pessoas mediada por imagens. A vida organizada socialmente se fundamenta na simples aparência das coisas.
Na sociedade do espetáculo “o que aparece é bom, o que é bom aparece”. Dessa forma, todos querem aparecer, ser vistos, ser aceitos e aplaudidos.
Na sociedade do espetáculo o indivíduo não pode ficar “por baixo”, nos bastidores, pois precisa ser visto, aceito e aplaudido. Na sociedade do espetáculo, que já atingiu a igreja evangélica brasileira, é preciso aparentar ser o astro que não se é, ter o sucesso forjado através do pagamento de “ofertas-jabás”. Na sociedade do Espetáculo paga-se para aparecer.
A febre da fama atingiu pregadores e cantores evangélicos. Há no Brasil grandes congressos onde para se cantar e pregar é necessário dar uma “oferta missionária”. Pregadores e cantores pagam a “oferta-jabá”, pois acreditam que após gravarem o seu CD ou DVD no referido evento (ou eventos), vão “bombar”, e com isso terão a garantia de uma agenda bastante rentável.
Algumas empresas literárias e produtoras musicais “evangélicas” já se tornaram fábricas de ídolos, usando de estratégias de marketing para promover os seus contratados, e com isso multiplicar o seu capital, sem nenhuma visão de Reino.
A síndrome da sociedade do espetáculo atinge também pastores, que no afã de aumentar seu prestígio, e de dar demonstrações de seu poderio ministerial, investem milhões de reais na construção de templos suntuosos para a própria glória, deixando com isso de dar prioridade às coisas essenciais no Reino de Deus.
No âmbito da política eclesiástica disputam sem ética alguma, matam e morrem por cargos em Mesas Diretoras e demais posições de prestígio. Buscam o poder pelo poder. Estão interessados em meras demonstrações de força e influência. Como sempre advirto, é preciso evitar em todos os casos o generalismo irresponsável, pois sabemos que ainda há pastores, pregadores, ensinadores e cantores sérios, que em tudo buscam a glória de Deus.
Leia mais sobre o presente tópico no link abaixo:

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

As Dores do Abandono - Rede Brasil de Comunicação



Igreja Evangélica Assembléia de Deus - Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - CEP. 50040 - 000 Fone: 3084 1524
LIÇÃO 12 - AS DORES DO ABANDONO
INTRODUÇÃO
O que significa a palavra abandono? Quais as ocasiões em que poderemos sofrer este agravo? Nesta lição, veremos estas e outras questões que podem ocorrer na vida de qualquer pessoa, inclusive cristã. Pontuaremos ainda que o crente poderá sofrer abandono após aceitar a fé em Cristo Jesus, por parte dos seus familiares e amigos, porém deve permanecer firme, sabedor de que nosso Senhor Jesus prometeu recompensa aqueles que O amarem acima de qualquer coisa. Por fim, destacaremos ainda que o crente poderá, em situações de rejeição, encontrar guarida em Deus, na Igreja e com os irmãos.
I - DEFINIÇÃO DA PALAVRA ABANDONO
O Aurélio diz que a palavra abandonar significa: “deixar; largar”. Do grego“apotassõ” que primeiramente quer dizer: “pôr a parte, rejeitar (formado de apo, “de, para fora de”, e tasso, “organizar”). Também significa: “despedir-se” (Mc 6.46); “renunciar, abandonar” e “renunciar a tudo quanto tem” (Lc 14.33). Logo, podemos entender que o termo abandonar indica um desprezo dado alguém por algum motivo e em alguma circunstância. Na abordagem desta lição a expressão abandonar indica a ação que o crente poderá sofrer em algum momento específico da sua vida ou até por sua fé.
II - OCASIÕES ESPECÍFICAS DE ABANDONO
2.1 Na enfermidade. Já vimos numa das lições estudadas, que o crente enquanto estiver no mundo, poderá sofrer enfermidades (Jo 16.33). Estando doente, ele poderásofrer abandono por parte daqueles que o cercam. Com certeza, a falta de amor, será o grande motivo. No entanto, mesmo nessa condição o cristão não estará só, pois Deus o assiste nessa situação difícil: “O SENHOR o sustentará no leito da enfermidade; tu o restaurarás da sua cama de doença” (Sl 41.3). Sem dúvida, Deus pode visitar o servo lhe fazendo companhia, porém Ele também o pode executar através das campanhas de visitas que há na igreja, para auxiliar os que encontram-se nesta situação, a fim de que saibam que a igreja local pode lhe ajudar, não apenas em oração, mas também na visita e assistência social.
2.2 Na terceira idade. Normalmente, uma pessoa atinge a faixa da Terceira Idade entre os 60 e 70 anos. Nesse momento da vida, surgem dificuldades físicas, mentais, econômicas, interpessoais e existenciais. Por isso Davi orou pedindo o auxílio de Deus nessa fase da vida “Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus…” (Sl 71.18-a). O próprio Deus prometeu auxiliar na velhice (Is 46.4). O apóstolo Paulo ensinou que os filhos devem exercer piedade com seus familiares e não abandoná-los em momentos de necessidade: “Mas, se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família, e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável diante de Deus. (I Tm 5.4). A Escritura nos mostra a atitude que tomou Orfa, deixando a sua sogra Noemi (Rt 1.14), e o comportamento de Rute que comprometeu-se em ajudá-la (Rt 1.16-18).
2.3 Na provação. Às vezes a própria provação na vida do crente inclui o abandono, como no caso de José. A Bíblia diz que seus próprios irmãos o venderam como escravo para o Egito “Passando, pois, os mercadores midianitas, tiraram e alçaram a José da cova, e venderam José por vinte moedas de prata, aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito” (Gn 37.28). Agora longe dos pais e abandonado pelos seus irmãos, este servo do Senhor encontrava-se em terra estranha. No entanto, ele não estava só: “E o SENHOR estava com José…” (Gn 39.2-a).
2.4 Na queda espiritual. Não podemos ignorar que o crente, por falta de vigilância,poderá vacilar e cair em pecado (Mt 26.41; I Pe 5.8). Numa situação dessas é comum que se sinta abandonado por Deus (Sl 32.5; 51.11), e pelos que lhe cercam. Todavia, assim como Davi, ele deverá imediatamente procurar o auxílio divino (Sl 51.1-10), da liderança da igreja e dos irmãos, a fim de ser tratado e reerguer-se espiritualmente (Ec 4.10), pois, todo o corpo de Cristo sofre quando um membro padece: “De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele” (I Co 12.26).
III - O ABANDONO POR CAUSA DA FÉ
A vida cristã trás inúmeros benefícios (Ef 1.3). Porém, não podemos ignorar que o sofrimento acompanha o verdadeiro discípulo: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me” (Mt 16.24). Entre as aflições que o crente poderá experimentar encontra-se o abandono. A decisão por seguir a Cristo poderá causar divisões, pois o próprio Jesus preveniu seus discípulos a cerca do que poderia sobrevir aqueles que o seguissem (Mt 10.22). Isto não quer dizer que a atitude de abandonar partirá do crente, mas do incrédulo. Eis abaixo alguns tipos de abandono que podemos sofrer após a conversão:
3.1 Abandono familiar. Em alguns casos, ser crente custará o abandono dos parentes (Lc 12.52,53). Se percebe claramente, nestas palavras que Jesus está exigindo lealdade e compromisso, pois às vezes temos de escolher entre segui-lo e manter outros relacionamentos (Mt 10.37,38). Com certeza, nós conhecemos alguns casos de filhos que após aceitarem a Jesus como Salvador, foram expulsos de suas casas; ou de maridos que abandonaram suas esposas. Isto é aborbado por Paulo na carta aos coríntios (I Co 7.15). Em países onde predomina a religião islâmica, a conversão de um membro da família, poderá resultar em extrema perseguição e abandono por parte dos parentes.
3.2 Abandono dos amigos. Sem dúvida alguma, muitos de nós já experimentamos como é difícil perceber que os colegas e amigos com os quais convivíamos na escola, no trabalho, no bairro onde moramos optaram por afastarse de nosso convívio e excluir-nos porque nos tornamos crentes “E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues…” (Lc 21.16). É até normal que isso aconteça porque existe uma grande diferença entre ambos (II Co 6.14,15). O conselho dos incrédulos e ímpios, não servem mais, nem andamos mais no seu caminho e nos agradamos de sua conversa (Sl 1.1-3). É evidente que isto não significa dizer que a Bíblia está dizendo que ser crente é ser antipático ou antisocial, pelo contrário, pois, Jesus disse: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (Jo 17.15).
3.3 A recompensa. Jesus alertou sobre o preço de segui-lo (Lc 9.23), mas, também deixou claro que recompensaria aqueles que, por amor do seu nome, viessem abrir mão de alguma coisa: “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna” (Mt 19.29). Portanto, de Cristo, podemos esperar mais do que merecemos ou que podemos imaginar, é isto o que se pode extrair da expressão “cem vezes tanto”, que diz respeito a uma recompensa terrena, como por exemplo: o cristão que foi rejeitado por sua família e amigos, por causa de Cristo, será galardoado aqui na terra por passar a fazer parte de uma família muito maior: a espiritual, que é a Igreja (Ef 2.19). E, se não bastasse, por fim, receberá a vida eterna (Mc 10.30; Lc 18.30).
IV - ONDE O CRENTE PODE ENCONTRAR GUARIDA
4.1 Em Deus. Quando o crente se sentir abandonado em alguma circunstância, não deve se desesperar, porque, Deus é a primeira pessoa a quem podemos buscar (Sl 46.1). Disso tinha certeza Davi, por isso confessou: “Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me recolherá” (Sl 27.10). O apóstolo Paulo, em seu julgamento, havia sofrido abandono (2 Tm 4.10; 16), no entanto, reconheceu que Deus estava com ele “Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me…” (II Tm 4.17-a). No grego o termo “assistir” é “paristemi” que significa: “pôr ao lado, pôr-se ao lado, representar”. A alusão é ao advogado ou testemunha que se põe ao lado de um acusado qualquer e o defende. Afinal de contas, o Senhor, é o amparo dos órfãos e das viúvas (Jr 49.11); Ele disse que não deixaria o seu povo órfão, mas que enviaria outro Consolador (Jo 14.16-18) e prometeu estar conosco todos os dias (Mt 28.20).
4.2 Na Igreja. Nenhum ambiente depois da família, vive em tão perfeita comunhão como a Igreja. Essa comunhão é o vínculo espiritual estabelecido pelo Espírito Santo entre os que receberam a Cristo como seu único e suficiente Salvador (Ef 4.3; Cl 3.14). Tendo como base o amor, esse vínculo faz com que os crentes sintam-se ligados num só corpo, do qual Cristo é a cabeça (Ef 4.15). É nesse ambiente de amor que os que foram marginalizados no mundo, após converterem-se desfrutam da companhia dos santos, e passam a ser considerados irmãos (Rm 1.13; I Co 1.10; Gl 1.2; Ef 6.10; Fp 1.12).
4.3 Nos irmãos. Sem dúvida alguma, não há consolo mais perfeito que o de Deus (Is 49.15), todavia, tal fato não deve nos levar a esquecer de nossa responsabilidade pessoal de prover ajuda aos nossos irmãos em necessidade. Afinal de contas, Deus também usa pessoas para nos consolar, como fez com Paulo, usando Tito para assisti-lo em sua necessidade: “Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro. Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito” (II Co 7.6).
CONCLUSÃO
Enquanto estivermos no mundo poderemos sofrer abandono seja na enfermidade, terceira idade, provação, ou por causa da nossa fé. Contudo, quando nos sentirmos sós, podemos nos amparar em Deus que nos deu o Consolador, do grego“parakletos” que significa literalmente “chamado para o lado de alguém”, ou seja, sugere a capacidade para prestar ajuda. Logo, pior do que ser abandonado pela família e por amigos, seria ser rejeitado por Deus. Mas, se a Sua presença está conosco teremos descanso: “Disse pois: Irá a minha presença contigo para te fazer descansar” (Êx 33.14).
REFERÊNCIAS
  • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
  • VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD
  • ANDRADE, Claudionor de. Dicionário TeológicoCPAD.
  • CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
Publicado no site da Rede Brasil de Comunicação

As Dores do Abandono - Pr. Altair Germano

O termo “abandono” deriva-se do hebraico ‘azabh e do grego enkataleypo, deixar, retirar, deixar de mão, deixar para trás em algum lugar.

O abandono é uma realidade da qual nenhum filho de Deus está isento de vivenciar.
O Abandono dos Amigos
Procura vir ter comigo depressa. Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica; Crescente, para a Galácia, Tito, para a Dalmácia. Só Lucas está comigo. Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério. Também enviei Tíquico a Éfeso. Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos. (2 Tm 4.9-13)
São várias as causas dos amigos nos abandonarem. Dentre elas podemos citar:
- Quando somos objetos de perseguição ou rejeição por nossa postura contrária aos padrões que não se conformam com a Palavra. O medo de comprometimento, do sofrimento, da retaliação e de coisas semelhantes faz com eles queiram distancia, e até fazem de conta que não nos conhecem.
- Quando perdemos prestígio ao sermos destituídos de cargos e honrarias. Os falsos amigos nos valorizam apenas por aquelas posições de honra que alcançamos.
- Quando passamos por crises financeiras. Os falsos amigos nos valorizam por quanto temos. Atentam apenas para a possibilidade de desfrutar do dinheiro que ganhamos, do que ele pode proporcionar.
- Quando ficamos enfermos e doentes. Não são poucos os casos de amigos que nos abandonam quando adoecemos, quando temos que passar por períodos de tratamento e internamento hospitalar.
- Quando caímos em pecado, mesmo arrependidos e reconciliados. Os falsos amigos não são misericordiosos e se acham acima de qualquer possibilidade de tropeço. Se acham pessoas de primeira classe espiritual, imunes ao pecado. Na realidade não passam de hipócritas, que com o pecado alheio tentam desviar o foco de suas próprias concupiscências e pecados secretos.
O exemplo de Paulo nos ensina que as possibilidades acima existem também nas relações ministeriais, entre obreiros e líderes.
O pedido de Paulo reflete sua plena humanidade. Ele pede que Lucas venha depressa, o que aponta para a sua necessidade de conforto, amizade verdadeira e companheirismo, principalmente em momentos de extrema adversidade, onde ficamos emocionalmente instáveis.
Quando abandonados, não devemos desesperar da vida. Em meio ao desamparo, podemos desfrutar de momentos com Deus, de crescimento através da leitura e dos estudos, e de profícua produção literária. As adversidades podem ser transformadas em oportunidades.
O Abandono da Família
A família pode nos abandonar pelos mesmos motivos que os amigos. A Bíblia é clara quando trata da responsabilidade mútua nas relações familiares:
- Quem não governa bem (cuida, administra, etc.) a sua casa, não serve para ser obreiro e líder na igreja (1 Tm 3.4-5).
- As viúvas devem ser amparadas e cuidadas pelos seus familiares (filhos ou netos), pois isso agrada ao Senhor (1 Tm 5.4).
- Quem não cuida dos seus, principalmente dos familiares, negou a fé e é pior que o infiel (1 Tm 5.8).
Na vida em família, os principais casos de abandono acontecem com os idosos. No momento em que precisam mais de amparo são largados em asilos, ou isolados em fundos de quintais. Precisamos tratar os velhos como gostaríamos de ser tratados na velhice.
Os pais de amparar os filhos.
Os cônjuges devem cuidar um do outro.
Vivemos em família e em sociedade para promover o amparo ao próximo (Lc 10.25-37).
Deus não nos Desampara ou Abandona
O amparo divino é um tema bastante recorrente nas Escrituras:
- A misericórdia de Deus faz com que ele não desempare seus filhos, quando estes se voltam para Ele em oração, e deixam os seus pecados (Dt 4.30-31). Sua bondade e sua misericórdia em torno das alianças que em graça faz com os seus filhos, o leva a poupá-los da destruição.
- A fidelidade de Deus garante o seu amparo àqueles por Ele comissionados para fazer a sua obra (Js 1.5). Ao comissionar Josué, o sucessor de Moisés, a presença constante do Senhor seria a garantia de suas vitórias e conquistas.
- Quem conhece a Deus sabe que Ele nunca desampara os que o buscam (Sl 9.10). Conhecer a Deus implica em desfrutar de um relacionamento de amizade e intimidade com Ele.
- Quando pai e mãe nos desamparam, o Senhor nos recolhe em sua proteção (Sl 27.10)
- O reto juízo de Deus o leva a não desamparar os seus santos. Estes são preservados para sempre (Sl 37.28).
- O apóstolo Paulo tinha convicção do amparo divino diante das adversidades da vida (2 Co 4.8-9).
O Sentimento de Abandono
Apesar de termos a certeza de que Deus não nos desampara, o sentimento de desamparo ou abandono pode se apoderar de nós.
Davi, que escreveu sobre o amparo divino, teve os seus momentos de crise:
[Salmo de Davi para o cantor-mor, sobre Aijelete-Hás-Saar] Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas das palavras do meu bramido e não me auxilias? (Sl 22.1)
Observarei os teus estatutos; não me desampares totalmente. (Sl 119.8)
Mas os meus olhos te contemplam, ó Deus, SENHOR; em ti confio; não desampares a minha alma. (Sl 41.8)
Os textos acima, longe de afirmarem a possibilidade de Deus desamparar, ou de amparar seus filhos parcialmente, são apenas demonstrações dos temores humanos.
Jesus, citando o salmo messiânico de Davi, também verbalizou o seu sentimento de desamparo, quando na cruz morria por causa dos nossos pecados:
E, perto da hora nona, exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá sabactâni, isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mt 27.46)
Podemos nos sentir desamparados ou abandonados pelo Pai celestial, mas é apenas sentimento. O seu silêncio e a sua aparente falta de ação não são sinais de descaso ou de abandono. Nem sempre percebemos, mas podemos ter a certeza, e isso com base em sua Palavra, de que Ele trabalha para aquele que nele espera (Is 64.4).
Não vivemos por aquilo que sentimos, mas por aquilo que o Pai diz. Sua palavra é a verdade (Jo 17.17). Creia que você está debaixo do seu amparo e dos seus cuidados!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Mapa da perseguição aos cristãos no mundo!


Países em que há mais perseguição aos cristãos. As áreas mais escuras do mapa correspondem àqueles países nos quais a perseguição é considerada ´severa´. 

As Dores do Abandono - Pb. José Roberto A. Barbosa

Texto Áureo: Sl. 68.6 - Leitura Bíblica: II Tm. 4.9-18
Prof. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
As pessoas estão cada vez mais centradas em si mesmas, ninguém tem mais tempo para o outro. Por esse motivo, não são poucas as pessoas que estão sendo abandonadas, inclusive dentro da igreja. Na lição de hoje trataremos a respeito desse problema, mostraremos, a princípio, que essa é realidade constatada na Bíblia. Em seguida, que o abandono pode resultar em solidão. Ao final, apresentaremos encaminhamentos bíblicos para enfrentar a solidão e o abandono.
1. ABANDONO, UMA REALIDADE BÍBLICA
Em II Tm. 4.9-18, Paulo, o Apóstolo dos Gentios, relata sua situação de abandono, ou conforme uma tradução bíblica, de desamparo. O verbo em grego é egkataleipo que significa “ser deixado para trás” ou “ser desertado”. O Apóstolo estava preso, provavelmente em sua última prisão em Roma, por volta do ano 60 d. C. Essas eram suas palavras finais antes de ser executado por Nero, o sanguinário imperador que mandou incendiar a cidade de Roma. A expressão “ninguém me assistiu”, no versículo 16, é um destaque da condição na qual Paulo se encontrava. Mesmo assim, ele não se desesperou, pois entrou um “mas” na história. Ele diz, no versículo 17: “Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que, por mim, fosse cumprida a pregação e todos os gentios a ouvissem e fiquei livre da boca do leão”. Uma tradução literal diria “o Senhor ficou do meu lado”. Mas o caso de Paulo não é único de abandono na Bíblia, desde o Antigo Testamento, o povo de Israel passou por essa realidade. O Senhor sempre prometeu permanecer do lado do Seu povo, mesmo quando este fosse desamparado, azab em hebraico (Gn. 28.15; Dt. 31.6,8). O próprio Jesus passou pala situação de abandono, alguns dos seus ouvintes acharam suas palavras demasiadamente duras (Jo. 6.60). Os discípulos, nos momentos angustiantes que antecederam Sua prisão, O deixaram sozinho (Mt. 26.46,47). Posteriormente, depois da Sua prisão, seus discípulos se distanciaram dEle, Pedro negou que O conhecia (Mt 26.31, 70-72). Na cruz Jesus se sentiu abandonado pelo Pai, citando o Sl. 22.1, Ele clamou em oração: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mt. 27.46).
2. O ABANDONO PODE RESULTAR EM SOLIDÃO
Desde o princípio, Deus criou o homem para ter companhia, Ele mesmo atestou que não era bom viver só (Gn. 2.18). Adão estava com Deus, mas precisava de outro ser humano para conviver. Diante dessa necessidade, Deus criou Eva e ordenou que se multiplicassem. Depois da Queda Adão e Eva deixaram de desfrutar da comunhão com o Criador, e entre eles mesmos. O abandono e a solidão têm causas diversas, dentre elas destacamos: 1) sociais - a tecnologia está fazendo com que as pessoas fiquem cada vez mais solitárias e abandonem umas as outras. No trabalho cada um fica no seu espaço reservado, os membros das famílias não têm mais tempo para ficarem juntos; 2) urbanização - na medida em que as pessoas se transferiram para as cidades, foram fechando-se dentro de suas casas, mais recentemente nos apartamentos, vizinhos que mal se conhecem; 3) televisão e internet - está tomando o tempo das pessoas ficarem juntas para conversarem, elas ficam horas à fio diante da tela; 4) baixa autoestima - as pessoas que têm um pensamento negativo a respeito delas mesmas tendem ao isolamento, elas se abandonam antes de serem abandonadas; e 5) medo - por causa das muros, ao invés de pontes, construídas pela sociedade moderna, cultivamos a cultura do medo de nos aproximar do outro. O abandono, juntamente com a solidão, pode causar males às vidas das pessoas. Algumas delas podem desenvolver depressão por causa do isolamento a que são submetidas. O exibicionismo exagerado nas redes sociais - facebook e twitter, por exemplo - pode ser um sinal de solidão. Mas é preciso ter cuidado para não se expor demasiadamente, pois as consequências podem ser desastrosas. Isso porque nem todas as pessoas que estão na rede são compreensivas com aqueles que passam por situações de abandono.
3. COMO ENFRENTAR O ABANDONO
Nem sempre o abandono é uma realidade, na verdade, conforme já destacamos anteriormente, pode ser uma consequência do autoisolamento. Por isso, é recomendável que a pessoa que se sente abandonada, antes de qualquer coisa, não se abandone. O primeiro passo é reconhecer que Deus é Aquele que está sempre pronto a estar ao nosso lado (Is. 42.16). Há casos em que o abandono aconteceu em algum momento da infância e acompanha a pessoa durante a idade adulta. Em tais situações, a saída é orar pedindo a Deus que traga à memória tais aflições (Lm. 3.19), em seguida, entrega-las a Deus em oração. O Salmo 139.1-18 é um modelo de oração que expressa a presença de Deus, mesmo nas situações adversas, quando o sentimento de abandono assola o cristão. Ao invés de se queixar, aprendamos com Paulo a entregar aqueles que nos abandonam a Deus (II Tm. 4.14), e o principal, escolher perdoá-los (Cl. 3.13). A igreja deve ser um ambiente propício à cura do abandono e da solidão, mas infelizmente, como esta também foi contaminada pelo isolacionismo moderno, seus membros não encontram tempo para encorajar uns aos outros (Hb. 3.13). A igreja precisa estar atenta às pessoas doentes, viciadas, solteiras, idosas e desempregadas. Em uma sociedade utilitária, que se preocupa com as pessoas apenas pelo que elas podem fazer, a igreja é tentada a esquecer dessas pessoas. É preciso criar espaços de integração na igreja local, evitar a criação das “panelinhas”. A liderança deve investir em momentos de comunhão, não apenas para o culto, mas para estarem juntas.
CONCLUSÃO
O Deus da Bíblia é de comunhão, por sua própria natureza, é trinitário: Pai, Filho e Espírito Santo. Ele tem interesse que as pessoas vivam umas com as outras, por isso criou a família. A igreja é uma extensão dessa realidade, não por acaso os que se congregam são chamados de irmãos e irmãs. Mas é preciso cultivar relacionamentos na igreja, caso contrário ela perde a razão de ser. Portanto, como diz o autor da Epístola aos Hebreus, no sentido relacional, que deve ser peculiar da ekklesia: “não deixando de congregar como é costume de alguns” (Hb. 10.25).
BIBLIOGRAFIA
LUCADO, M. Você não está sozinho. São Paulo: Thomas Nelson, 2012.
REAL, P. Relacionamentos na igreja. São Paulo: Vida, 2003.

As Dores do Abandono - Luciano de Paula Lourenço

Texto Básico: 2Timóteo 4:9-18  
“Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca”(Sl 68:6)

INTRODUÇÃO

Estamos estudando neste trimestre a respeito das aflições do justo; uma série de Aulas que tentam explicar por que passamos por aflições. Na primeira Aula vimos que, enquanto estivermos neste mundo, as aflições são inevitáveis na vida do crente. Nesta Aula, estudaremos os efeitos que o abandono ocasiona na vida do servo de Deus. O abandono é uma das piores experiências pelas quais um ser humano pode passar. Pense em um soldado sendo abandonado para morrer em um campo de combate; ou um pastor, que depois de dedicar toda sua vida à uma igreja, ser abandonado por ela na sua velhice; ou ainda um bebê sendo deixado de lado por sua própria mãe. Pasmem, esses incidentes acontecem com frequência e que não estão distantes de nós. Nem Jesus escapou do abandono; antes de ser crucificado, foi deixado de lado por todos os seus discípulos. O nosso consolo é saber que Deus não nos deixa só. O Senhor nos enviou o Espírito Santo justamente para nos consolar e nos guiar em todas as coisas (João 14:16).

I. O ABANDONO FAMILIAR

A família em nossos dias vem sofrendo os mais duros ataques por parte do Diabo. Vícios no lar, infidelidade dos cônjuges, alto índice de divórcio, drogas, violência doméstica e abandono de filhos são alguns dos exemplos mais comuns dessa ação diabólica. Satanás sabe muito bem que se atingir a família, atingirá a sociedade como um todo, bem como ao maior projeto estabelecido por Deus para salvação da humanidade, que é a Igreja. Certamente a manutenção da instituição familiar constitui-se no maior desafio que se nos apresentam nos dias de hoje, no presente século. O adversário de nossas almas tem atacado violentamente a família, porque sabe que, uma vez atingida a família, a um só tempo, estará destruída tanto a sociedade, quanto cada um dos integrantes da família. O comportamento humano é construído sobre os alicerces lançados na família. Entretanto, a cada dia fica mais difícil encontrar famílias saudáveis. É comum famílias desestruturadas que não cuidam dos seus próprios integrantes, não lhes suprindo as mais básicas necessidades. Muitas das vezes abandonam seus ente queridos nos momentos em que mais precisam de amparo. Paulo adverte que “se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”(1Tm 5:8). Este tópico da nossa lição fala em especial de três situações de abandono na família:
1. Na doença. A sentença divina sobre o homem, por causa do seu pecado, atingiu diretamente a questão da saúde. A terra foi maldita e, como algo maldito, traria infelicidade, incômodo e aborrecimento para o homem(ler Gn 3:17). A natureza passou a colaborar para um crescente desequilíbrio do organismo humano, desequilíbrio que levaria, mais cedo ou mais tarde, à extinção da atividade, com a degeneração do organismo, que estaria fadado a se desfazer, voltando a ser pó, o mesmo pó que o Senhor havia tomado para formar o homem. Ninguém, portanto, está imune às doenças, nem mesmo os filhos de Deus. Quando a doença chega, todos precisamos de ajuda das pessoas da família. Mas, infelizmente, o que se tem visto é o abandono nesses momentos mais necessários; abandonam o doente à própria sorte, demonstrando assim uma atitude impiedosa e anticristã, uma verdadeira ausência de amor a Deus e ao seu próximo. Uma pessoa que não demonstra amor ao seu próximo, que vê, como amará a Deus que nunca viu?(1João 4:20).
2. No vício. O Diabo sempre teve interesse em devorar o ser humano através de seus ardis (1Pe 5:8). As drogas de um modo geral têm sido usadas por Satanás para destruir o ser humano, tanto jovem, adolescentes, adultos, as famílias constituídas. O desejo dele é a preservação da humanidade fora dos planos da salvação de Deus. Muitos não suportam uma pessoa viciada conviver no seu mesmo ambiente social, por isso a abandonam à própria sorte, o que faz ainda mais piorar a vida dessa pessoa. Sem direção e desamparada, a pessoa viciada perde a noção de certo e errado e, para satisfazer o vício, é capaz de roubar e até matar. Alguns chegam até o suicídio, por se sentirem sozinhos e abandonados pelos amigos e pelos da família. Lidar com viciado não é fácil, mas é nessa hora que a família precisa fazer-se presente e estar unida para ajudá-lo a livrar-se dos vícios. Todavia, a pessoa drogada deve aceitar, incondicionalmente, a mão amiga, quando esta oferece ajuda a qualquer custo. Um dos maiores problemas a ser vencido, para a pessoa que usa qualquer substância química, é a dificuldade de amar o próximo, pois o amor ao seu ego, faz com que a pessoa fique cega para as pessoas que estão ao seu redor. Para ela só existe sua satisfação, custe o que custar e para quem custar. Desta forma, a pessoa dependente química ofende muito aqueles que a amam e deve se arrepender, pedindo a Deus que a lave com Seu precioso sangue, e também deve pedir perdão às pessoas ofendidas, que foram roubadas e que as deixaram sem dormir de preocupação, ferindo-as, humilhando-as, e deixando-as sem esperança em suas vidas pessoais devido a sua situação.
3. Na terceira idade. A chamada terceira idade é talvez o momento em que as pessoas mais precisam de assistência por parte dos seus familiares, em razão do esmaecimento das  forças, com as consequentes doenças. Em nossa sociedade, muitas vezes, os idosos são desprezados; algumas famílias chegam a desampará-los por completo, colocando-os em casas de repouso ou asilos, sem nenhuma assistência familiar. A Bíblia relata que os mais velhos devem ser respeitados e ouvidos pelos mais novos (Js 23:1-2; Lm 5:12,14; Lv 19:12; Ex 20:12). O mandamento do Senhor de honrar o pai e a mãe continua válido para os dias atuais (Ef 6:1-3).

II. O ABANDONO EM SITUAÇÕES DIFÍCEIS

Existem muitas situações difíceis pelas quais podemos sofrer as consequências do abandono em nossa vida. Dentre elas o comentarista da lição destaca:
1. O Abandono no desemprego. O desemprego é um dos fatores mais drásticos que uma pessoa pode passar, principalmente aqueles que tem família para sustentar e com débitos pendentes de liquidação. Geralmente, nessas horas até mesmo aqueles que se diziam amigos desaparecem; até os familiares fogem, pois temem emprestar dinheiro e ouvir as lamentações do desempregado. A Bíblia ensina  a amar o próximo e ajudá-lo nos momentos de necessidade(ver Lc 10:25-37). Creio que se formos fiéis ao Senhor ele não nos abandonará nesse momento difícil. Está escrito que  ”o Senhor não desampara os seus santos“(Sl 37:28).
2. Da amizade. A Bíblia nos mostra exemplos de amizade verdadeira, sincera e desinteressada, como a de Davi e Jônatas (1Sm 18:1), ou a de Rute e Noemi (Rt 1:8-18). É o desejo de todos nós ter uma amizade como essa. Mas é frequente as pessoas serem traídas por aqueles que pareciam grandes amigos. Até Paulo sentiu a dor do abandono de seus amigos mais chegados (cf 2Tm 4:16). Ele sentiu de perto o peso do abandono da amizade, num momento em que mais precisava de uma mão amiga. Já perto do fim da sua vida, preso em Roma, Paulo reclama a Timóteo do abandono de seus irmãos mais próximos. O texto básico desta Aula (2Tm 4:9-18) mostra claramente os sentimentos de tristeza e abandono que tomaram conta de Paulo nesse momento difícil. Paulo sabia que estava chegando perto do fim de sua vida, e pede a Timóteo que vá vê-lo depressa. Mais do que precisar da companhia de Timóteo, Paulo queria lhe ministrar um último ensinamento: mostrar a Timóteo como um cristão deveria morrer por sua fé. Em seguida, Paulo esclarece o porquê está sozinho: Demas o havia desamparado, amando as coisas do mundo; Crescente, Tito e Tíquico também estavam longe, provavelmente pregando o Evangelho; apenas Lucas tinha ficado com ele. E por isso Paulo pede a Timóteo que tome a Marcos e vá vê-lo (convém notar que este é o mesmo João Marcos, sobrinho de Barnabé, que Paulo recusou anos antes como companheiro, porque ele os tinha abandonado na viagem, mas agora ele era útil, e Paulo o reconheceu). Paulo relata a Timóteo o problema que teve com Alexandre, o latoeiro (provavelmente o mesmo blasfemador citado em 1Tm 1:20), para que Timóteo guarde-se dele. Paulo termina o relato dizendo que ninguém o assistiu em sua defesa, mas ele sentiu a presença do Senhor o amparando - “Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto não seja imputado“(2Tm 4:16). Nota-se que Paulo se recusou a ficar amargurado por essa experiência. Sua oração pelos que o abandonaram é semelhante à oração de Estevão por seus assassinos: “Senhor, não lhes imputes este pecado“(At 7:60). A Bíblia nos adverte a não abandonar o amigo - “Não abandones o teu amigo… (Pv 27:10). Devemos ser fieis, leais e amorosos - “Em todo tempo ama o amigo…” (Pv 17:17).
3. Da igreja. É dito por muitos que a igreja é a extensão do lar, da família. Um dos muitos modos de referir-se à igreja é como família de Deus. Entende-se que a família vive de relacionamentos, logo, como espaço para relacionamentos, precisa proporcionar um ambiente propício a que seus membros possam relacionar-se saudavelmente. Nós somos membros uns dos outros, então, devemos cuidar uns dos outros. Infelizmente, há igrejas que se esquecem de seus membros, não os visitam, não oram por eles e não lhes tratam as feridas. Até mesmo os missionários muitas vezes estão abandonados pelas igrejas que os enviaram, passando por diversas necessidades. Jesus disse que os falsos cristãos seriam caracterizados justamente pelo desamor e desprezo em relação aos desvalidos (Mt 25:31-46). É hora de acordarmos para este problema; a igreja precisa tratar as carências dos seus membros. Somos um só corpo (1Co 12:12); se um membro padece, todo o corpo padece (1Co 12:26-27). Devemos cuidar e zelar uns dos outros, para que a igreja de Cristo desfrute perfeita saúde. Deus deseja que Seus filhos vivam em comunhão uns com os outros (Sl 133) e que os desvalidos, desfavorecidos e vitimados pela vida encontrem apoio, atenção e ajuda em Sua casa (Tg 1:27). Convém lembrar que Deus usa os crentes para consolar outros crentes, como fez com Tito em relação a Paulo (2Co 7:6).

III. O DEUS QUE NÃO ABANDONA

1. Na angústia. É justamente nos momentos de angústia e aflição que o ser humano sente-se esquecido por todos, inclusive pelos mais chegados. Quantas vezes nos sentimos sozinhos, angustiados e esquecidos pelos nossos amigos, parentes e pelos nossos irmãos em Cristo. Mas, mesmo nos momentos difíceis da vida, existe alguém que nunca nos abandona, Jesus. Portanto, se a angustia bater no seu coração, lembre que você pode invocar o Senhor. O Salmo 50:15 diz: “invoca-me no dia da angustia, eu te livrarei, e tu me glorificarás“. Foi assim que Ana alcançou a benção de ter um Filho (1Sm 1). Foi assim que Moisés alcançou os milagres nas horas mais difíceis. Foi assim que aconteceu com o cego de Jericó; ele gritava pedindo que Jesus tirasse dele aquela angústia, a cegueira física: “Jesus Filho de Davi, tem misericórdia de mim“; o Senhor atendeu o seu pedido, ele foi curado, física e espiritualmente. Jairo também foi até Jesus num momento de angústia, a sua filha estava morrendo; quando estava pedindo a misericórdia do Senhor, recebe uma má noticia: “não precisa mais incomodar o Mestre, ela[a criança] já morreu”. Em muitas das vezes você vai encontrar pessoas que querem incentivar você a desistir, mas não desista! Jairo mesmo recebendo a noticia da morte de sua filha confiou em Jesus e alcançou a benção. Somente em Deus encontramos refúgio e fortaleza nos momentos de angústia. Está escrito:”Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente naangústia (Sl 46:1). É bom ressaltar que Deus nem sempre nos livra “da” angústia, mas “na” angústia. Ele não é o Deus da previsão e sim, da provisão. Não é o Deus da previdência e sim da providência. Ele não age antes, mas também não se atrasa. Ele disse: “e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”(Mt 28:20). Seja qual for as tuas angústias ou problemas, continuem confiando em Deus. Ele nos livra “nos” problemas e “nas” angústias - “Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; livrá-lo-ei e o glorificarei” (Sl 91:15).
2. O amigo. O verdadeiro amigo é aquele que se dispõe a tomar a carga do outro, de colocar o seu próprio destino juntamente ao do outro, de compartilhar as agruras, as dificuldades e as adversidades. O amigo se conhece no momento das dificuldades, não no momento das vitórias e das realizações. Como diz Salomão, o amigo ama em todo o tempo (Pv 17:17a) e não pode abandonar o seu amigo (Pv 27:10). Ser amigo é algo muito profundo e, em um modo geral, nunca teremos muitos amigos, pois é muito intensa a intimidade do amigo. Esta intimidade faz com que tenhamos, quase sempre, poucos amigos, mas não importa a quantidade, mas, sim, a qualidade desta amizade. Os amigos de Paulo não eram muitos(Cl 4:11), mas o suficiente para que o apóstolo não ficasse desamparado e prosseguisse o seu ministério. Os amigos não são muitos, mas, mais importante do que isto, é saber que o crente, além de ter os seus indispensáveis amigos, tem um amigo que é mais chegado do que um irmão (Pv 18:24b), a saber, o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Jesus chamou Seus discípulos de amigos, em lugar de servos (João 15:15). Nós também temos esse privilégio. Ele é o amigo fiel, que não nos abandona na hora da angústia. Ao morrer em nosso lugar, Jesus ofereceu a maior prova de amor e lealdade que um amigo pode dar (João 15:13). Cristo morreu na cruz do Calvário para que hoje tivéssemos direito à vida eterna. Para termos esse amigo fiel ao nosso lado, apenas precisamos aceitá-lo como Salvador pessoal. Ele tomou sobre Si nossas enfermidades e nossas dores (Is 53:4), inclusive as dores da discriminação e do abandono. Abraão foi chamado de “amigo de Deus”(2Cr 20:7;Is 41:8; Tg 2:23). O fato de Abraão ser chamado de “amigo de Deus” já é suficiente para buscarmos seguir o seu exemplo, já que, como servos do Senhor Jesus, também somos reputados como seus amigos (João 15:15). Se Abrão é chamado amigo de Deus é porque tinha o mesmo sentimento de Deus, tinha uma profunda comunhão com o Senhor. Comunhão é o estado em que há uma comunidade de sentimentos, de propósitos, de ideias, ou seja, os sentimentos, os propósitos e as ideias de Abrão e de Deus eram iguais, eram idênticos, eram comuns. Disse Jesus: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (João 15:14).
3. A sua Igreja. A igreja é um projeto exclusivamente divino, concebido, executado e sustentado por Deus. É por isso que podemos ter a certeza, e a história tem demonstrado isto, que nada pode destruir a Igreja. Durante estes quase dois mil anos em que a igreja tem participado da história da humanidade, muitos homens poderosos se levantaram contra a Igreja, tentaram destruí-la e não foram poucas as vezes em que se proclamou que a Igreja estava vencida. No entanto, todos estes homens passaram, mas a Igreja se manteve de pé, vencedora, demonstrando que não se trata de obra humana, mas de algo que é divino e contra o qual todos os poderes das trevas não têm podido prevalecer. Jesus prometeu que estaria com a Igreja, sempre: “eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos”(Mt 28:20). Ao revelar o Seu mistério, isto é, a Igreja, disse que a edificaria e que as portas do inferno não prevaleceria contra ela(Mt 16:18). Jesus foi constituído Senhor sobre todas as coisas (Mt 28:18; Rm 14:9) e não deixaria de sê-lo com relação à sua Igreja, que Ele comprou com o seu próprio sangue (At 20:28). Tendo criado a Igreja, nada mais natural que seja o seu Senhor, o seu Rei, o seu Governante. Portanto, Jesus jamais abandona a Sua Igreja.

CONCLUSAO

Na época do profeta Isaias, o povo de Israel experimentaram grande sofrimento e, por isso, se sentiam abandonado e esquecido por Deus. Mas Deus lhes deu a seguinte resposta: “Pode uma mulher esquecer-se também do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti“(Is 49:15). Esta resposta de Deus é a garantia divina a todo crente que passar por períodos de provação, ou até mesmo ser esquecido pelo seu ente querido. O amor de Deus por nós é maior do que a afeição natural que uma mãe amorosa dedica a seus filhos. Sua compaixão por nós nunca cessará, sejam quais forem as circunstâncias da nossa vida. Ele zela por nós com grande amor e ternura, e estejamos convictos de que Ele nunca nos abandonará. A evidência do grande amor de Deus é que Ele nos gravou nas palmas das suas mãos, de tal maneira que nunca nos esquecerá. As marcas dos cravos nas suas mãos, estão sempre diante dos seus olhos como lembrança do grande amor que Ele tem por nós, e do seu cuidado. Portanto, ainda que a família e os amigos venham a abandonar-nos, Deus sempre nos acolherá. Ele está sempre ao nosso lado. Amém!
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço - Prof. EBD - Assembléia de Deus - Ministério Bela Vista.
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão - nº 51 - CPAD.